Análise à performance: The Amazing Spider-Man 2
O Digital Foundry olha para as versões Xbox One e PS4.
The Amazing Spider-Man 2 tornou-se num mistério. As cópias para análise são escassas (apesar de ser comum para jogos licenciados da Activision) enquanto o anúncio confuso que a versão Xbox One seria "adiada sem previsão de lançamento" provocou um monte de loucas teorias da conspiração. O súbito lançamento digital via Xbox Live apenas reforçou o interesse em redor do que acaba por ser um lançamento bem mediano. O que causou o adiamento e como foi resolvida a situação? De momento, ninguém fala.
O que podemos confirmar é que adiar o lançamento nada teve haver com a qualidade do trabalho de conversão para a XO (se isso foi alguma vez razão para uma editora não lançar uma versão de qualidade abaixo da desejada). O jogo XO tem claras desvantagens comparado com a versão PS4 que iremos já explorar mas são melhor descritas como aborrecimentos ao invés de algo que estraga o jogo.
Na verdade, baseado nas primeiras impressões derivadas de uma hora com cada versão, ASM2 é uma enorme oportunidade perdida a nível mais amplo. O que temos aqui é um claro esforço de anterior geração, com imagem aumentada para 1080p e alguns efeitos pós-processamento de maior precisão, pouco mais. O detalhe na cidade é aceitável mas fraco ao perto enquanto - o modelo do Homem-Aranha à parte - os níveis gerais de geometria são incrivelmente baixos. Os tempos de carregamento entre missões são muito intrusivos nas duas consolas mas mais na XO.
Pelo menos o Beenox oferece uma apresentação 1080p nativa nas duas consolas, como prometido. Apoiada pelo que parece ser anti-aliasing pós-processamento padrão, aparentemente igual entre os dois jogos. O aspeto simplista dos visuais e a abundância de arestas com alto contraste deveriam dar muito com o qual o algoritmo de pós-processamento trabalhar mas na prática jaggies são na mesma evidentes.
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A diferença que se nota de imediato entre as duas consolas está na cor - parece excessivamente distorcida na XO, resultando num claro esmagar das cores pretas, especialmente danificador nas cenas noturnas, onde a PS4 apresenta detalhe de uma forma mais satisfatória. Outras diferenças são difíceis de encontrar - existem exemplos de texturas diferentes ou transportadas para onde não deviam na XO e também vemos implementado um campo de profundidade mais pesado/esborratado mas estas coisas não são muito perceptíveis e não afetam o teu desfrutar do jogo.
O maior mistério é talvez o detalhe incidental, que frequentemente parece muito diferente entre as duas versões. Objetos dos ambientes como latas de lixo a árvores variam a qualquer momento - até a distribuição das unidades AC no topo dos edifícios pode mudar. Jogamos secções específicas na PS4 duas vezes e notamos que o detalhe pode mudar, sugerindo algum tipo de elemento aleatório.
Mais interessante é a performance nas duas versões. Apesar do alvo ser 1080p30, a versão PS4 consegue sustentar melhor esse nível de performance. Existem alguns fotogramas perdidos mas virtualmente nada impede o fluir do gameplay. É uma história diferente na XO, onde vemos a implementação de v-sync adaptável - o jogo coloca um bloqueio no rácio de fotogramas a 30fps tal como a versão PS4 mas contrário à plataforma Sony, o tempo de renderização de fotogramas frequentemente ultrapassa o orçamento. Neste ponto, o jogo revira o framebuffer assim que a próxima imagem está pronta, enquanto a consola faz a leitura para o ecrã, causando screen-tear.
" Após o drama em redor do lançamento, a realidade é que nenhuma versão é particularmente impressionante, apesar de escolhermos a versão PS4 entre as duas."
Acima do alcance de cor esmagado, é o tearing que é o factor chave para diferenciar as duas versões. É um pouco irritante, manifestando-se na sua maioria como uma trepidação que distrai, tornando a experiência menos sólida comparada com o mesmo jogo a correr na consola Sony.
O resultado final é um jogo que não surpreende tecnicamente (mas até é divertido) que faz o mínimo dos mínimos na PS4 mas fica um pouco aquém disso na XO, ligeiramente surpreendente tendo em conta os visuais minimalistas.
Tendo em conta o valor da licença e o rico historial dos personagens e histórias disponíveis, o que é mais surpreendente é a pura falta de ambição aqui. The Amazing Spider-Man 2 não falha só em ser um bom jogo de nova geração, sente-se inferior quando comparado com os melhores jogos de mundo aberto da era Xbox 360 e PlayStation 3. Mesmo contra os existentes jogos Batman Arkham que procura emular, a nossa impressão inicial é que The Amazing Spider-Man 2 fica aquém das expetativas. Vamos esperar por coisas melhores no futuro.