Ratchet and Clank: Rift Apart na PS5 Pro - uma atualização direta para o modo RT de desempenho
Com a possibilidade de mais informações a partir do código final.
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Ratchet and Clank: Rift Apart continua a ser um destaque técnico absoluto na PS5. Combinando belas animações, modelação fantástica e excelente tecnologia de iluminação - incluindo uma implementação pioneira de reflexos RT - o jogo continua a ser um dos títulos mais bonitos da plataforma. No entanto, à maneira clássica da geração atual, a produtora Insomniac oferece vários modos, cada um com as suas próprias desvantagens em termos de caraterísticas gráficas, desempenho e qualidade de imagem. O novo patch para a PS5 Pro tem como objetivo tornar essa escolha muito mais simples, dando aos jogadores a combinação de reflexos RT, detalhes de imagem finos e desempenho de 60fps na PS5 Pro. Será que esta atualização eleva o Rift para além da sua contraparte de consola base? E até que ponto está perto de igualar o modo de fidelidade da PS5?
O ponto de comparação mais relevante com a PS5 Pro é o modo RT de desempenho da PS5 base, porque ambas as ofertas funcionam a 60 fps e apresentam excelentes reflexos RT. Este modo oferece uma imagem semelhante a 1440p na PS5 e é, sem dúvida, a melhor experiência geral nas consolas de base.
A maior melhoria na Pro reside na forma como a imagem final é resolvida, com o upscaling PSSR a levar Ratchet de cerca de 1584p para uma imagem final de 4K contra uma resolução interna de 1440p na consola base (ambos os modos utilizam DRS e pós-processamento de baixa resolução). Em elementos finos de geometria, a diferença pode ser gritante, com o Pro a resolver linhas mais limpas com mais pormenor graças à resolução interna mais elevada e à melhor tecnologia de upscaling.
O modo RT de desempenho inclui uma camada substancial de nitidez pós-processamento para proporcionar uma maior perceção dos detalhes em toda a imagem. Na PS5 Pro, há um melhor pormenor geral, mas sem o toque artificial nas margens e a quebra adicional frequentemente associada à nitidez. De acordo com o diretor de tecnologia da Insomniac, Mike Fitzgerald, a técnica PSSR utilizada na Pro resolve detalhes suficientes para que a nitidez utilizada na PS5 não seja necessária.
Os reflexos RT também são resolvidos de forma muito mais limpa nas consolas Pro. Estes reflexos tinham um aspeto granulado nas consolas de base, com padrões tipo tabuleiro de xadrez por vezes visíveis nos detalhes dos reflexos. A PS5 Pro pode parecer ligeiramente mais suave do que a consola base, mas a resolução RT é mais estável. Há também muito menos aliasing em áreas como arestas biseladas em superfícies brilhantes e nas bordas de materiais brilhantes em geral. O resultado é uma imagem mais coerente e realista, especialmente com as alterações aos padrões de ruído e de pontilhado que alimentam os reflexos RT na PS5 Pro.
Um possível efeito secundário dos reflexos atualizados é que tendem a sofrer de mais fantasmas do que os seus homólogos na PS5, pelo que os objetos em movimento ou os movimentos da câmara podem ficar um pouco mais para trás do que na PS5. A RT não possui vetores de movimento, que os upscalers temporais esperam, pelo que o PSSR tem uma tarefa bastante difícil. O Pro realça os reflexos coerentes em repouso com o mínimo de aliasing, possivelmente à custa de reflexos mais desfocados durante o movimento. No entanto, os reflexos em geral têm um aspeto muito melhor no Pro.
A PS5 Pro também tem melhor desempenho na resolução de efeitos de partículas, como os confettis apresentados nos momentos iniciais do jogo no Festival of Heroes. Na PS5 base, as partículas de confettis desaparecem e desaparecem à medida que se movem no ar, enquanto na PS5 Pro parecem muito mais coerentes. Esta é outra área em que a falta de vetores de movimento cria resultados algo inferiores com a técnica IGTI (injeção temporal da Insomniac Games) utilizada na PS5. Outros efeitos de partículas, como os clarões, também parecem mais suaves e menos distorcidos na PS5 Pro.
