Devil May Cry 5 Special Edition review - 120 SSSorrisos por segundo
Capcom reforça o seu jogo na nova geração.
A nova geração de consolas chegou e nenhuma editora quer perder a oportunidade de negócio que isso representa. Entre os consumidores existe sede de novos jogos que aproveitem as capacidades da PlayStation 5 e da Xbox Series X e, embora a Capcom esteja a preparar Resident Evil 8, não será lançado a tempo de coincidir com o lançamento das novas máquinas.
A solução para colocar a Capcom neste arranque da geração é Devil May Cry 5 Special Edition, uma nova edição apetrechada de conteúdos que tira proveito do hardware avançado das consolas de nova geração, oferecendo um modo de resolução 4K com ray tracing e, pela primeira vez, a possibilidade de jogar a 120 FPS.
Podemos comparar esta edição a uma remasterização para a nova geração, que vem acompanhada de novos conteúdos valiosos para os fãs da saga. A pergunta que importa responder é: será que vale a pena voltar a jogar Devil May Cry 5 e, mais importante, valerá esta nova edição os €39,99?
O mesmo jogo, mas com reforço de conteúdos
A Special Edition não faz alterações a Devil May Cry 5. Continua a ser o mesmo jogo que conheces da PlayStation 4 e Xbox One, mas com uma dose reforçada de conteúdos e agora com a possibilidade de escolheres diferentes modos de desempenho. Para um jogo com uma jogabilidade tão veloz e furiosa, jogar a 120 FPS é obrigatório (não te esqueças, precisas de uma TV com HDMI 2.1, que ainda são pouco comuns). A fluidez extra deste modo de desempenho é deliciosa e ajuda a solidificar a ideia de que a Capcom conseguiu criar mais um clássico com este jogo, uma referência no género dos hack-and-slash. É um jogo que dá prazer e, quando dizes que apenas vais jogar cinco minutos, acabas por jogar facilmente uma hora ou mais. A velocidade, os combos, o desafio e o carisma emanadados pelo jogo são viciantes.
A edição original para as consolas da geração anterior já assim o era, mas voltar ao jogo, cerca de um ano e meio mais tarde, e reencontrar o mesmo sentimento é uma prova de que o que dissemos anteriormente continua válido e que Devil May Cry 5 permanece uma boa proposta actualmente para quem gosta deste género. Os novos conteúdos incluídos nesta Special Edition são a cereja no topo do bolo. O design de níveis é antiquado, com barreiras invisíveis e corredores apertados, mas isto é compensado pelas muitas secções de combate e, claro, os épicos confrontos com bosses - cada um é um desafio diferente, que requer uma aprendizagem dos seus padrões de ataques e excelentes reflexos para te esquivares a tempo, tudo isto enquanto tentas manter o rank estilo sempre em cima.
"Devil May Cry 5 permanece uma boa proposta actualmente para quem gosta deste género"
Quais são os novos conteúdos?
Para começar, há um novo nível de dificuldade chamado Legendary Dark Night. É um modo insano em que o jogo lança contra ti quantidades absurdas de demónios. Os demónios são tantos que pode tornar-se difícil perceber o que está a acontecer e onde está a personagem no meio daquilo tudo. É quase como se o jogo fosse transformado numa versão mais light da saga Samurai Warriours. Se gostas de velocidades, podes activar o Turbo Mode, que duplica a velocidade de tudo. O mais interessante é que não são propriamente modos separados, isto é, nada te impede de jogar na dificuldade Legendary Dark Night com o Turbo Mode ligado. O resultado é pura insanidade.
"É um modo insano em que o jogo lança contra ti quantidades absurdas de demónios"
Mas a adição principal, que mais alicia os fãs, é o modo em que podes jogar com Vergil. Chamar isto de um novo modo não é propriamente o mais correcto, já que o Capcom fez foi adicionar Vergil como personagem jogável aos níveis já existentes. Excluindo uma pequena cinemática inicial que te mostra a perspectiva de Vergil quando tira o braço de demónio a Nero, este modo resume-se a repetir os níveis que já conheces na perspectiva de Vergil, o irmão de Dante que, apesar dos seus maléficos planos, se tornou numa personagem altamente carismática em Devil May Cry 3. Jogar com Vergil é, de facto, espectacular. É uma personagem poderosa, acessível (mas com imensa profundidade) e com a sua própria forma de jogar.
Outra novidade, exclusiva para a versão da PlayStation 5, é a utilização dos gatilhos adaptativos do Dualsense. Ao jogares com Nero, quando carregas no gatilho esquerdo para "dar gás" à espada, vais sentir resistência, como se estivesses mesmo a rodar a mão em volta da espada. É pequeno pormenor, mas muito engraçado e bem pensado.
Uma nova edição apetecível
Embora outros títulos tenham oferecido um upgrade gratuito para a próxima geração de consolas, a Capcom optou por um rumor diferente. Lançou uma nova edição com melhores gráficos, diversos modos de desempenho e conteúdos extra - estes conteúdos serão lançados como DLC em Dezembro para as versões PC, PS4 e Xbox One. O preço de €39,99 é mais do que justo. Não custa o mesmo do que um jogo novo, mas tem muitos conteúdos para quem vai jogar pela primeira vez. Mesmo para quem já tenha jogado a versão original, os novos conteúdos aliados às melhorias tornadas possíveis pelas novas consolas - não apenas visuais com ray tracing, mas também loadings incrivelmente rápidos - tornam esta Special Edition aliciante.
Para mais detalhes do jogo, recomendamos a nossa primeira review a Devil May Cry 5 e o comparativo do Digital Foundry entre as versões PS5 e Xbox Series X da Devil May Cry 5 Special Edition.
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