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Dragon Quest Heroes 2: Switch vs PlayStation 4

Primeiro olhar à forma como a híbrida da Nintendo lida com um jogo multi.

Lançado ao mesmo tempo que a Nintendo Switch no Japão, Dragon Quest Heroes 2 é uma perspectiva interessante sobre o desenvolvimento de jogos multi na consola da Nintendo. É especialmente fascinante pois o jogo foi desenhado para suportar um leque vasto de equipamento em várias gerações. Além da versão Switch, o jogo da Square Enix está disponível na PS4, PS3, PS Vita e em breve chegará ao PC.

Para esta análise pegamos na demo Switch da eShop Japonesa e ficamos encantados por descobrir que estão disponíveis demos com conteúdos muito similares na PS4 e PS Vita, permitindo comparações directas. Não existe uma demo PS3, o que nos permitiria enquadrar melhor a performance e apresentação da versão Switch entre as gerações PlayStation. A PS4 opera a 1080p, tal como a Switch em modo dock (baixa para 720p em modo portátil). A versão PS Vita parece correr a 960x544.

Infelizmente, nenhuma das versões oferece um filtro de texturas muito bom, mas existem muitas diferenças visuais que merecem referência. Um rápido olhar aos visuais mostram que a versão Switch se aguenta muito bem quando comparada com a da PS4, mas se reparares com melhor atenção, vês claramente que foram feitos cortes para acomodar o chipset orientado para o mobile da Nintendo.

Qualidade de imagem, bens, efeitos e resolução - eis como a Switch se compara à PS4 com um olhar a Dragon Quest Heroes 2 e ainda como está na PS Vita.Ver no Youtube

Desde logo, existe geometria simplificada nos cenários na consola Nintendo (é comum vermos modelos diferentes) e parece que temos duas artes para as texturas. Outros cortes óbvios incluem a distância de visão e folhagem, que favorecem claramente a PS4. Adicionalmente, o modelo de iluminação está ajustado, com reduções significativas nos efeitos do brilho na Switch. As sombras das nuvens presentes na PS4 não existem na Switch, enquanto as sombras mais suaves da consola mais poderosa são mais nítidas na híbrida da Nintendo.

Resumindo, existem algumas surpresas - estes são o tipo de cortes que esperarias e baseado na media disponível da versão PS3 (infelizmente não a conseguimos testar), parece que muitos dos bens da Switch remontam da consola de anterior geração. A versão PS vita utiliza um leque de funcionalidades visuais ainda mais reduzido. Tendo em conta que a PS Vita já tem cinco anos, não surpreende mas demonstra o incrível salto no poder de renderização que a Switch representa sobre uma peça de tecnologia da Sony que foi considerada muito poderosa no seu tempo.

A noção de um jogo Switch oferecer uma versão 720/1080p de uma experiência de consola de anterior geração encaixa nos esforços da Nintendo para a sua nova híbrida. No entanto, existe uma linha divisória massiva entre a Switch e a Ps4 que vai além da qualidade de imagem e arte - a performance. A versão PS4 oferece uma experiência a 60fps com quedas para 50s. Não é perfeito mas a sua sensação geral é boa.

Na Switch, o rácio de fotogramas corre a 30fps - similar à versão PS3 - mas na verdade, é um esquema de v-sync com duplo buffer que faz o jogo saltar entre 20fps e 30fps sempre que ocorrem combates A PS Vita também perde fotogramas mas consegue ser um pouco mais suave nos principais pontos de stress. A versão PS4 é a única que oferece uma experiência "Musou" forte. Percorrer o mundo mostra dramáticas melhorias na Switch, 30fps quase fixos e com apenas algumas quedas - algo que a PS Vita não consegue - enquanto a PS4 fica fixa a 60fps. No entanto, este é o tipo de jogo no qual passas a maior parte do tempo a combater, a conclusão é que os rácios de fotogramas não são bons o suficiente. Não é assim tão satisfatório ao jogar na dock, enquanto a performance cai a pique em modo portátil.

Enquanto um primeiro olhar sobre como o desenvolvimento multi se pode tornar na Switch, provavelmente Dragon Quest Heroes 2 não é assim tão revelador. É um jogo de lançamento e deixa a sensação que podia estar mais optimizado - e talvez fossem necessários mais cortes para estabilizar a performance. No entanto, é justo dizer que em termos multi-gerações, o título recorre mais ao legado PS3 do que aos bens melhorados para a PS4. Não faz mal num jogo destes, mas um rácio de fotogramas é obrigatório - e neste aspecto, a PS4 oferece uma enorme melhoria na experiência de jogo.

Vale a pena salientar que isto é baseado em demos, mas o jogo final está disponível no Japão e em Abril teremos as versões PC e PS4, a da Switch ainda não tem uma data concreta. Em termos gerais, não esperamos ver muitos jogos multi na Switch, mas será fascinante ver o quanto os programadores conseguem extrair da nova consola da Nintendo. Snake Pass da Sumo Digital - feito com o Unreal Engine 4 - será lançado na PS4, Xbox One, PC e Switch, portanto conta connosco para ver como está.

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