Dead Space 2
Sentir o medo.
Dead Space 2 não perde tempo em colocar o jogador no meio da acção. Logo nos primeiros momentos vemos Isaac Clarke a ser acordado por um indivíduo que lhe conta que está em grande perigo. Imediatamente a seguir o mesmo individuo é atacado por um necromorph, fazendo com que se transforme e passe a atacar por sua vez o Isaac. Ainda meio tonto, desorientado e preso num colete de forças, Isaac consegue de alguma forma fugir às garras do necromorph e corre desesperadamente para conseguir salvar a sua vida.
Basta este pequeno trecho do jogo para percebemos que a Visceral andou empenhada em melhorar o máximo possível a experiência oferecida por Dead Space 2. O jogador entra quase instantaneamente em sintonia com o jogo e consegue sentir todas as emoções como se estivesse na pele da personagem. Nos primeiros capítulos isto é bastante mais susceptível, Isaac ainda está a tentar perceber o que se está a passar e encontra-se confuso. O mesmo se passa connosco, estamos confusos e tentamos progredir avançando lentamente sem saber o que poderá aparecer à nossa frente.
Os eventos desta sequela situam-se 3 anos após os acontecimentos do original. Como já foi referido, Isaac acorda sem saber o que se está a passar, sem saber o que aconteceu durante esses anos. Por esta razão, a primeira coisa que tenta fazer é encontrar respostas. Como surgiu outro surto de necromorphs? Qual a sua localização? O que aconteceu no local onde se encontra? Estas são algumas das perguntas existentes na cabeça de Isaac.
Não tarda para Isaac se aperceber que a sua sanidade mental não está a 100 porcento. Frequentemente vê aparições da sua namorada morta que o culpa de tê-la encorajado a juntar-se à tripulação da Ishimura e consequentemente pela sua morte. Para aumentar ainda mais a confusão na cabeça de Isaac, Nicole é um necromorph nestas aparições, e para além de lhe atribuir a culpa pela sua morte, diz-lhe coisas que não consegue entender ou que não fazem sentido. Em Dead Space 2 temos um Isaac Clarke diferente daquele que foi visto no primeiro título, que devido a tudo aquilo que viu e viveu, encontra-se num estado psicológico baralhado e debilitado.
Tudo o que Isaac quer é encontrar uma forma de sair da estação espacial onde se encontra e pôr este "pesadelo" para trás. Claro que isso significa sobreviver a um cenário hostil com necromorphs e outros perigos a espreitar a cada esquina. Em Dead Space 2 sentimos realmente que estamos sozinhos e que dependemos apenas de nós próprios para conseguirmos ultrapassar os desafios propostos. Para mim o primeiro capítulo é aquele em que nos sentimos mais expostos e mais vulneráveis, pois nesta altura ainda não à nossa disposição um fato e uma arma.
A nível de jogabilidade permanece basicamente igual ao antecessor. À medida que a nossa progressão aumenta, ganhamos acesso a mais armas e a fatos e podemos usar os "power nodes" para melhorar o nosso equipamento. O número limite de armas que conseguimos é quatro, uma para cada direcção do d-pad. Cabe a cada jogador decidir quais as armas que se adaptam melhor à forma como joga. Uma pequena mudança foi feita na habilidade "Stasis" (que permite abrandar o movimento de objectos e inimigos), agora recarrega-se sozinha e por isso não é necessário usar um "stasis pack" para voltar a usá-la.