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Genshin Impact está debaixo de fogo

Jogadores e atores de vozes unem-se em protesto.

Crédito da imagem: miHoYo

Após a recente revelação da existência de personagens da nova região de Natlan em Genshin Impact, os jogadores e os atores de vozes têm levantado questões sobre a apropriação cultural do jogo. A região, que se inspira em culturas de África e do Anel de Fogo, não reflecte adequadamente estas influências nas suas personagens, gerando críticas substanciais, como reportou o Eurogamer.

Genshin Impact é conhecido por basear cada uma das suas regiões em países e culturas do mundo real, com Inazuma a representar o Japão e Mondstadt a Alemanha e os Países Baixos. No entanto, a representação das personagens de Natlan, com influências africanas, latino-americanas e das culturas aborígenes australianas, não tem sido considerada fiel ou respeitosa.

Os atores de voz do jogo juntaram-se às críticas, salientando a falta de investigação e de sensibilidade cultural. Anne Yatco, voz de Raiden Shogun, e Valeria Rodríguez, voz de Sucrose, estavam entre aqueles que expressaram frustração publicamente, pedindo mais respeito e autenticidade nas representações culturais. Rodríguez comparou a representação de Ọlọrun, a divindade suprema iorubá, em Genshin Impact e no jogo Smite, apontando a diferença na fidelidade cultural.

Para além dos atores de voz, a hashtag #BoycottHYV tem vindo a ganhar força nas redes sociais, com os utilizadores a partilharem petições e reformulações das personagens. Zeno Robinson, ator de voz de Sethos, resumiu a insatisfação global, questionando para quem estão a ser feitas estas personagens, se nem o público chinês, a principal base do jogo, está satisfeito.

Até ao momento, a MiHoYo Games, criadora de "Genshin Impact", ainda não respondeu às críticas nem à petição que está perto de atingir as 75.000 assinaturas.

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