Confronto: DiRT 3
Quem venceu?
Como um todo, a performance em DiRT 3 é boa em ambos os formatos. Como as nossas descobertas demonstram, a versão Xbox 360 de DiRT 3 é tecnicamente superior entre as duas versões, mas na prática esta diferença diz muito pouco em termos de tangível jogabilidade ao longo do curso de jogo – DiRT 3 é altamente jogável, visualmente espantoso, e altamente recomendável em ambos os formatos.
Se o jogo Xbox 360 e PS3 oferece uma experiência de certa forma equivalente, no PC o céu é o limite. Um modesto PC dual core com uma gráfica de nível de entrada pode igualar a experiência das consolas, se optares pelo nível recomendado pela Codemasters de um CPU Phenom com seis core ou um Intel i7 combinado com uma Radeon HD 6930 ou NVIDIA GTX280 (apesar de uma nova placada DX11 NVIDIA poder ser melhor), a qualidade dos visuais sobe imenso.
Aqui está um rápido vídeo comparativo da versão PC com as definições em ultra-high contra as versões consola – na verdade, vídeos frente a frente directos a 720p não demonstram realmente o quão bom se parece – a riqueza do detalhe apenas ganha vida nas resoluções maiores. Na verdade de muitas formas, este vídeo serve para ilustrar o quão boas as versões de consola são. No entanto, efeitos de maior precisão e iluminação são evidentes, e como em qualquer jogo de corridas, passar para resoluções maiores a 60FPS realmente faz uma grande diferença na forma como o jogo se parece e se joga.
Portanto, nada de grandes diferenças, apesar de poderem ver a maior precisão mais claramente na galeria de comparação entre três versões de DiRT 3. No entanto, se não tens os necessários 651MB de largura de banda, os donos PS3 podem descarregar este vídeo de DiRT 3 PC a 1080p60, desenhado para ser visto na consola Sony mas também compatível com o PC desde que tenhas um descodificados h264 decente. É muito, muito fixe e demonstra lindamente o salto na qualidade visual que a versão PC oferece sobre o jogo nas consolas.
O suporte da Codemasters ao PC é impressionante, o estúdio optou por perseguir tecnologia DirectX 11 durante o desenvolvimento de DiRT 2, como parte o seu plano para transitar para o motor EGO para as próximas consolas de nova geração (a nova Xbox vai certamente ser baseada em princípios de renderização DirectX 11). Actualmente, isto traduz-se num número de efeitos visuais melhorados baseados na tecelagem, multi-threading a comandar a linha de comandos (dando um significante aumento na performance) e também em shaders DirectComputers.
O efeito em DiRT 3 não é exactamente revolucionário, mas serve para dar um nível extra de fidelidade aos visuais. No entanto, ainda existem queixas dos fãs sobre o nível geral de instabilidade na base de código DX11 que causa múltiplos crashes – um problema de DiRT 2 que persiste na sequela.
Apesar da versão PC ser claramente a mais avançada tecnologicamente e visualmente impressionante do jogo, não está fora de críticas: a opção 16x anti-aliasing matou todos os elementos 3D da renderização no nosso sistema de teste GTX580 Core i7 (mesmo com um reiniciar do sistema), sendo preciso ajustar o ficheiro de configuração para o reverter – algo aborrecido, no mínimo. O jogo usa o Games for Windows Live (mesmo se o transferires do Steam, como fizemos), e apesar de não termos particular problema com esta infra-estrutura, muitos têm.
Em termos de outras opções de renderização que podemos esperar de um jogo PC, de momento não existe implementação oficial de 3D estereoscópico no jogo, se bem que podes correr o jogo a 120Hz e a tecnologia multi-ecrã EyeFinity da AMD também é suportada. Apesar de não haver o mesmo salto na qualidade que existe entre 30FPs e 60FPS, é muito suave e definitivamente acrescenta à sensação de realismo se tens o equipamento PC necessário disponível.
Em conclusão, DiRT 3 é um jogo profundamente impressionante, seja qual for a plataforma onde joges. Na posição cimeira do pódio está a versão PC: cresce de acordo com o equipamento que tens disponível e mesmo um computador para jogos razoavelmente velho deve ser capaz de providenciar uma experiência ao nível das consolas. Existe uma regra de retorno diminuitivo em quanto obtens em doçura visual extra do jogo consoante lhe acrescentar mais poder de processamento, mas correr a 1080p60 é simplesmente muito acima do jogo nas consolas.
A diferença entre as versões 360 e PS3 não é tão pronunciada. A plataforma Microsoft tem uma imagem mais apurada e níveis menores de screen-tear, tornando-o num jogo marginalmente melhor, mas como contra, para os puristas das corridas, a PS3 suporta um leque muito mais robusto de volantes.
Acima dos aspectos de comparação entre plataformas, a boa notícia é que o real coração e alma do desporto parcialmente perdido em DiRT 2 foi novamente encontrado. A decisão de misturar eventos de corrida alternativos e desafios spin-off com muito rally tradicional de ponto a ponto foi definitivamente a acertada. Existe algo para todos em DiRT 3: acessível o suficiente para as massas, mas com desafio e profundidade suficientes para apelar aos tradicionais dos jogos de rally.
Muitos agradecimentos a David Bierton pela sua significante contribuição para este artigo.