Frente-a-frente: Batman: Arkham City
Cavaleiro das Trevas em armadura brilhante.
O suporte 3D via TriOviz da Darkworks foi integrado no UE3 há muito, portanto não é surpresa que surja aqui em Arkham City - especialmente quando relembras que a edição Game of the Year de Arkham Asylum foi o primeiro jogo a implementar. A vantagem chave com a TriOviz é que existe pouco impacto na performance.
A razão é simples: a TriOviz usa informação do buffer de profundidade para extrapolar informação para os dois olhos, enquanto o motor em si apenas gera um ponto de vista completo para a geometria e outros elementos. Como tal, vemos uma enorme poupança nos recursos comparado com o gerar de pontos de vista únicos para cada olho. Resumindo, não é verdadeira estereoscopia, mas utilizado devidamente é uma boa alternativa. Curiosamente, o rácio de fotogramas parece estar desbloqueado em ambas as consolas, portanto a experiência geral é bem similar à da versão 2D, existe muito tearing. Curiosamente, devido ao baixo contraste na arte e ao facto que o tearing se move de um olho para o outro com intervalos de 16ms, não é tão óbvio e na verdade, parece como se o jogo tivesse a correr mais suavemente do que no modo 2D normal - se bem que isto tem um custo na consistência.
Em termos da constituição do framebuffer, vemos algo extraordinário aqui: apesar de ter um sinal de resolução a 720p por olho ser esperado da PS3, estamos surpresos por ver também exatamente o mesmo esquema 360 - algo que não esperávamos ver implementado até à atualização à Dashboard em Novembro. Arkham City precisa de uma atualização ao iniciar, e apesar da dash ser a mesma que temos há um ano, parece que a nova atualização adiciona suporte 3D estereoscópico que esperávamos.
Apesar de ter um sinal de completos 720p em ambos os sistemas, o sistema de reprojeção parece acrescentar um blur muito percetível que parece mais ser um problema da 360. Também vemos que os LODs sofrem um pequeno impacto: as transições entre texturas ocorrem mais perto do jogador do que em 2D em alguns instantes, enquanto existem alturas quando isto nunca acontece, e arte de maior qualidade nunca é carregada sequer. O efeito 3D em si funciona muito bem, apesar de não estar à altura dos padrões dos 'verdadeiros' títulos 3D, tais como Killzone 3 ou Resistance 3.
Isto não surpreende tendo em conta que recebemos vistas reprojetadas, ao invés de uma verdadeira e discreta imagem por olho. Para aqueles sem 3DTVs, a TriOviz suporta na mesma os óculos de papel oferecidos com a versão GOTY de Arkham Asylum, mas nunca ficamos particularmente impressionados com esta implementação da tecnologia.
Geralmente, iríamos olhar para a versão PC de Arkham City para oferecer uma análise de triplo formato, mas infelizmente, a versão de computador só sai daqui a um mês. Atualmente, as cut-scenes FMV potencialmente dão-nos uma boa ideia do que pode estar a caminho. Claramente geradas com elementos in-game, vemos que os efeitos shader de maior qualidade são evidentes e os personagens parecer ter maior detalhe geométrico, apoiado pelo uso melhorado dos mapas normais.
A presença de jaggies nestes vídeos sugere que estas capturas são em tempo real, ou da versão PC ou diretamente do editor do UE3 - mas isto é uma pista do que está para vir com a versão PC, deve valer bem a espera, e parece espantoso. A promessa de melhorias PhysX dentro das linhas do que desfrutamos em Arkham Asylum deve também fazer uma significativa diferença para o aspeto geral do jogo.
Claro, atualmente, apenas as versões de consola estão à venda. A boa notícia é que os jogos 360 e PS3 são altamente recomendados, e a diferença gráfica não tem impacto com significado nem no aspeto geral do jogo nem na gameplay. As quedas nos rácios de fotogramas, apesar de mais percetíveis na PS3 não são propriamente importantes e o tearing adicional que vemos na plataforma Sony não afetaram a nossa diversão com o jogo. A Rocksteady fez um trabalho fantástico ao entregar um título multi-plataforma sólido; um que combina visuais impressionantes com gameplay espetacular, uma boa história e mais.
Aclamado por alguns como o Dark Knigh dos videojogos, é algo que apoiámos a 100%: o jogo é simplesmente espantoso. A Rocksteady não repetiu as mesmas ideias e desafios do jogo anterior, mas expandiu-as significativamente enquanto acrescentou cuidadosamente novas funcionalidades que complementam as fundações sólidas já existentes.
Também não tem falta de conteúdo: todas as cópias do jogo trazem um código gratuito que estende a história para incluir segmentos jogados com a Catwoman na campanha principal. Também tens challenge maps com o Robin, outro personagem jogável, e ainda, algumas lojas Inglesas tais como a Tesco oferecem missões Joker exclusivas. Não é amigável para o utilizador, e no futuro esperamos não ter que estender os nossos artigos para incluir frente a frente entre lojas...