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Crisis Core: Final Fantasy VII

SOLDIER, aspirante a herói.

Por razões variadas, e amplamente discutidas, Final Fantasy VII é um dos mais populares jogos de todos os tempos. Principalmente no Japão; sendo este facto corroborado pelos valores de vendas, não só do jogo, mas de tudo o que esteja relacionado com ele. Fenómeno que impulsionou a Square-Enix a produzir a “compilação” de Final Fantasy VII; composta pelo filme Advent Children (que serve de sequela do jogo para PSone), vários jogos e não só. Parte integrante desta “compilação”, Crisis Core tenta aprofundar os eventos que antecederam Final Fantasy VII.

Como predecessor, o jogo centra-se em Zack Fair, SOLDIER, que, para os propósitos desta análise, apenas importa informar que são soldados de elite. Os fãs do título de 1997 reconhecerão, logo à partida, esta personagem e ficarão felizes por saber que várias outras caras conhecidas marcam presença, não faltando pequenos pormenores preparados especificamente para quem esteja mais familiarizado com a história. Ainda assim, é de realçar que o jogo dispensa, por completo, conhecimento anterior.

Crisis Core é um RPG de acção. Em batalha, as acções de Zack estão limitadas por tempo (como se fossem turnos) e continua a existir um menu a partir do qual podemos escolher diferentes ataques ou itens. Ao mesmo tempo, somos livres de movimentar o personagem principal na arena de batalha com o stick analógico, e podemos ainda desviar-nos com um rolamento ou defender ataques. Toda esta destreza vem ao encontro da “fragilidade” de Zack, por outras palavras, somos incitados a tentar evitar dano tanto quanto possível – quer rolando para evitar magias, quer fugindo para fora do alcance de ataques – algo que além de inteligente se revela vantajoso, pois atingir as costas dos inimigos gera muito mais dano, sendo que a movimentação quase constante é a melhor política.

Claro que conseguir chegar às costas de um simples soldado munido de uma espingarda é uma tarefa ligeiramente mais simples que circundar com eficiência um monstro alado com cinco vezes o nosso tamanho, logo, esta mobilidade traz também um certo nível de estratégia a cada batalha, sendo proveitoso estudar as melhores formas de eliminar os diferentes tipos de inimigos.

E opções não faltam, várias formas de ataque com a espada e todo o tipo de magias e habilidades, que, em conjunto com os itens, permitem uma certa variedade de escolha nas acções à nossa disposição. Esclarecendo, Zack apenas pode ter equipadas algumas materia (esferas próprias ao universo de Final Fantasy VII, equipá-las confere habilidades ou melhora as capacidades de Zack, conforme o caso) ao mesmo tempo. O que juntamente com o ataque normal e os itens compõem o arsenal disponível em cada batalha. Como é óbvio, as materia revelam-se assim essenciais para Zack, quer por serem a única forma de este utilizar diferentes habilidades quer por poderem providenciar alterações muito significativas nas suas capacidades (ataque, defesa, HP, etc.).

Temos também o sistema de Materia Fusion, que permite fundir diferentes materias obtendo como resultado uma única materia que, regra geral, será melhor. Além de ser útil, este sistema permite dar utilidade às dezenas de materias que vamos recebendo ao longo do jogo. Outro pormenor interessante é o sistema DMW – Digital Mind Wave – seis bobinas (três com números, três com personagens) que rodam durante a batalha e dão azo a ataques especiais quando calham combinações de números e personagens (ou apenas um deles) iguais. As bobinas referentes aos personagens vão-se preenchendo conforme Zack os vai conhecendo e, por vezes, estas bobinas são substituídas por outras que são referentes às summons que o jogador tenha coleccionado até agora.