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Digital Foundry - Quantum Break é uma amostra do poder da Xbox One

Novo jogo da Remedy impressiona.

Passaram quatro anos desde o lançamento do anterior jogo do estúdio Remedy Entertainment, mas Quantum Break está mesmo quase a chegar, se quiseres podes conferir a nossa análise aqui, e promete ser uma das melhores amostras do poder da consola Microsoft, a Xbox One.

O Digital Foundry não podia passar ao lado deste Quantum Break e investigou a tecnologia por detrás de um dos jogos com melhor aspecto na Xbox One. Desenvolvido com o motor Nortlight, da própria Remedy, baseado no DX12, foca-se na criação de cenas com elevada qualidade e altamente cinematográficas.

Ao jogar Quantum Break, é aparente que algo se passa com a resolução e a resposta não é tão simples quanto dizer que corre a 720p. O novo jogo da Remedy usa uma técnica de reconstrução temporal, que combina resultados de fotogramas anteriores, para entregar uma imagem com a sensação de ser mais limpa. É mais fácil de perceber o efeito enquanto nos movemos, mas graças à enorme quantidade de efeitos pós-processamento, não afecta muito a qualidade de imagem geral.

A qualidade de imagem pode não ser a melhor mas enverga um estilo altamente cinematográfico que agrada imenso. Quantum Break prova que o tratamento da imagem pode fazer imenso para contrariar artefactos de uma resolução inferior. A iluminação global presente em Quantum Break faz com que muitas cenas tenham mais impacto mas a sua implementação não é tão simples quanto esperado. Devido à forma como o tempo e o mundo se alteram ao nosso redor, uma implementação simples não poderia ser usada. A Remedy implementou inúmeras sondas pelos cenários de forma a simular o efeito, melhorando a atmosfera e aspecto realista do jogo.

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Os modelos dos personagens, feitos a partir das versões reais dos actores, também são um destaque. Estão espantosamente aproximados das pessoas que lhes deram vida, e as cutscenes são espectaculares. É espantoso quando o jogo alterna entre CG e gameplay repleto de efeitos sem qualquer dificuldade. Saltar entre cutscenes, live-action e gameplay não causará grande impacto no jogador pois tudo combina de bela forma, um ponto muito positivo para esta experiência.

As animações usadas nas cutscenes também são excelentes mas durante o gameplay, a sensação pode ser estranha. Os movimentos de Jack e as reacções dos inimigos aos tiros estão fantásticas mas quando apertas o gatilho, algo acontece. A Remedy deu ênfase à resposta do gameplay em oposto à prioridade na animação. Se correrem para a direita e pressionarem o botão de mira, Jack regressa ao lado esquerdo do ecrã praticamente sem transição, algo que sentirás mais a ver do que a jogar, não sendo um grande problema.

Uma das forças do motor Nortlight é a renderização de físicas e apesar da implementação não ser das melhores, o aspecto de pedra, metal e tijolos é muito boa. Apesar de algumas texturas terem um aspecto esborratado, a qualidade geral das texturas é muito boa. Existem superfícies esborratadas e até algum pop-in mas tal como o filtro de texturas, o resultado geral é agradável.

A qualidade das sombras e a transição de nível de detalhe são dois dos seus principais problemas. As sombras conseguem ter uma resolução muito baixa e em alguns momentos vemos de forma muito perceptível elementos do cenário, como relva, que surgem do nada. Um oposto completo da espantosa qualidade dos efeitos vistos quando usámos os poderes que controlam o tempo, que enchem o ecrã de partículas e efeitos pós-processamento. O sistema de físicas e destruição também reforçam a qualidade geral de vários confrontos entre Jack e os soldados da Monarch.

Quantum Break não é um cover shooter, é um jogo no qual teremos que estar em constante movimento, com gameplay rápido e fluído, no qual os poderes temporais se tornam no seu maior destaque. É uma experiência que cumpre em termos de gameplay e tecnologia. Apesar dos problemas na resolução, continua a ser um dos jogos mais impressionantes na Xbox One.

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