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Confronto: Dark Souls 2: Scholar of the First Sin

A versão definitiva? Versão PC DirectX 11 comparada com as consolas.

A versão PC de Dark Souls 2 Scholar of the First Sin é uma proposta curiosa, custando €14.99 no Steam como upgrade ou €34.99 em separado. Após ver a PlayStation 4 e Xbox One visualmente idênticas - apesar da PS4 ter uma vantagem na performance - esta refrescada versão DirectX 11 no PC oferece benefícios únicos. Será que representa uma melhoria suficiente sobre a versão DX9 original para justificar nova compra?

Tal como na nova geração, Scholar of the First Sin pinta Drangleic numa nova luz. Iluminação de maior contraste nas novas consolas está no PC por base, surpreendentemente sem opção para reverter para a velha definição DX9. É um aspecto melhorado; uma estética mais clara, mais vivida que torna o original pálido em comparação. Isto estende-se aos efeitos, nevoeiro volumétrico e transparências produzem agora luz que afecta a área ao seu redor.

As mudanças nas opções gráficas são mínimas mas temos 3 opções para screen-space ambient occlusion. O original PC é agora o mais baixo, produzindo o mesmo efeito diferido que nas consolas de anterior geração. A seguinte é média, aumenta a espessura e alcance pelos objectos - fácil de ver. Passar para a melhor dá algo menos óbvio mas ao ver de perto o alcance da sombra atrás de objectos vai um pouco mais longe. É uma área com falhas no original e é bom ver melhores opções disponíveis.

Comparado com o que é usado na versão DX9, é uma clara melhoria; corta o brilho que distrai e melhora a percepção de profundidade em redor de cada personagem. Entretanto, as sombras na PS4 (e por extensão a One) não igualam directamente nenhuma destas 3 definições. Nas consolas temos uma forma mais intensa do efeito geral, apesar do método estar perto da definição mais alta do PC.

Dark Souls 2: Scholar of the First Sin comparado em tempo real na PS4 e PC, a correr em 3840x2160.Ver no Youtube

Além disto, o resto de Drangleic está igual, em termos de tecnologia central. As distâncias de visão são iguais, apesar de no vídeo percebermos que nas consolas temos parâmetros LOD mais restritivos. Isto produz mais pop-in nas paredes e rochas em Things Betwixt. É um pequeno artefacto e são pontos visuais que trocam com suficiente subtileza nas 3 plataformas.

Tal como na PS4 e One, vemos melhorias no motion blur por objectos, essencialmente duplica as amostras retiradas de um objecto em movimento para produzir um arco mais suave durante cutscenes. De resto, com as duas versões PC no máximo, vemos igualdade na resolução das sombras, complexidade dos modelos, texturas e até na qualidade dos shaders de água. Isto torna a versão DX11 como superior tecnicamente, muito devido à iluminação superior. O GeDoSaTo mod, programa especializado na adição de efeitos pós-processamento a jogos PC, abre caminhos interessantes no original.

A funcionalidade principal do GeDoSaTo é a capacidade para correr jogos DX9 em qualquer resolução, baixando para melhorar a qualidade de imagem. Por exemplo, com o seu método downscale de qualidade superior, o nosso i7-3770K com 16GB RAM e uma GTX 780 Ti facilmente corria a 3840x2160 (ou 4K) num monitor de 1920x1080. Comparado com típica 1080p com FXAA padrão, tudo desde brilho temporal na relva ao aliasing na luz em pontes é tratado ao pormenor. O resultado tem um aspecto mais limpo e claro, sem sobre-suavização, e até 60fps firmes.

Infelizmente, correr os outros mods GeDoSaTo ao mesmo tempo é demasiado, mesmo nesta máquina. Campo de profundidade Gaussian funciona bem em 4K mas passar para a forma personalizada do efeito baixa a performance para 50fps. Quando inserimos AO da mais alta qualidade, HDR e brilho, temos algo mais perto de 40fps. Em comparação, é possível passar para 2560x1440 e ainda conseguir uma boa qualidade de imagem, ficando a 60fps.

