Dead Rising 4 e o Natal Zombie na Lisboa Games Week
Frank West está de volta!
Dead Rising 4 foi uma das grandes surpresas da Microsoft para a E3 2016. Um jogo apresentado pela Capcom Vancouver para a Xbox One e Windows 10, que recupera Frank West e nos apresenta algumas novidades que podem fazer com que o gameplay vá mais ao encontro das massas. Sem um contador para inquietar a sua experiência, e focado na narrativa segundo revelado recentemente, o jogador poderá explorar um mundo aberto à sua vontade, despoletando todo o caos e loucura na infeliz Willamette, no Colorado, Estados Unidos da América. West está de regresso, voltando à cidade onde tudo começou, originalmente em Setembro de 2006, para passados 10 anos fazer aquilo que sabe melhor: deixar o jogador a sorrir de uma forma que nenhum jogo em mundo aberto jamais almejou conseguir. Isto é uma espécie de Walking Dead versão fixe.
Cinco meses após a revelação, e algumas semanas antes da sua chegada às lojas, já a 6 de Dezembro, tivemos a oportunidade nos sentar no espaço da Xbox na Lisboa Games Week, e jogar uma curta demo de Dead Rising 4. Qualquer um o pode fazer, desde já fica aqui o nosso convite, e até podem tirar uma foto com o sensacional Frank West, a versão Portuguesa é muito fixe e simpática, ao lado de uma árvore de Natal enfeitada a preceito. Tudo isto enquanto ouvem as melhores canções de Natal. Fantástico. Quando começam a jogar a demo, a correr numa Xbox One original, são desde logo transportados para Willamette e para o meio de acção intensa. No entanto, são desde logo aparentes as pequenas mudanças feitas em Dead Rising 4, mesmo quando a grande maioria permanece caracteristicamente cómico e divertido. West está de volta e isso significa loucura.
A demo começa com uma pequena cinemática, em que West avalia o caótico estado da outrora pacata cidade Norte Americana, agora inundada de zombies, e temos o primeiro contacto com os desejos da Capcom Vancouver em tornar Dead Rising 4 mais focado na narrativa, e cinematográfico até. Assim que a cutscene termina, o jogador recebe uma missão, terá de se dirigir ao quartel dos bombeiros para investigar uma ocorrência de que foi informado. A cidade está um degredo, repleta de zombies que se tornam no obstáculo a quem quer percorrer este mundo aberto. No entanto, o jogador tem à sua disposição um incrível leque de armas que pode desde logo utilizar. West precisa desbravar caminho e é isso mesmo que fará das formas mais loucas. Com um machado incrível, que solta pequenos relâmpagos a cada impacto, West começa a abater os zombies que caem como moscas, e podem ter a certeza que existem largas dezenas deles no ecrã a qualquer momento.
Quando West consegue uma killstreak de um determinado valor, o jogador pressiona dois botões ao mesmo tempo, e ele executa um golpe especial cheio de estilo, no caso do machado West segura-o no ar enquanto relâmpagos disparam para todos os lados e reduzem a pó os zombies que o ameaçavam. Seguindo pela avenida, com o desafio de caminhar dois quarteirões, West avista um cidadão em perigo e pode escolher se o quer salvar ou seguir em frente. Existem recompensas se o ajudar, mas poderá gastar as suas armas e ficar sem elas. Caso decida ajudar, West pára e terá de despachar todos os zombies na área. Após isso, o jogador prossegue em direcção ao indicador, e finalmente avista o quartel. Lá dentro, encontra um cenário macabro e West relembra pela primeira vez que é um foto-jornalista. Aqui o jogador tem de tirar uma fotografia ao bombeiro que foi pendurado de pernas para o ar na parede, e enviar a foto para ser analisada.
Após isto, West precisa vestir o Exo-Suit que está na mala ali perto, e correr desenfreadamente na perseguição de um helicóptero. O fato é mais uma forma da Capcom vancouver demonstrar o arsenal louco ao nosso dispor, que torna Dead Rising 4 numa experiência altamente divertida e que raramente nos deixa de fazer sorrir. Ao chegar ao helicóptero, ignorando os avisos de ocorrências espontâneas que surgem em locais da cidade ao nosso redor, vemos um soldado a saltar e a queimar tudo à sua volta com um imponente lança-chamas. Após uma batalha entre Exo-Suit e as chamas, vence West e ficamos com mais um incrível arsenal ao nosso dispor. Uma espada de gelo que corta os zombies a meio e deixa ali os seus membros inferiores a penar, um saco de guloseimas que se espalham a cada pancada que West dá com ele, ou metralhadoras que disparam furiosas balas sem parar.
West parece ter de tudo que é inacreditável para utilizar, mas nada me preparou para o que utilizei em seguida. Com a missão de investigar a cidade, dediquei-me simplesmente a despoletar o caos e utilizei um maravilhoso kart, que me permitia electrocutar todos os zombies ao meu redor, assim que o Killstreak permitia. Uma larga centena de zombies à minha frente, atropelando tudo e todos para que nenhum me pudesse tocar, tornei-me num autêntico raio de esperança para Willamette. Não só porque enviava relâmpagos que dizimavam todos os zombies que não eram atropelados, também porque inundava todo o cenário de jogo com belos efeitos visuais, enquanto a quantidade de personagens no ecrã era simplesmente incrível. Foi uma diversão descomprometida, oca diriam alguns, mas que por vezes faz tanta falta, e que os fãs de Dead Rising tão bem reconhecem.
Ao som das mais belas músicas de Natal, não se esqueçam disso, despachei os zombies em Willamette com as mais absurdas e fixes armas que um jogo pode dar aos seus jogadores, e tive um pequeno vislumbre de como será o Natal de Frank West. É um jogo focado principalmente no seu gameplay e na diversão que confere ao jogador, que parece comprometer um pouco dos seus visuais para satisfazer as necessidades do gameplay, e do qual teremos todo o interesse em descobrir mais. Será interessante ver de que forma a demo foi alterada para permitir uma maior e imediata diversão, se o jogo final mantém este ritmo frenético, e acima de tudo se o foco na narrativa irá recompensar. Jogos como Watch_Dogs 2 mostram como os mundos abertos podem ser palco de experiências com estilo, personalidade e focadas na diversão, quando entregam o controlo ao jogador. Dead Rising 4 poderá ser um desses casos, algo que queremos descobrir. Seja de que forma for, Frank West está quase a chegar à Xbox One e Windows 10.