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A Plague Tale: Innocence - testado upgrade 60fps - e há um bónus para os possuidores duma Xbox Series

Examinado o suporte escondido de 120Hz para as consolas Microsoft.

À primeira vista, esta análise tecnológica em particular deve ser bastante simples - A Plague Tale: Innocence da Asobo Studio foi um dos grandes êxitos adormecidos de 2019. O motor personalizado que o alimenta proporciona uma experiência simplesmente bela, mas como muitos títulos da anterior geração, foi limitado a 30fps. O patch 'next-gen' atualiza o jogo para 60 fotogramas por segundo, quer se esteja a jogar na PS5 ou em qualquer uma das consolas da Xbox Series - mas o que o produtor não te diz é que as máquinas Microsoft também beneficiam de uma funcionalidade escondida de 120Hz.

Em essência, o projeto de A Plague Tale: Innocence parece ser a última geração da versão Xbox One X do jogo, que era a melhor versão de consola disponível na altura. Esta versão tornou a experiência numa resolução nativa de 1440p, utilizando super-amostragem temporal para fornecer uma apresentação eficaz para ecrãs 4K - e esse é o mesmo objetivo da Asobo com as atualizações para a PS5 e Series X. A partir daí, a Asobo adiciona algumas atualizações adicionais aos visuais, ao mesmo tempo que volta a marcar uma determinada configuração - uma configuração que é a mesma tanto na PlayStation 5 como na Xbox Series X, que são efetivamente permutáveis do ponto de vista visual.

A decomposição em vídeo do Digital Foundry do patch para as novas consolas de A Plague Tale: Innocence.Ver no Youtube

Falemos primeiro sobre as melhorias adicionais. Sim, a taxa de fotogramas aumenta de 30fps para 60fps, duplicando o feedback visual e baixando a latência de entrada. No entanto, a fluidez adicional é adicionada através da bem-vinda adição de motion blur. O movimento da câmara adiciona agora um desfoque baseado na velocidade - ausente na Xbox One X - com o desfoque de movimento independente por objeto adicionado à composição. E como uma vantagem, ajuda a disfarçar os artefactos fantasmas da sua técnica TAA, trabalhando bem com a estética cinzenta e enevoada de A Plague Tale. Neste caso, o Motion blur é facilmente colocado na lista das minhas preferências - o único ponto negativo é que não há alternância para o desligar, o que pode frustrar alguns. Por falar em pós-processamento, o jogo também tem uma forma particularmente intensa de aberração cromática, mas existe uma opção de regulação, que eu pessoalmente recomendaria utilizar.

Outras melhorias nas versões PS5 e Series X incluem mapas de sombras de grau superior com contornos mais claros e definidos. Além disso, o ambient occlusion é subtilmente melhorado, adicionando áreas mais definidas de sombra própria em peças de joalharia do personagem, argolas para o cabelo e muito mais. É um sombreado mais intenso para a Series X e PS5, e certamente uma configuração mais elevada do que a que a Xbox One X conseguiria atingir. A única desvantagem aqui é que o sombreamento screen-space - e os reflexos também - não utilizam um método preciso para desenhar cada efeito. Verá lacunas claras, onde o sombreado ou os reflexos se desfazem em direção às bordas do ecrã. É uma característica esperada do SSAO e dos reflexos screen-space, mas é um traço que se destaca dado o padrão destas técnicas hoje em dia. Ainda assim - as sombras e o ambient occlusion são melhorados para a PS5 e para a Series X.

A área onde a Xbox One X é superior é na distância de desenho da relva, onde encontramos tanto a PS5 como a Series X um notável downgrade. É mais óbvio nas cutscenes, mas estende-se também à jogabilidade. A razão pela qual isto acontece é desconhecida. Talvez seja um esquecimento, mas talvez fosse necessário assegurar um bloqueio mais apertado a 60 fotogramas por segundo. A outra alternativa é que as configurações de base utilizadas são de facto derivadas e construídas a partir das consolas de base da anterior geração. É tudo hipotético, mas é o que é: a relva é mais cheia e mais rica na Xbox mais antiga, que por sua vez falha no motion blur de grau superior, sombras e ambient occlusion da PS5 e da Series X.

