Dead or Alive: Dimensions

Existe ainda um modo Tag Challenge, que tem tanto de familiar como de desconhecido...e tanto de bom como de mau. Na verdade é familiar porque é uma prova de Tag, a dois, a novidade é que o parceiro em utilização é a própria IA (Inteligência Artificial). A parte boa é que existe um certo carácter estratégico, que envolve fazer a troca na altura certa já que a personagem em descanso recupera vida e isso poderá ser útil para as manter vivas. O grande problema é que a nossa aliada IA é consideravelmente mais fraca que a IA adversária. O resultado é uma série de trocas em momentos desnecessários e a perda de parceiro precocemente.

Conta ainda com um modo de jogo a dois, localmente com amigos que tenham uma consola e respectiva cópia do jogo, ou pela Internet. É uma excelente adição já que é, a par de Super Street Fighter 3D, um dos poucos jogos a utilizar a funcionalidade. O combate desenrola-se muitas vezes sem Lag, ainda que não esteja livre de tal mal. É fácil encontrar adversários e o jogo está assente num sistema de recompensa em pontos que servem para subir de escalão. Da mesma forma, todo o registo de actividade, online e offline, é rastreado numa secção própria que filtra todo o tipo de dados, seja por vitórias, streaks ou pontuação.

Ao longo destes modos de jogo existe sempre uma ideia de gratificação, já que estarão constantemente a desbloquear algo. Na lista de recompensas figuram as novas roupas disponíveis para as personagens e os figurines. Ora este segundo tipo de recompensas é exactamente aquilo que qualquer rebarbado adora e procura em DOA. É a prova de que não é necessário fazer um jogo de Voleibol só para apreciar as babes aqui presentes. Ao estilo de um bom perseguidor, poderão colocar estes figurines em diversos cenários e tirar-lhes fotografias – que poderão ser posteriormente vistas num álbum próprio – para a posteridade. A 3DS passa a funcionar como uma câmara já que, através do giroscópio, permite usar a movimentação como forma de enquadrar a imagem da forma que procuram. A grande questão é se realmente querem desbloquear estas peças para depois brincarem às Barbies e aos fotógrafos.

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Graficamente espantoso, Dead or Alive Dimensions é o jogo visualmente mais bem conseguido que já vi na 3DS. Os cenários são variados e com cores vibrantes – além disso são feitos de forma inteligente para o combate – e as personagens bastante atraentes e diversificadas. O combate é do mais frenético que existe em jogos do género. Quando Yosuke Hayashi nos disse, em entrevista, que o jogador iria escolher a forma como quereria jogar nunca pensei que tal fosse tão evidente. Essa escolha prende-se directamente pelo uso, ou não, do 3D.

É que o jogo corre a 60 fps caso não esteja com o 3D activo, logo é uma escolha difícil. Pessoalmente, devo dizer que optei por desligar o 3D na maioria das vezes. Nas sequências de vídeo o seu uso é aceitavelmente bem conseguido graças, tal como já disse anteriormente, a alguns planos escolhidos para que tal fosse evidenciado. Em combate dá uma certa sensação de profundidade, como já vem sendo recorrente, mas falha em oferecer dinamismo às personagens como se tem visto noutros títulos. Aquilo que o 3D trás de bom não se compara com o dinamismo e vivacidade que o jogo oferece a 60 fps, logo é uma escolha inglória. De salientar ainda a banda sonora fantástica, bem como a possibilidade de seleccionar entre vozes em inglês e japonês. De salientar ainda as opções StreetPass, que permitem combater contra jogadores encontrados, e SpotPass, que permite ao jogador descarregar diariamente, e de forma gratuita, uma série de actualizações na forma de DLC que poderão envolver novos desafios ou roupas para as personagens.