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Dead or Alive: Paradise

Paraíso sem sentido.

Quando cheguei ao final de Dead or Alive: Paradise, não sabia se havia de rir ou chorar ou fazer outra coisa qualquer. Este foi o jogo mais ridículo que passou pelas minhas mãos. Ainda não consegui perceber a razão para a sua existência e qual o objectivo por detrás da sua criação. Será para oferecer ao público meninas em trajes menores? Existem montes de revistas e sites com esse tipo de conteúdos, pelo que comprar um jogo apenas por esse motivo parece-me despropositado. Se quiserem ver raparigas em bikini podem sempre visitar uma praia, ao menos são de carne e osso.

A história (se é possível chamar a isto história) resume-se a dois vídeos. O vídeo que é apresentado no começo do jogo mostra uma rapariga e um afro-americano num submarino que explode, as duas personagens são expelidas e vão parar de pára-quedas a uma ilha paradisíaca onde decidem passar férias durante 15 dias. Passado esse período de tempo, temos que ir embora e um vulcão de repente explode. A rapariga consegue escapar num helicóptero mas o afro-americano é deixado para trás.

Quase que dava uma capa para a Playboy.

É naqueles 15 dias que o jogo se desenrola. Aviso que 15 dias em Dead or Alive: Paradise resumem-se duas horas de jogo, duas horas que são muito aborrecidas. Tudo o que o jogo tem para oferecer são mini-jogos, sessões de fotos e ir às compras. A liberdade é quase nula, todas as acções são feitas através de menus. Antes de poderem desfrutar destas “maravilhas”, há que escolher umas das 12 raparigas da série Dead or Alive disponíveis.

Durante o dia, podem visitar várias localizações da ilha, como a piscina, a praia ou floresta, sítios em que podem relaxar ou tentar tirar fotos depravadas da rapariga que escolheram. Nestas áreas também podem jogar voleibol, mas precisam de uma parceira. Para arranjarem uma parceira, precisam de oferecer presentes a uma das outras meninas na ilha. Não pode ser um presente qualquer, têm que ser presentes do seu agrado, porque se ela não gostar, apenas devolve o presente e diz que não o quer(mas que falta de educação). Outro mini-jogo que vão encontrar é o "pool-hopping", onde têm de atravessar a piscina a saltar de almofada em almofada.

É numa das três lojas da ilha que poderão comprar os presentes, mas tenham atenção à cor (factor muito importante) do papel de embrulho, se a rapariga a quem vão oferecer o presente não gostar da cor, o presente pode ser devolvido. Entre os itens disponíveis estão bikinis, pulseiras, calçado, livros e outras coisas que não possuem nenhuma utilidade. O item mais caro é um bikini de tamanho reduzido, agora que penso nisso, acho que a sua compra deve ser o verdadeiro objectivo do jogo.

Mas que belas...Palmeiras.

Quando chega a noite, voltam obrigatoriamente para o vosso quarto no Hotel, onde recebem sempre um presente de um tal Zack, creio que seja o afro-americano. A atracção da noite é o casino, em que temos mais mini-jogos, como o Poker, Black Jack e as slot Machines. Depois de se fartarem do casino, voltam para o vosso quarto para dormirem, e acordarem cheias de energia para mais um dia cheio de mini-jogos aborrecidos.

Dead or Alive: Paradise é apenas um conjunto de mini-jogos inúteis que contam com o casting das belas raparigas de Dead or Alive, nem mesmo a beleza e os atributos físicos destas, conseguem salvar o jogo do eterno aborrecimento. Como disse previamente, se quiserem ver raparigas semi-nuas mais vale recorrer a outros meios.

3 / 10

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