A nossa análise original do jogo no PC e nas consolas da anterior geração.Ver no Youtube

A Series S da Xbox também visa 60 fotogramas por segundo, mas fá-lo a partir de um ponto de partida nativo de 900p, que mais uma vez utiliza a supersamostragem temporal para aumentar para 1080p. Isto dá-lhe uma imagem muito mais suave como resultado, mas mantém o bonito desfoque do movimento. No entanto, outros elementos são sacrificados: os parâmetros de distância de desenho têm um pequeno impacto, enquanto o ambient occlusion e shadow maps estão mais a par com o jogo da anterior geração. A Series S continua a ter um ótimo aspeto, independentemente. Seria difícil encontrar problemas nos seus próprios termos.

Desempenho? A principal vantagem é que, em todas as três novas consolas, estão a ser anunciados 60 fotogramas por segundo para a grande maioria da experiência. No entanto, a forma como os 60fps são alcançados parece variar. Em todas as plataformas, pode haver quedas - por vezes acompanhadas de screen-tearing e outras vezes não. Não há um "vencedor" absoluto entre a Series X e a PlayStation 5. Algumas cenas irão deixar escapar fotogramas num dos sistema, mas não no outro - e vice versa. A Series S é ligeiramente menos consistente do que as suas colegas estáveis, mas o upgrade da taxa de fotogramas faz o trabalho como pretendido.

Mas o que fazer com o suporte de 120Hz do jogo nas máquinas Xbox? Há a sensação de que talvez não seja intencional e pode muito bem ser um lapso ou mesmo um bug - não foi de todo divulgado, mas o facto é que é uma vantagem para os proprietários de consolas Xbox. Inicializa o jogo com 120Hz definido no dashboard e o frame-rate é desbloqueado tanto na Series S como na Series X. Num ecrã padrão de 120Hz, apresenta-se como um jogo de PC com o v-sync desligado com o renderizador a correr sem problemas, tornando-se na sua essência uma espécie de referência. Infelizmente, isto significa que o screen-tearing está sempre presente. No entanto, se tiver uma taxa de atualização variável (VRR), o tearing desaparece e a apresentação é muito melhorada como resultado. O VRR é um modo obrigatório para a utilização deste modo.

O jogo que funciona a 120Hz VRR nas consolas Xbox Series.

Observando o jogo a correr desbloqueado, obtém-se uma ideia da margem disponível para além dos 60fps. Nas áreas mais densas, como a floresta na missão tutorial, o jogo atinge os 65-70fps na Series X, com a Series S a correr um pouco mais lentamente. No entanto, outras áreas interiores do jogo atingiram 90fps, com o desempenho a deslocar-se a cima de 100fps em áreas menos exigentes. É um pequeno bónus interessante (e graças a GAMEKOD3 por chamar a nossa atenção) e assumindo que não está corrigido, será um teste interessante a que voltaremos nos próximos anos, quando partirmos do princípio de que aparecerá novo hardware Xbox.

Finalmente, devemos falar sobre os tempos de carregamento - e é uma boa notícia para todas as máquinas testadas. Um nível que leva 58 segundos a carregar na Xbox One X é completado em pouco mais de 15 segundos em todas as três novas consolas. Portanto, sim, o armazenamento mais rápido do SSD conta realmente para um grande salto neste caso - embora, mais uma vez, o jogo flui no mundo sem problemas depois desse ponto, por isso não é como se o carregamento fosse um grande estrangulamento nas últimas edições do título.

No entanto, em última análise, é ótimo ter A Plague Tale: Innocence de volta nesta forma recentemente revista. Atualmente é gratuito para assinantes do PlayStation Plus, e está também disponível no Xbox Game Pass - o que significa que há muitas maneiras de aceder facilmente ao jogo. A cereja no topo do bolo? Se já o possuir, a atualização 60fps é gratuita - e esta excelente atualização é uma desculpa tão boa como qualquer outra para revisitar um jogo fantástico.

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