Os gráficos mobile ultrapassaram finalmente as consolas de anterior geração?
Nova demo do Unreal Engine 4 a correr em tecnologia Nvidia para tablet diz que sim.
Surgiu um novo foco nos jogos Android no evento I/O 2014 da Google, onde o processador Tegra K1 da Nvidia demonstrou o potencial de processamento em bruto da nova vaga de tecnologia mobile. TK1 - integrando a mesma arquitetura Kepler que as atuais gráficas desktop GeForce - em teoria com mais poder de renderização que as consolas de anterior geração, uma aclamação que a Epic testou ao produzir uma novíssima demo do Unreal Engine 4 em tempo real
Com o nome "Rivalry" - reutiliza alguns bens da agora lendária demo Samaritan - a nova amostra usa a mesma conduta de renderização que a versão completa do motor, atualmente em uso em projetos PC, Xbox One e PlayStation 4. A demo, que combina o equipamento da Nvidia com o motor da Epic e novas extensões para Android, usa funcionalidades de topo como renderização diferida, shading por físicas, iluminação por imagem, mapeamento de tons HDR e até tecelagem para efeitos de fumo.
A aclamação que a tecnologia mobile chegou agora aos padrões das consolas tornou-se numa espécie de cliché nos anos recentes mas em termos das especificações em bruto, o Tegra K1 tem números para ir ao encontro das aclamações. Te um SMX - um conjunto de 192 códigos CUDA - acredita-se que correm perto dos 950 MHz. Comparem e contrastem com a GT 640M presente no tablet pensado para jogos Razer Edge: tem duas SMXs pouco acima de metade da velocidade de relógio e é capaz de correr Crysis 3 acima das definições das consolas. Se soa demasiado bom para ser verdade, talvez seja - John Carmack diz que devemos "encarar as comparações da Nvidia entre o seu K1 SoC [system-on-chip] e consolas com muitas reticências."
A Kepler é tecnologia com cartas dadas mas existem questões em torno da performance do K1 em termos do poder dos núcleos CPU ARM, largura de banda de memória, gestão térmica (que pode melhorar a performance) e ainda claro, o próprio Android. Apesar de apresentar especificações impressionantes, a consola Fire TV da Amazon não nos impressionou em termos de performance, por exemplo.
Esperamos ser capazes de deitar as mãos à nova tecnologia em breve: o Tegra K1 deve estrear-se no MiPad Chinês - um tablet Android espantosamente similar ao iPad Mini com ecrã Retina, os testes sugerem um aumento de 2x na performance sobre a tecnologia A7 da Apple. O produto da Xiaomi foi visto recentemente a correr Trine 2 - lançado inicialmente no PC, Xbox 360 e PS3 antes de ganhar versões Wii U e até PS4 - com um bom aspeto.
A questão da adequabilidade do Android como base para uma plataforma de jogos é algo que a Google procurou abordar na apresentação de ontem no I/O 2014 com a revelação da Android TV - uma nova vertente do SO desenhada para oferecer um ecosistema único e unificado para Smart TVs e extensores tais como micro-consolas.
A Razer e a Asus estão a trabalhar em unidades Android pensadas para jogos enquanto a própria Android TV oferece uma integração mais firme com os aparelhos existentes, permitindo que os uses como comandos ou remotos, por exemplo, enquanto uma interface de utilizador otimizada para HDTV e controlo por voz também vão ser funcionalidades principais. A adopção alargada da Android TV não deverá ser problema - também foi revelado que todas as HDTVs da Sony, Phillips e Sharp em 2015 são baseadas na nova revisão do SO.
Acesso antecipado por parte dos programadores ao novo Android - incluindo uma antevisão à Android TV - deve ficar disponível hoje antes de um lançamento completo no final deste ano.