Digital Foundry - Como Super Mario Odyssey alterna entre os modos dock e portátil
Gameplay na HDTV sobe para 900p, mobile corre a 720p60.
Super Mario Odyssey é o jogo pelo qual esperamos, uma demonstração tecnológica da uma das equipas mais talentosas na Nintendo. O molde de Mario Galaxy que permitia total exploração 3D está presente - de várias formas sentes que é um sucessor directo desses dois clássicos Wii - mas vai mais longe: Super Mario Odyssey expande as mecânicas de Galaxy através de cenários mais loucos e exóticos que apenas podiam ser criados numa consola mais poderosa. Já vimos o ambiente mais realista em New Donk City, mas a mais recente demo mostrou-nos três novos níveis - Cappy Kingdom, Luncheon Kingdom e Seaside Kingdom.
Em termos tecnológicos: Super Mario Odyssey corre agora a 1600x900, na E3 corria a 1280x720. Este aumento de 56% no número de pixeis chega em poucos meses e é satisfatório. Como as imagens em baixo demonstram, o resultado é muito melhor ao jogar na dock, e mesmo sem anti-aliasing, o jogo tem um aspecto soberbo. Também chega a novos patamares, 900p é a maior resolução jamais vista num jogo 3D de Mario e sem afectar a performance.
Esta é uma tendência vista em jogos da Nintendo. As primeiras versões de Splatoon 2 corriam a 720p na dock, antes de receber uma melhoria com a resolução dinâmica. Faz sentido: 720p é a resolução em modo portátil, a área que precisa de uma optimização mais firme. Isto é claramente parte do processo da Nintendo; usar o modo portátil a 720p como o ponto de partida, melhorando a experiência na dock mais perto do lançamento. No caso de Super Mario Odyssey, 900p é um resultado decente.
Desta forma, terás tudo o que mereces em modo dock, sendo difícil criticar o resultado. Também é difícil ignorar as similaridades com Mario Galaxy. O belo Seaside Kingdom é um design mais aberto que nos remonta aos níveis mais livres de Mario Galaxy; um recreio repleto de água com muita exploração - com belos shaders na lava e água. O pop-in dos inimigos e objectos - mesmo na dock - é bem visível mas está longe o suficiente para não distrair muito. Mesmo com a nova mecânica Cappy, que te deixa controlar os inimigos, a liberdade e múltiplos objectivos fazem com que se sintam como um Mario Galaxy3.
Apesar da 900p fixa na dock, a apresentação em modo mobile é fascinante. O jogo corre a nativa 1280x720, perfeito para o ecrã. No entanto, as cutscenes cortam a resolução para 640x720, uma forma de assegurar os 60fps a todo o tempo.
Na versão que jogámos, a Nintendo também ajustou os gráficos do modo portátil para assegurar uma performance consistente. Os visuais foram ajustados de três formas, mas é difícil ver as diferenças no ecrã mais pequeno. Primeiro, além da queda para 720p, existe um buffer de iluminação de menor resolução, criando mais artefactos no nível. Olha para o sidekick Cappy como um exemplo; o brilho à sua volta demonstra misturas verticais, ausentes em modo dock. De igual forma, o brilho é afectado por uma definição de detalhe mais agressiva do que na dock.
A segunda contra-partida do modo portátil também foi bem pensada. Em Seaside Kingdom, as sombras sofreram uma queda na resolução em modo portátil. Basicamente, tens sombras menos nítidas no chão, mas é um compromisso justo. Ao jogar em modo dock, a sombra de Mario apresenta uma maior resolução, mais nítida - enquanto os inimigos usam uma definição inferior. Em modo portátil, todas as sombras sofrem de igual forma - desde Mario às criaturas. Apesar de certos níveis realçarem os ajustes, acreditamos que foram aplicados em todo o jogo.
O terceiro compromisso está na distância de visão. Talvez não seja um compromisso, mas antes sim uma subtil mudança, disfarçada pela queda para 720p, mas os objectos mais distantes usam uma mistura poligonal inferior. Reduzir o detalhe geométrico, resolução das sombras e a qualidade da iluminação permite à Switch manter os 60fps em modo portátil. Nos níveis que jogámos, a performance era sólida, mesmo com a resolução superior em modo dock. Desde o efeito de nevoeiro volumétrico em Cappy Kingdom até aos shaders de tinta ao estilo de Splatoon usados em Luncheon Kingdom correm sem soluços. Os 60fps são essenciais em Mario e a Switch consegue-o quase na perfeição. Existem pequenas excepções; existem soluços ocasionais perto dos níveis abertos quando surgem notificações do tutorial. Vais reparar nisso? Provavelmente não - e a Nintendo merece elogios pela optimização 900p60.
Teremos mais sobre o modo portátil de Super Mario Odyssey, mas até agora, o modo dock está onde precisa estar. Os controlos estão bons graças à resposta rápida e sem os 60fps, um Mario 3D seria estranho. Super Mario Odyssey inclui um modo de fotografia, que te deixa parar a acção e movimentar câmara. Esta perspectiva corre a 30fps e cria uma sensação de trepidação que não esperas de um jogo de Mario. É um sinal da forte diferença e como sentes falta dos 60fps quando tos tiram. Funciona bem para o modo fotografia, mas sentirás bem a diferença. No entanto, as tuas fotos ficam melhores com o nível adicional de detalhe, melhor anti-aliasing e filtro de texturas reforçado.
Estamos altamente entusiasmados com Super Mario Odyssey e a Nintendo conseguir adaptar bem o jogo para os modos dock e portátil. Todas as consolas da Nintendo foram definidas por um jogo de Mario e na Switch, Super Mario Odyssey experimentar com o espaço 3D mais do que qualquer outro na série, melhorando também os visuais. A escala dos mundos, iluminação e uso de volumétricos são destaques. É um jogo construído para a Switch - ao invés de uma conversão de um projecto Wii U existente - tornando-o ainda mais importante. Super Mario Odyssey dá à Nintendo uma oportunidade para demonstrar as capacidades da Switch.