Confronto: Saints Row: The Third

Porque o PC oferece a melhor experiência

Felizmente, qualquer um com um PC decente para jogos deve ser capaz de ultrapassar quaisquer limitações das versões de consola. Tirando vantagem de equipamento bem mais poderoso para oferecer rácios de fotogramas mais suaves e melhor qualidade de imagem é algo esperado, mas no caso de Saints Row: The Third jogar no computador resulta numa melhoria gráfica geral bem-vinda, crescendo sobre a base de consola e por sua vez tendo um impacto benéfico em quanto divertido de jogar se torna o jogo. Ficar imerso no mundo que a Volition criou é muito mais fácil quando os problemas técnicos não incomodam a experiência.

Escolhemos as opções DirectX 10/11 antes de escolher a resolução de 720p (igualando as consolas) e mudando então todas as opções gráficas para os seus máximos. Acima, temos o novo vídeo frente a frente entre 360 e PC, e podem ver como a versão PS3 se porta contra o jogo PC numa apresentação em separado.

Correndo na mesma resolução que a das consolas, a versão CP oferece uma experiência visual bem mais limpa e clara. O uso de 8x MSAA consegue suprimir uma grande quantidade de 'jaggies' - mas não todos, pois problemas sub-pixel podem claramente ser vistos - enquanto a artwork parece visivelmente mais detalhada em algumas cenas. Na maioria dos casos o detalhe das texturas parece ter sido desenhado em redor das especificações das consolas: a maior diferença aqui chega com o uso de níveis maiores de filtro anisotrópico, o que dá muito mais claridade à artwork à distância. A este respeito, o nosso vídeo PS3 vs. PC serve para mostrar o quão à frente a versão PC está em termos de qualidade de imagem.

No restante, o nível de detalhe visível em qualquer momento também é perceptivelmente maior, ajudando a criar uma melhor impressão de uma paisagem citadina intricadamente detalhada. O sistema de streaming do jogo é muito menos agressivo, com alternância de mip-map e transições gerais de LOD a ocorrer muito mais cedo, significando uma redução da quantidade de pop-up de objetos enquanto exploras o ambiente. A folhagem é mais detalhada, e existe um pouco mais dela ao longo da cidade.

Também vemos um número de efeitos que foram melhorados. Motion blur apresenta uma implementação com maior precisão que preserva a claridade sem baixar a quantidade de distorção de ecrã presente (talvez um pouco exagerada nas cut-scenes). Blur de objetos também está presente, mas está estranhamente reduzido num par de locais, similarmente em linha com a versão 360.

O uso de SSAO também é muito mais forte - apesar de isto poder ser reduzido se quiseres - o que providencia aos ambientes uma muito maior sensação de profundidade sobre as versões de consola. No entanto, a forma pela qual o efeito se manifesta em redor dos personagens é um pouco desagradável: um largo anel preto surge quando estão próximos do cenário, o que pode ser visto ao longe. No geral preferimos que a SSAO seja muito menos dominante na apresentação geral.

Olhando para as sombras, um filtro de maior qualidade é usado e não vemos as mesmas duras cascatas de transições no mapa de sombras que nas consolas. Isto combinado com as outras melhorias visuais ajuda realmente a criar um aspeto perceptivelmente melhor no geral - mesmo que muita da artwork seja largamente idêntica, tens a sensação que todos os detalhes são completamente realçados.

O facto de ser possível correr o jogo a rácios de fotogramas muito maiores do que nas versões de consola também ajuda: apesar de conseguirmos entre 30 a 60FPS no nosso combo Core i5 e GTX460 combo, com suaves transições entre quedas (tal como Call of Duty nas consolas), achámos que simplesmente ter uns fixos 30FPS providenciou uma bem-vinda diferença do dia para a noite comparado com a experiência desequilibrada que tens nas consolas. Os que procuram uma experiência 60FPS mais consistente precisam de um esquema poderoso, talvez algo como uma GTX570 a correr a 720p.

Numa comparação lado a lado entre a 360 e a PS3, Saints Row: The Third realmente brilha a 720p. mas subir a resolução para 1080p também oferece vantagens tangíveis. Apesar de muitos dos elementos de arte não crescerem com a resolução, a pureza adicional é muito bem-vinda, e combinado com a aumentada distância de visão (comparado com as consolas) e maiores níveis de AF que obténs, é claro que a experiência geral é um salto considerável sobre o que vês nas consolas.

É sem surpresas que descobrimos que a versão PC é facilmente aquela que devem procurar se tem acesso a um PC bem decente. O pop-up vastamente reduzido, a claridade extra, melhor suavização de arestas e rácios de fotogramas superiores faz com que bater nos bandidos do submundo de Steelport seja muito mais agradável. Dito isto, existe muita diversão nas versões de consola, desde que consigam ignorar o rácio de fotogramas imensamente inconsistente em ambos os sistemas, o excessivo tearing na 360 e a queda na qualidade de imagem na PS3.

Quando chega à análise final das versões de consola tudo se resume aos compromissos para decidir sobre qual escolher, mas se tivesse-mos que escolher entre as duas optaríamos pela versão PS3 pela falta de screen tearing, pois isto tem muito mais impacto no teu desfrutar do jogo do que a perda na qualidade de imagem. Alternativamente, se a versão 360 é a tua única opção, não te faças rogado e escolhe-a - o conteúdo é idêntico entre as versões e a maioria da diversão vem da loucura oferecida. Os problemas técnicos - apesar de infelizes - não estragam o jogo.