Confronto: The Legend of Zelda: Twilight Princess HD
Versão Wii U contra os originais - existem surpresas.
O estúdio Tantalus acertou em cheio com Zelda: Twilight Princess HD na Wii U: 1080p com texturas melhoradas, melhor qualidade nas sombras, iluminação ajustada. É uma melhoria visual que satisfaz - assinalando com estilo os 30 Anos de Zelda. As diferenças entre as versões originais, na GameCube e Wii, são poucas, em 2006 ambos os jogos estavam muito idênticos. A versão Wii apresentada um mundo invertido e ecrã panorâmico mas nada de mais separava estas versões.
Tudo muda na Wii U. Twilight Princess HD recupera o mundo não invertido e corre a 1080p, e não é demais reforçar a melhoria que é correr a 24-bit. As nossas capturas foram feitas através da entrada HDMI da Wii U, onde as versões originais a 16-bit causam um artefacto na imagem. É comum dessa era que usava muitos efeitos alpha - felizmente, é algo do passado com a Wii U.
Visualmente é um jogo mais rico e mais nítido. Tudo recebeu melhores texturas e até o cabelo dos personagens recebeu novos mapas com novos bens - até as sombras receberam melhor resolução. O efeito de brilho foi intensificado tal como Wind Waker HD. A geometria permanece igual, significando os mesmos rudimentares designs de personagens e terrenos, com aspecto primitivo para um jogo de 2016.
No entanto, surpreende a qualidade do jogo e dos esforços feitos para o embelezar. O cenário foi retocado em locais como Ordon Village, onde mais árvores preenchem as colinas. De resto, está tudo igual e não vimos mais ajustes em outros locais.
Apenas um ponto não demonstra progressos. Passar para 1920x1080 não chegou sem penalidades, e Twilight Princess HD tem quedas no rácio de fotogramas. As três consolas Nintendo optam por 30fps quase perfeitos, especialmente importante nos campos de Hyrule. É sólido na GameCube, onde as distâncias de visão eram amplas, e ainda se aguenta bem.
No entanto, o mesmo não acontece no remaster. O problema é simples; o efeito de transparência alpha usado para o nevoeiro em Faron Woods (especialmente quando Link entra na Twilight) causam quedas dos 30fps. Não acontece nas consolas mais velhas - e apesar de quase todas as masmorras correrem a sólidos 30fps na Wii U, aqui temos quedas para 25fps.
Porque é que existem, se em consolas mais fracas estão firmes a 30fps? Correr a 1920x1080 afecta a largura de banda da memória da Wii U de uma forma que não foi considerada aqui - e temos um confronto pelos mesmos recursos quando tais efeitos entram no fotograma. Mesmo máquinas mais fracas como a GC e Wii, que corriam a 640x480, davam espaço suficiente à Nintendo para inserir alpha e correr a 30fps. Na Wii U, temos um gargalo ocasional, e nem sempre consegue um fotograma 1080p completo em intervalos de 33.3ms.
Felizmente é um caso único. Os rácios de fotogramas raramente encontram problemas, e mesmo as raras quedas são uma boa contra-partida para uma qualidade de imagem tão nítida. É um efeito colateral das modificações do Tantalus mas não afecta a diversão. É uma experiência melhor optimizada até do que Wind Waker HD, onde navegar no mar podia causar quedas para 20fps.
Apoiado pelo segundo ecrã do GamePad (com uma IU melhorada, mapa, e atalhos para o modo lobo), existe pelo menos a tentativa de beneficiar com o comando único da Wii U. Desapareceram os controlos por movimento - existindo apenas o método opcional do giroscópio para a mira com o arco de Link.
Temos um esquema de controlo mais tradicional e suporte para Amiibo. Zelda: Twilight Princess HD faz tudo o que era esperado de um remaster, e apesar de existirem sempre pedidos que ficaram por satisfazer, o resultado é forte o suficiente para regressar ao jogo.
Com os anos, o catálogo GameCube tornou-se mais apetecível e adoraríamos ver mais dos seus melhores jogos. A Nintendo pode estar a empatar tempo até à chegada de Zelda Wii U mas é uma tática que nos agrada, dada a sua qualidade. No entanto, o tempo escasseia para a Wii U e ficamos a pensar se teremos um lançamento híbrido entre Wii U e NX. A história poderá repetir-se pois o jogo está ainda agendado para 2016. Será interessante ver o seu estado quando regressar.