A vegetação também tem melhor aspeto na versão Pro, com mais pormenores de vegetação à distância e mais pequenas alterações ao perto. Os padrões de detalhe de frequência mais elevada na vegetação não interagiram tão favoravelmente com a nitidez da imagem, pelo que a imagem tende a ser um pouco mais nítida na máquina base do que na Pro. Algumas árvores distantes parecem um pouco menos estáveis, com ruído que não se verifica com o IGTI no modelo base. Também reparei que alguma relva apresenta artefactos temporais, talvez como prova visual de um tipo de processo de jittering.
No que diz respeito ao movimento, os resultados são maioritariamente positivos. Animações complexas, como a animação da chave inglesa no Ratchet, são resolvidas com muito menos aliasing no Pro e produzem um resultado limpo e mais rapidamente coerente em comparação. Conseguir que isto tenha um bom aspeto é uma tarefa bastante difícil, dada a animação rápida com movimentos complexos e oclusão e desoclusão constantes, mas o PSSR está a produzir um resultado satisfatório. Também vemos resultados muito favoráveis nas multidões do desfile, onde as personagens que batem palmas parecem limpas, mesmo sob um exame minucioso. O IGTI tende a ter um efeito de desoclusão algo ruidoso, muito semelhante ao que poderíamos ver com o FSR, pelo que o resultado no Pro é superior. Isto não quer dizer que não haja espaço para melhorias no Pro, mas os seus problemas tendem a restringir-se a momentos menores ou a cenários distantes.
Ao mover-se através de uma cena, há normalmente menos aliasing no Pro, embora nenhuma das plataformas ofereça um resultado perfeitamente estável. A maior diferença surge em cenas com reflexos RT proeminentes, em que a Pro faz um melhor trabalho ao manter o aliasing num nível mínimo. Apesar disso, tanto a PS5 Pro como a PS5 de base têm dificuldade em manter o aliasing geométrico sob controlo em algumas cenas, apesar da sua melhor estabilidade temporal em geral.
A renderização de peles do jogo na PS5 Pro também merece destaque. A PS5 Pro talvez não tenha uma definição tão nítida como a máquina base, mas a renderização do pelo parece um pouco mais natural, com uma distorção menos óbvia e uma silhueta mais suave - uma apresentação mais semelhante à da computação gráfica. Há um problema numa cena em que o pelo de Ratchet deveria estar molhado, mas parece seco, sem o aspeto de penteado que tinha na apresentação da PS5 Pro, mas é provável que se trate de um erro desta versão inicial da PS5 Pro.
No geral, o Ratchet está muito bem no seu modo Pro, com uma imagem mais natural, menos aliasing e menos problemas em áreas difíceis como reflexos e pelo. Não é necessariamente uma mudança radical em termos de nitidez, mas é sem dúvida uma imagem substancialmente melhor no geral.
O modo de fidelidade da PS5 é um desafio mais duro, uma vez que apresenta uma resolução de imagem 4K nítida e detalhada, com o ITGI a trabalhar a partir de uma resolução interna 4K completa (ou quase completa). Isso, e a falta de nitidez na PS5 Pro, permite que o modo de fidelidade da PS5 forneça uma imagem mais detalhada. A falta de nitidez na Pro dá à imagem mais consistência temporal, minimizando o contraste local, o que ajuda a diminuir o aliasing aparente. Ainda assim, a estabilidade geral da imagem fica um pouco aquém do modo de fidelidade nas comparações lado a lado. O Pro tende a ter um aspeto ligeiramente ruidoso e instável, oscilando entre os modos de desempenho RT e de fidelidade nesse aspeto.
É claro que a PS5 Pro tem o dobro da taxa de fotogramas, e há também outras vantagens. As partículas são resolvidas de forma substancialmente mais coerente na PS5 Pro, com menos rupturas em objectos como confetis e foguetes, e os reflexos tendem a ser resolvidos de forma mais coerente na PS5 Pro em fotografias, embora o nível de detalhe no modo de fidelidade seja substancialmente superior. Em movimento, o RT pode parecer um pouco mais gracioso no modo de fidelidade graças aos seus resultados mais nítidos. Certos tipos de movimento não se saem tão bem no modo de fidelidade em comparação com o modo Pro, nomeadamente a animação de baloiço de chave inglesa e o movimento de multidões, que sofrem de problemas de desoclusão.