É algo excitante presente na versão DX9, apesar de modificar DS2 deste forma requer um PC de topo. Este mod não tem suporte DX11 de momento, o que significa que Scholar of the First Sin não conta com estas funcionalidades - apesar de ter benefícios do motor da From Software. Felizmente, a DSR da Nvidia (super resolução dinâmica) oferecer uma opção downscale similar, permitindo uma imagem 4K convertida no nosso GTX 780 Ti. Tal como no mod, isto permite resoluções maiores em qualquer jogo mas agora independente da API DirectX presente. Novamente, DS2 DX11 corre com poder suficiente neste GPU para ter 4K a 60fps.

E quanto a GPUs menos capazes? Passar para uma R7 260X da AMD que custa €100 não permite 4K, a performance inferior a 30fps é um resultado do gargalo na memória. No entanto, no máximo a 1080p é alcançável. O único contra são as quedas de meio segundo para 45fps ao descansar numa fogueira, ou 35fps ao passar pelas entradas enevoadas. Mas no que diz respeito ao gameplay, temos 60fps em todos os combates, mesmo rodeados por 13 ou mais inimigos em Forest of Fallen Giants.

A 260X aguenta-se bem - mas curiosamente, abordar os mesmos pontos de stress na versão DX9 apresenta quedas menos severas, o ponto inferior são 40fps nas entradas enevoadas em Things Betwixt. Tendo em conta as novas propriedades na iluminação na edição DX11, é claro que renderizar estes aspectos em GPUs menos potentes tem encargos extra mas nunca suficientes para distrair. Uma excepção é uma cutscene que introduz o The Last Giant boss, onde a 260X vai para 40-60fps nas duas versões, a nova tem mais dificuldades. Numa amostra de 2,140 fotogramas iguais com v-sync activa e 60fps fixos, a versão original perde apenas 10.4% dos seus fotogramas, enquanto a nova perda 14.7%. Felizmente ambas correm suavemente a 60fps quando voltamos ao gameplay.

Gráficas menos potentes podem aguentar-se bem a 60fps em gameplay, no máximo a 1080p. No entanto, esta cutscene mostra as duas versões a puxar pela GPU mais que o normal, a versão DX9 lidera.

As ofertas de baixo orçamento da Nvidia também se portam bem. A GTX 750 Ti (custa perto de €130) tem similares quedas para 35fps mas consegue 60fps mais de perto em redor de fogueiras. Tudo isto indica que a edição DX11 converte-se bem e está bem optimizada para um leque de GPUs tanto quanto a original, apesar dos novos efeitos causarem um impacto extra na performance. É bom ver mais inimigos sem ter impacto nestas gráficas de baixo custo, as cutscenes com bosses são a única medida constante de fotogramas perdidos entre as duas.

Dark Souls 2: Scholar of the First Sin - veredicto Digital Foundry

No geral, Scholar of the First Sin no PC é um avanço técnico mas o preço é algo a considerar. Os jogadores do original já desfrutam de resoluções de 1080p ou acima, extensivas opções mod e 60fps, a nova versão é menos significativa do que o salto da PS3 para a PS4. Por €15 no Steam para quem já tem o original e todo o DLC ainda é alto para o que oferece. Tendo em conta que a versão física custa €24, a poupança para um fã ainda é pequena.

A iluminação, melhores efeitos e oclusão ambiental melhorada são funcionalidades presentes na PS4 e One. Os jogadores PC que esperem opções mais radicais ficarão desapontados que não tenham ido mais além - talvez com suporte para monitores com mais de 60Hz, ou opções AA além de FXAA. Na balança, continua a ser difícil voltar à iluminação pálida do original, mesmo com os efeitos GeDoSaTo a ajudar. Scholar of the First Sin no PC tem bom aspecto mas é uma actualização que faz mais sentido a preço de saldo.

Mesmo com estas falhas, o PC oferece a versão definitiva enquanto a PS4 fica em segundo devido à vantagem no rácio de fotogramas sobre a One. Se o original é um jogo melhor equilibrado ou não é algo que podemos debate mas os benefícios técnicos são fáceis de medir. Mais inimigos, aumento para 6 jogadores online, novo modelo de iluminação reforçam a PS4 e One. A versão PC junta tudo isto a perfeitos 60fps não presentes nas consolas - e além disso, é facilmente alcançável na maioria dos PCs modernos. De resto, suporte 4K via modo DSR da Nvidia é outro bónus mas só se tiveres poder GPU de sobra para isso.

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