Nvidia anuncia placas gráficas da série RTX 50 com geração de múltiplos fotogramas DLSS 4

Tal como se previa, a Nvidia revelou as suas novas placas gráficas para computadores de secretária da série RTX 50 na sua apresentação no CES 2025, que teve lugar durante a madrugada, hora do Reino Unido. A linha atual inclui quatro placas: uma RTX 5090 de $1999/£1939, uma RTX 5080 de $999/£979, uma RTX 5070 Ti de $749/£729 e uma RTX 5070 de $549/£539. Cada placa gráfica “Blackwell” vem equipada com memória GDDR7, algumas reivindicações de taxas de fotogramas impressionantes e geração multiquadros DLSS 4. As duas placas topo de gama chegam a 30 de janeiro, enquanto as placas de gama média-alta estão previstas para fevereiro.

As reivindicações de “desempenho relativo” de algumas destas placas gráficas são loucas, por isso vamos começar com uma ideia das taxas de fotogramas esperadas para cada placa e uma explicação rápida da geração multiquadros DLSS 4 antes de abordarmos as melhorias arquitectónicas.

A RTX 5090 de 1999 dólares está posicionada, sem surpresa, como a derradeira placa gráfica, um modelo prosumer com 32 GB de GDDR7. Baseia-se na GPU GB202 com 92 mil milhões de transístores, contra 76 mil milhões na 4090, e inclui 21760 núcleos CUDA. Os slides da Nvidia prometem o dobro das taxas de fotogramas da RTX 4090, ou uns confortáveis 4K 240Hz com RT total e definições máximas em jogos que suportam a funcionalidade de geração de múltiplos fotogramas (MFG).

Para explicar antes de prosseguirmos, o MFG adiciona até três fotogramas gerados para cada fotograma tradicionalmente processado. Isto resulta em taxas de fotogramas mais elevadas e, por conseguinte, em fluidez visual, mas não necessariamente num desempenho mais elevado, como é habitualmente designado, uma vez que a latência depende da taxa de fotogramas “de base” e não da taxa de fotogramas “de saída” final. O conceito é semelhante à funcionalidade original de geração de fotogramas (FG) das placas da série RTX 40 e, como tal, depende da integração da produtora e da tecnologia de atenuação de latência Reflex 2 da Nvidia para funcionar corretamente.

Surpreendentemente, embora a RTX 5090 tenha uma potência gráfica total nominal de 575W - mesmo contra o limite de 600W do PCIe 5.0 e 125W superior à RTX 4090 - o design da Founders Edition é, de facto, mais fino do que a RTX 4090 FE. É uma placa de duas ranhuras que pode realmente caber em caixas de PC de formato pequeno (com as PSUs de 1000W necessárias), com duas ventoinhas de fluxo contínuo e o PCB localizado no centro. Será fascinante ver o desempenho do novo design, dado que os primeiros protótipos de arrefecedores da 5090 eram alegadamente gigantes de quatro ranhuras!

A RTX 5080 de 999 dólares foi concebida para duplicar as taxas de fotogramas da RTX 4080, com a Nvidia a prometer resultados superiores a 2x em jogos como Cyberpunk 2077, Alan Wake 2 e Black Myth: Wukong - todos títulos RT de peso. A 5080 baseia-se na matriz GB203 mais pequena e inclui 16 GB de GDDR7, 10752 núcleos CUDA e uma potência nominal de 360 W - sendo recomendada uma fonte de alimentação de 850 W. O preço coincide com o da RTX 4080 Super, pelo que será interessante ver como estes modelos se comparam em termos de desempenho quando o FG ou MFG não é utilizado.

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As duas placas de fevereiro, a RTX 5070 Ti 16GB e a 5070 12GB, atingem os pontos de preço de $ 749 e $ 549. A 5070 Ti utiliza uma versão reduzida da GPU GB203 com 8960 núcleos CUDA, enquanto a 5070 utiliza a GB205 com 6144 núcleos. É dececionante ver os 12 GB de GDDR7 na placa RTX 5070 de US $ 549 no ano de nosso senhor 2025, mas a Nvidia precisaria equipar o 5070 com um barramento de 256 bits (ou usar uma alocação VRAM mista) para atingir 16 GB, então a mudança não é inesperada.

Em termos de desempenho, o tema é o mesmo: a 5070 Ti tem como objetivo duplicar a taxa de fotogramas da 4070 Ti, enquanto a 5070 faz o mesmo com a 4070. No entanto, a Nvidia também salientou que isto significa que a 5070 deveria oferecer as mesmas taxas de fotogramas que a RTX 4090, o que seria um grande golpe a cerca de um terço do preço! Dado que se trata de uma comparação desigual entre MFG e FG, teremos de esperar por testes adequados de terceiros para ver se essa afirmação é realmente confirmada e qual é o diferencial em títulos não-FG e, na verdade, não-DLSS/não-RT.

Para além de confirmar a sua linha de computadores de secretária, a Nvidia também anunciou as GPU para portáteis da série RTX 50. Estas chegarão a partir de março e incluem alocações de memória mais pequenas. Estas incluem a RTX 5090 de 24 GB, a RTX 5080 de 16 GB, a RTX 5070 Ti de 12 GB e a RTX 5070 de 8 GB.

Agora que já temos o alinhamento coberto, vale a pena mencionar rapidamente algumas das alterações arquitectónicas que contribuem para um desempenho geral mais rápido e para os principais ganhos em termos de desempenho de RT e IA. Estas melhorias são derivadas de SMs mais robustos com mais rendimento e integração mais estreita do núcleo Tensor, melhorias na reordenação da execução de shader e aceleração para computação FP4. Há também uma medição de inversão de hardware melhorada necessária para a geração de vários fotogramas, novos núcleos RT com o dobro da taxa de intersecção de triângulos de raios e melhor compressão. As placas também suportam a interface PCIe 5.0 e são fornecidas com portas DisplayPort 2.1b UHBR20, correspondendo às placas da geração anterior da AMD.

Se estiver interessado em saber mais sobre a arquitetura Blackwell, o blogue da Nvidia tem mais pormenores sobre estes detalhes arquitectónicos, e esperamos que a imprensa tecnológica habitual, como a Gamers Nexus ou a TechSpot, ofereça análises mais pormenorizadas destas alterações assim que tiverem a oportunidade de digerir a informação.

Em termos dos nossos resultados, esperamos publicar mais informações sobre a geração de múltiplos fotogramas DLSS 4 num futuro próximo, por isso, esteja atento a isso e, claro, estamos ansiosos por submeter as novas GPUs ao nosso conjunto de testes refinados o mais rapidamente possível.