Digital Foundry - Mario + Rabbids é uma improvável demonstração da tecnologia na Switch
O Snowdrop de The Division transita lindamente para a Switch.
Mario + Rabbids Kingdom Battle é um título sensacional. Além de ser um brilhante jogo de estratégia, também é uma amostra da tecnologia na Nintendo Switch, concebido com o Snowdrop Engine - a fundação do jogo The Division. Certamente é uma das transições de motor mais fascinantes mas segundo a Ubisoft, um dos seus lemas é o conceito de trabalhar de forma mais inteligente - fazer as coisas melhor e não maior.
A combinação da Switch com o Snowdrop é potente, apoiada pela fantástica direcção de arte e fortes conceitos gameplay da Ubisoft. Baseado no que já vimos da tecnologia, o motor da Massive demonstra um nível de flexibilidade similar ao Unreal ou Unity, claramente capaz de dar vida a vários tipos de jogos. Além de Mario + Rabbids Kingdom Battle, o próximo jogo de South Park usa esta tecnologia.
O motor é capaz de se adaptar muito bem: The Division permanece como um dos jogos mais espantosos em termos visuais, demonstrando o que o motor pode fazer para obter uma estética mais realista. É uma amostra impressionante, capaz de puxar pelos PCs mais poderosos, mas Mario + Rabbids Kingdom Battle é algo totalmente diferente. É um jogo que procura capturar um aspecto cartoon pré-renderizado, o par perfeito para um jogo Mario.
A eficácia do trabalho da Ubisoft para apresentar a sua visão é tanta que diríamos que nenhum outro estúdio Ocidental conseguiu capturar com tanta perfeição a essência visual de Mario. Desde o foco suave, a perspectiva isométrica, as adoráveis animações, é lindo e fica como um dos jogos de melhor aspecto na Switch.
Mas existem compromissos. Na dock, Mario + Rabbids Kingdom Battle corre a 1600x900, enquanto em modo portátil corre a 1066x600. Felizmente, o défice na resolução é compensado com boa anti-aliasin - uma área em que a Nintendo habitualmente falha (vejam Mario Kart 8 Deluxe por exemplo). Mario + Rabbids Kingdom Battle é um jogo de aspecto menos nítido mas as arestas são limpas, o uso de campo de profundidade melhora a qualidade de imagem. Em modo portátil, é ainda mais difícil perceber se está a correr a 720p - o estilo de arte, pós-processamento e o ecrã mais pequeno ajudam.
A maioria da experiência é vista de cima, numa perspectiva isométrica, o jogo dividido entre exploração e segmentos de estratégia. Durante a exploração, o campo de profundidade funciona ao lado de um sistema de câmara livre, dando a impressão de espreitar para um diorama de Mario. Nas batalhas, a câmara muda para um sistema de quatro pontos, que te permite rodar 90 graus de cada vez.
O primeiro mundo está repleto de lagos cristalinos enquanto sombras das nuvens se espalham. Olha de perto e verás muitos detalhes numa escala pequena - um adorável shader de revela é usado para dar maior profundidade a uma superfície achatada. Complementado por texturas de alta resolução que se aguentam bem ao perto e um lindíssimo shader de água que se sente a nova geração do oceano de Mario Sunshine. Mais tarde verás uma enorme estrutura que dá uma sensação incrível de escala. Mais tarde ainda, encontrarás um deserto e mais. Tudo com muito bom aspecto.
É fascinante examinar como o mundo foi construído - contámos os pixeis para determinar a resolução e isso foi difícil em Mario + Rabbids - os artistas esforçaram para esconder as arestas em serra que precisámos para contar, dando a apresentação de um mundo suave..
No todo, Mario + Rabbids é uma boa amostra do motor e destaca o talento dos artistas. É um jogo muito bonito e a performance está a par disso. Os 60fps teriam sido fantásticos, mas pelo menos a apresentação é geralmente estável. Sim, temos 30fps. O ritmo de fotogramas está correcto no geral e o alvo também. Não é perfeito pois existem momentos em que surgem slowdowns perceptíveis. Mas não é um jogo de acção, não afecta o gameplay.
Os tempos de carregamento também merecem elogios - rápidos e raros. Elemento muito importante - cada mundo é enorme e permite aos jogadores transitar entre batalha e exploração sem interrupções. Quando surge um carregamento, é um interlúdio com uma animação, sem a sensação que o gameplay foi cortado.
É bom ver este jogo sair-se tão bem depois do longo período de desenvolvimento. O conceito foi apresentado a Shigeru Miyamoto em 2014 e ficou apaixonado pela ideia de construir um novo estilo de Mario que a Nintendo nunca havia tentado. Considerando o tempo, ficamos a pensar se não começou como um jogo Wii U e como seria essa versão.
Esta versão Switch é excelente e recomendada. Um jogo lindo e com performance estável, mapas enormes e loadings rápidos. Também é perfeito para jogar em qualquer lado. A Ubisoft acertou em cheio. Depois temos o Snowdrop em si. Os estúdios da Ubisoft desenvolveram vários motores, mas o Snowdrop é m destaque e persiste como um dos mais fortes.