Red Faction Guerrilla na Switch é alegria portátil, mas deixa a desejar na dock
Revisitamos a Re-Mars-tered Edition na PC, PS4 Pro e Xbox One X.
Uma versão Switch de Red Faction Guerrilla é algo ambicioso. Este jogo sempre impressionou com as suas físicas, ao ponto de usarmos o remaster Xbox One X como comparação com o multiplayer de Crackdown 3 e a sua destruição. O original puxava imenso pelos cores PowerPC 3.2GHz da Xbox 360 e acreditamos que o grande desafio aqui foi conseguir que o sistema de físicas trabalhasse correctamente em apenas três 1GHz ARM Cortex A57s. Surpreendentemente, este aspecto do jogo corre bem.
Em termos gráficos, o port Switch tem altos e baixos, quase como um híbrido entre anterior e actual gerações. Recorre aos novos elementos visuais das edições Re-Mars-tered da PS4 e Xbox One e por isso, aspectos como detalhe das texturas, realces especulares e raios crepusculares estão superiores à anterior geração. O intrusivo screen tearing também desapareceu.
No entanto, o filtro de texturas tem pior aspecto e a resolução pode ser problemática, dependendo de como o jogas. Sim, tal como outros remasters, existem diferentes modos de qualidade e performance. No modo performance, o rácio de fotogramas é desbloqueado, efeitos como oclusão ambiental removidos e a resolução é dinâmica (792p-900p na dock, 360p-576p em portátil). O modo de qualidade coloca a resolução nos valores superiores e um bloqueio a 30fps.
A diferença na resolução entre dock e portátil é grande e isso resulta numa performance muito melhor em modo portátil, nos dois modos. Também significa que temos duas recomendações para o modo que deves usar, dependendo se jogas na dock ou não.
O formato portátil com o modo de qualidade activado é facilmente a forma mais consistente de jogar Red Faction Guerrilla na Switch. A resolução fixa a 576p e um rácio de fotogramas que tenta ficar no limite de 30fps - sofre com pequenas quedas. O modo performance é pior e apesar dos rácios de fotogramas superiores, a consistência na performance desaparece e tens resolução dinâmica, 576p já é baixo o suficiente.
A situação inverte-se na dock. O modo qualidade fixa-se a 900p e apesar do alvo a 30fps, o jogo raramente chega lá - a maioria da acção corre a altos 20s nos momentos exigentes e não tens uma apresentação fluída. A 900p é obviamente demasiado elevada - 792p fixa ou resolução dinâmica podiam fazer uma grande diferença para meter este modo ao nível da performance portátil. O modo performance na dock melhora a experiência, na maioria do tempo fica acima de 30fps, mesmo que a qualidade de imagem sofra.
Talvez o estúdio tenha ido longe demais na dock, enquanto a opção portátil está adequada às capacidades da consola. Com ajustes na resolução, o modo dock poderá melhorar, mas algo constante é a boa simulação das físicas - funcionalidade impressionante, tendo em conta os recursos disponíveis para os criadores na Switch. É um elemento central do jogo e ver a destruição em modo portátil é muito atractivo - sim, o jogo é antigo, mas ainda é muito divertido e não há nada igual na Switch.
Com a chegada da versão Switch de Re-Mars-tered, decidimos olhar para as versões PC, PS4 Pro e Xbox One X, para comparar com a híbrida pois esta versão actualizada é muito divertida. A Xbox One X lidera nas consolas, corre a 60fps com uma resolução de 1800p ou a 4K nativa e 30fps em modo qualidade. O modo performance tem tearing e quedas nas explosões, mas na maioria do tempo aguenta-se - é o meu modo preferido.
A versão PS4 Pro é estranha. O modo qualidade corre na mesma a 4K30 como na X, mas a performance é horrível - ao ponto de ser o pior jogo que já vimos nesta consola. Falamos de algo tão mau quanto Lichdom Battlemage no lançamento. O modo performance corrige isto, mas não fica perto dos 60fps e tens uma experiência inconsistente. No entanto, muda a tua Pro para 1080p e terás full HD que corre mais perto de 60fps do que qualquer outra versão de consola. É a melhor forma de jogar na Pro e é surpreendente que esteja escondido atrás de uma opção de saída de vídeo no menu principal da consola.
A versão PC é altamente recomendada - boa performance, pode ir até 250fps, suporte para qualquer resolução e ecrã panorâmico - joguei a 3840x1600.
Revisitar a Re-Mars-tered Edition demonstrou que é um jogo divertido que transitou bem da PS3 e Xbox 360 para a actual geração e agora até temos uma versão Switch. Esta versão é uma espécie de Jekyl e Hyde: o formato portátil em modo de qualidade é de longe a melhor forma de o jogar na Switch. Os gráficos, resolução e performance estão bem equilibrados no modo qualidade. No entanto, é outro exemplo que não se aguenta bem num ecrã moderno numa sala - os modos deixam-te alternar entre uma performance inconsistente ou modo sub-30fps. Penso que é preciso uma actualização para melhorar o jogo, mesmo que comprometa a resolução. Para quem o jogar em modo portátil, vale bem a pena.