Dead Rising 3 - antevisão E3 2013
Zombies de estimação.
Quem passava junto do stand da Capcom, na zona sul do LA Convention Center, não podia deixar de reparar na construção cénica que a produtora japonesa tinha erguido junto à sala privada de apresentação de Dead Rising 3. De manhã à tarde, durante todos os dias da E3, os zombies encurralados eram uma das maiores atracções. De braços esticados por entre a rede que os separava do público, ninguém lhes ficava indiferente, e se pudessem agarrar alguém que, inadvertidamente passasse perto, faziam-no com toda a naturalidade.
Já no espaço privado de apresentação de Dead Rising 3, jogo que vai ser lançado exclusivamente para a Xbox One, estava um dos elementos da Capcom Vancouver, o estúdio que está por detrás da nova produção que marca o regresso do caçador de zombies num vasto e mundo aberto ficcional. A cidade Los Perdidos, talvez uma reinvenção de Los Angeles, é o ponto de partida para uma nova praga de zombies que se multiplica em poucos dias. A estrutura do jogo mantém-se muito semelhante à do clássico lançado em 2006. De certa maneira, o objectivo do jogador é sobreviver à avalanche de criaturas infectadas.
Os eventos em Dead Rising 3 têm lugar dez anos depois dos acontecimentos em Fortune City, a cidade onde os zombies se propagaram em Dead Rising 2. Desta vez, há porém, uma nova personagem; Nick Ramos, um mecânico com um passado misterioso, a ser revelado ao longo da campanha. Sendo um dos poucos sobreviventes ao vírus que se espalhou por quase todos os habitantes da cidade, terá que se ligar com os restantes sobreviventes, encontrando modo para fugir da cidade antes que seja lançado um ataque militar adequado a dizimar a praga. A Capcom não se alongou na parte narrativa, mas prometeu que haverá muitos confrontos directos, em jeito de lutas contra boss e outras surpresas.
No entanto, a demonstração revelada na E3, já com "gameplay" directo da Xbox One, assentou sobretudo nos segmentos de combate contra hordas de criaturas infestadas. Um dos primeiros pontos a merecer destaque é precisamente a dimensão avassaladora da cidade. Los Perdidos será a maior cidade da série e isso permite aos produtores colocarem veículos que o protagonista poderá conduzir para atropelar zombies. Numa sequência, vê-mo-lo irromper por um cemitério, arrastando e levando à sua frente dezenas e dezenas de infectados. Por outro lado, vista a partir de um ponto cimeiro, a cidade oferece pontos distantes para onde nos é possível deslocar. Como lá chegar, evitando os milhares de zombies que estão no caminho, é a questão que nos leva ter de encontrar o material certo para abrir um trajecto.
É aqui que entra a vertente de exploração. Ao entrarmos por zonas fechadas, como escritórios, armazéns, unidades fabris e outros locais afectos a utilidades públicas, podemos encontrar armas e muitos bens, como por exemplo extintores, que podemos combinar. Será decisivo descobrir constantemente novas armas, porque o equipamento que usámos tende a desgastar-se. As munições existem em quantidades limitadas e outros utensílios que usamos para rachar ao meio os zombies desgastam-se e perdem utilidade. Um dos aspectos que mais se destaca na demonstração é a ausência de ecrãs de loading. Para onde quer que o jogador se desloque, seja num espaço aberto, seja numa zona fechada, não existem interrupções que dêem lugar a um quadro de compasso de espera. Embora haja uma boa animação e qualidade gráfica, ainda persistem algumas notórias quebras de frame rate, especialmente quando estamos diante de uma grande população zombie. Contudo e até ao final do tempo de produção, a Capcom Vancouver tudo fará para melhorar a fluidez de jogo.
Como exclusivo Xbox One, Dead Rising 3 dará uso ao Kinect, destacando-se, por exemplo, a situação na qual o jogador é agarrado por um zombie e para se libertar dele, em lugar de premir um botão, abana o comando para se libertar da criatura. A inclusão de funções a partir do SmartGalss também está presente, desde logo na admissibilidade de raides aéreos e no apoio aos outros sobreviventes. Há por aqui um quadro novo de opções e missões que a Capcom criou tendo em conta as interfaces. Veremos como se destacam na versão final.
Desenvolvido para uma nova geração de consolas, Dead Rising 3 será lançado como exclusivo Xbox One, quando a consola for lançada no final de Novembro. Faz parte de uma aposta da Capcom para a próxima geração, manifestada num interesse em chegar até onde nenhum dos jogos anteriores da série chegou. Demarca-se sobretudo pela sua dimensão e desafio. A chacina aos zombies passa por aqui.