Dead Space: Extraction
Chacina: Parte Zero.
Dead Space, o jogo original lançado no ano passado para Xbox 360, PC e PS3, foi um daqueles títulos que, sem grande alarido, chegou e venceu, conquistando desde logo um lugar especial num qualquer canto do nosso cérebro que diga respeito ao medo. Tanto que ainda hoje tenho pesadelos – é que contemplar a nossa adorada personagem ser cortada ao meio custa um bocado. Culpem o ambiente do jogo, tenso e, ao mesmo tempo, brutal, capaz de pregar partidas até aos mais atentos com a bestialidade e imprevisibilidade das acções ocorrentes. Uma aposta em cheio da EA portanto, não foi à toa que recebeu um 9/10 aqui na Eurogamer.pt.
Como tal, seria de esperar que novos jogos viessem a expandir o franchise, isso não se questionava. A questão rodava mais propriamente em volta do “onde”. Wii é a resposta. Pronto para prestar serviço aos, por vezes carentes, jogadores Hardcore da consola, Dead Space Extraction vem assim dar um ar da sua graça da forma mais original possível - não será uma adaptação portada. Os acontecimentos que dão origem a Extraction decorrem algumas semanas antes de Isaac Clarke aterrar de emergência na nave USG Ishimura – é uma prequela em relação ao anime e ao primeiro da série. Só que desta vez não estão sozinhos, fazem sim parte de uma equipa de colonizadores e não tarda vão descobrir que algo está a correr mal em Aegis VII, uma outra colónia dedicada à extracção mineral. Esta nova versão vai apresentar todo o tipo de novidades, seja a nível de ambientes, mecânicas de jogo, inimigos e, como é claro, uma história completamente nova.
Mas qual é a grande diferença para esta versão? Extraction será jogado numa perspectiva na primeira pessoa que permita tornar tudo mais intuitivo à utilização dos controlos de movimento da consola. "Queríamos fazer um jogo que fizesse sentido para as pessoas com Wii’s, algo que fosse intuitivo e divertido”, disse Papoutsis, produtor do jogo. Daí Extraction estar a ser produzido de forma a aproveitar ao máximo os controlos da consola, utilizando os movimentos de modo que façam sentido até nas movimentações mais básicas.
Se por exemplo quiserem mudar entre os modos alternativos de disparo bastará rodar o Wiimote. Da mesma forma poderão utilizar o Nunchuck para ataques corpo-a-corpo, talvez através de uma faca, ou ainda utilizar o Wiimote para mover objectos através de telekinesis e resolver puzzles.
Em adição, pela primeira vez na série será possível utilizar uma espécie de luz verdejante na mão. Mas não é uma luz qualquer, chamam-se glowworms e terão um papel importante na acção. Para que as glowworms dêem luz terão que agitar o Wiimote, tornando assim mais fácil a visibilidade no escuro. Contudo, deverão escolher cuidadosamente se devem ou não utilizá-las pois a luz que é emanada chamará a atenção de inimigos. Por outro lado enquanto abanam o comando não poderão disparar, o que irá fazer desta uma escolha interessante de possibilidades enquanto jogam.
De volta estarão também todas as armas já utilizadas no primeiro jogo, e o mesmo serve para os inimigos. No entanto irão existir, como é óbvio, algumas novidades em ambos os aspectos. Os inimigos colossais estarão de volta e desmantelar membros será tão importante como sempre. Extraction introduz ainda um modo co-op offline que irá ser o mais acessível quanto possível, permitindo que o segundo jogador entre e saia como bem entender. Esta possibilidade introduz também algumas acções no decorrer do jogo que serão realizadas cooperativamente.
Por muito parecido que almeje ser em relação ao primeiro jogo, o aspecto gráfico é algo que não alcançará a mesma qualidade, naturalmente. Ainda assim os produtores prometem uma experiência ao nível do original, seja a nível de ambientes, inimigos, som ou violência. Para isso foi feita também nesta versão captura de movimentos faciais para os monstrinhos do costume. Só me questiono como conseguiram arranjar alguém tão feio como os Slashers.
A equipa de produção promete ainda o melhor jogo a nível gráfico já visto para a Wii, e é disso que estamos à espera. Mas mais importante será ver uma experiência rica e equilibrada como o original. A perspectiva na primeira pessoa abre um enorme leque de possibilidade a nível de controlos, e de outra coisa não se espera desta gente que não algo bem feito. Digam que estamos mal habituados.
A selvajaria inter-espacial está de volta em Outono próximo com Dead Space: Extraction em exclusivo para a Wii.