Noutras áreas, a vitória do modo de fidelidade é mais direta. A vegetação parece mais pormenorizada e mais estável em relação ao modo Pro, por exemplo, e a densidade da multidão parece maior - talvez o resultado de escolhas de definições mais elevadas para o modo de fidelidade do que o modo Pro derivado do RT de desempenho. O pelo continua a ter um aspeto ligeiramente duro, mas é um pouco mais estável em termos temporais e mais detalhado. O modo Pro faz um trabalho melhor do que o modo RT de desempenho nestas áreas, mas o modo de fidelidade tem simplesmente muito mais pixéis para utilizar.
A meu ver, o modo de fidelidade é normalmente preferível ao modo Pro de desempenho com PSSR em termos de detalhe e estabilidade da imagem, mas a PS5 Pro continua a ter vantagens significativas, dada a sua taxa de fotogramas muito mais elevada e uma qualidade visual frequentemente comparável. É quase uma atualização direta em relação ao código da PS5 executado no modo RT de desempenho, o que constitui uma vitória sólida para a consola melhorada da Sony.
Há um outro modo visual que vale a pena discutir, embora pareça um pouco vestigial. A versão PS5 oferece um modo de desempenho sem RT, que foi abandonado para o Spider-Man 2 do ano passado, mas está presente noutros títulos PS5 da Insomniac. Relativamente à versão Pro, a qualidade da imagem é mais competitiva aqui do que no modo de desempenho RT, uma vez que a técnica IGTI é combinada com resoluções mais elevadas, frequentemente entre 1620p e 1800p. No entanto, a perda de reflexos RT nos ambientes brilhantes de ficção científica de Ratchet torna-o uma opção menos que ideal, e penso que essa diferença por si só torna-o difícil de comparar com o novo modo Pro de desempenho.
Há um pormenor que ainda temos de abordar, claro, e que é a taxa de fotogramas. A opção Performance Pro tem como objetivo 60 fps - pelo menos quando funciona com uma saída de 60 Hz sem VRR - e faz um excelente trabalho ao atingir esse objetivo. Nas imagens que temos, só detetei quedas de fotogramas durante as sequências de portais. Os cortes de câmara durante as cenas também mantêm um fotograma para efeitos de AA, como vimos em esforços anteriores da Insomniac. No resto do jogo, são 60fps diretos.
No geral, estou satisfeito com a atualização da PS5 Pro que estamos a ver no Rift Apart, que oferece o modo RT de desempenho com uma qualidade de imagem semelhante à do antigo modo de fidelidade. Tal como noutros jogos com PSSR, a imagem final tem uma resolução diferente da antiga solução AA do jogo, mas parece competitiva em muitos aspetos, mesmo que, no geral, fique um pouco atrás da sua contraparte de alta resolução. No entanto, ao contrário de muitos outros títulos de topo de gama para a PS5, o Rift Apart já tem um método de upsampling temporal muito bom nas consolas PS5 de base, o que provavelmente minimiza a necessidade de uma melhoria na PS5 Pro. A Pro tem um aspeto substancialmente mais limpo do que a sua contraparte RT de desempenho, mas não é uma situação como a do FF7 Rebirth, em que o modo de 60 fps de base não estava à altura de um ecrã 4K.
Ainda estou muito curioso para ver como é que o PSSR se comporta em jogos mais exigentes, aqueles que já estão um pouco comprometidos com resoluções internas baixas reforçadas com o FSR 2. O PSSR está a funcionar bem nos jogos que analisámos até agora, mas oferecer uma excelente imagem de 1440p ou 4K a partir de uma resolução de base inferior a 1080p pode ser um desafio, mesmo para os upscalers de IA mais maduros. Os títulos de topo da PS5 estão a levar o FSR 2 aos seus limites, e é aqui que o PSSR tem de melhorar muito.
Também estou curioso para ver o que a Insomniac poderá fazer com um modo de fidelidade PS5 Pro. Mike Fitzgerald, da Insomniac, deu a entender numa entrevista que realizei no mês passado que um modo de fidelidade com RT adicional (como sombras RT ou RTAO) poderia estar a ser preparado para os proprietários da versão Pro. No entanto, mesmo que esse modo ofereça mais benefícios de RT, penso que seria necessário muito para afastar os jogadores do modo de desempenho de atualização superior que analisámos hoje.
Mas, por enquanto, a gama de títulos exclusivos e de primeira mão da Sony que analisámos tem-se saído bastante bem na PS5 Pro. Isso inclui Ratchet and Clank: Rift Apart, que oferece uma melhoria sólida em relação à experiência da consola de base a 60 fps.