Análise à demo de Final Fantasy 13-2

Poucos jogos multiplataforma nos tempos recentes desapontaram tanto quanto a versão Xbox 360 de Final Fantasy 13 da Square Enix que desapontou com visuais sub-HD, horrível qualidade vídeo e um nível de performance inconsistente. Esperamos um melhor trabalho da editora e parece que a nova sequela - a poucas semanas do lançamento - está pronta para corrigir muitos destes problemas.

Vimos pela primeira vez Final Fantasy 3-2 na Eurogamer Expo do ano passado. As duas versões do jogo presentes durante o evento pareciam muito, muito, aproximadas, e a chegada das demos PSN/XBL deram-nos a primeira oportunidade para analisar o novo jogo em maior profundidade e para ver se as nossas impressões iniciais se mantêm debaixo de uma análise técnica mais rigorosa.

Existem poucas surpresas na versão PS3 da demo. De uma perspetiva técnica, FF13-2 começa onde o anterior acabou: o jogo corre na mesma com uma resolução nativa de 720p com 2x multi-sampling anti-aliasing (MSAA) aplicado, com uma estética distinta que tem tanto de impressionante em trabalho de efeitos pós-processamento como na inegável qualidade dos elementos nucleares de arte. FF13-2 pode parecer suave em pontos, mas a iluminação, o blending e o blurring criam uma impressionante e agradável experiência que se acompanha de uma panóplia de lindos efeitos de iluminação - uma extensão do estilo que vimos no anterior.

Na verdade, existe uma sensação que de uma perspetiva tecnológica, o motor central não sofreu grandes ajustes na PS3, apenas que o estúdio estava mais confiante sobre como usar as suas capacidades. No entanto, algumas das coisas que gostaríamos de ver corrigidas - tais como o efeito de estilo entrelaçado de 'alpha to coverage' no cabelo dos personagens principais não foi abordado. Claramente a equipa de tecnologia na Square Enix tem mais com que se preocupar, tal como melhorar o pobre port Xbox 360.

"Os jogadores da XBox 360 podem sentir encorajamento no facto de a longa lista de problemas visuais em FF13 parecer ter sido compreensivamente corrigida na sequela."

Baseado no que vimos na demo, os jogadores 360 podem sentir encorajamento no facto de a longa lista de problemas visuais que estavam no anterior parecer agora ter sido compreensivamente corrigida na sequela. A resolução nativa de 1024x576 desapareceu, substituída por nativos 1280x720 2x MSAA, igual ao esquema PS3. Apesar da qualidade do scaling no anterior ser porreira, o efeito do cabelo 'alpha to coverage' parecia estranho, e a mudança para a resolução nativa corrige isso, juntamente com alguns dos problemas com 'jaggies' mais óbvios.

Defeitos gráficos menos sérios que afetaram FF13 na 360 também foram corrigidos. O problema da bias do off-set de sombras - no qual as sombras submergiam nas texturas e ficavam apenas parcialmente visíveis - também foi corrigido, por exemplo. Na verdade, foram uma ligeira diferença na representação de cor, a versão 360 está agora muito aproximada da versão PS3 - algo que podem verificar nesta galeria de comparação Final Fantasy 13-2 PS3/Xbox 360.

Mas e a performance? O défice na resolução na 360 ao menos permitia ao jogo correr mais suavemente no geral nos níveis mais lineares em 'corredor' (apesar de quebrar-se um pouco nos espaços mais abertos), portanto ficamos interessados em ver como o salto na resolução nativa com MSAA - com a inevitável necessidade de emparelhar o framebuffer da eDRAM para a memória principal - iria afetar o rácio de fotogramas. A demo prova ser útil aqui, pois a batalha inicial contra a imponente mão de Atlus providência um excelente teste de stress ao motor.

"A versão Japonesa de FF3 usa 7.75GB de dados no geral na 360, enquanto a versão PS3 usa cerca de 14GB dos 25GB disponíveis num BD de uma camada."

Na demo pelo menos, o caminhar básico e o combate parecem estar muito perto dos 30 fotogramas por segundo fixos em ambas as plataformas mas neste momento de ação - retirado do início da demo - claramente apresenta uma desafio a ambas as consolas. Não é frequente vermos as mesmas cenas a afetar a performance ao mesmo tempo em ambas as máquinas, mas é mesmo o que acontece aqui e são os donos de uma PS3 que claramente beneficiam de uma experiência geral mais suave.

Claro, atualmente apenas temos acesso à demo e se aprendemos algo com a experiências FF13 é que conclusões podem mudar consoante o nível, portanto aguardamos para poder testar as versões finais do jogo. Curiosamente, o jogo final vem num só DVD na 360 ao invés dos 3 necessários para FF13. Disseram-nos que a versão Japonesa (já disponível) usa 7.75GB de dados no geral na 360, enquanto a versão PS3 usa cerca de 14GB dos 25GB disponíveis num BD de uma camada

O que isto nos diz é que FF13-2 recorre menos ao streaming de vídeo do disco, preferindo utilizar o motor para as cinemáticas - esta é uma forma mais eficiente em espaço de fazer as coisas e medir quanto mais confiante a Square Enix se sentir com o seu motor desta vez. Mas a diferença no espaço no disco deve-se apenas ao uso dos filmes? Aparentemente não.

Disseram-nos que a estrutura do disco de ambas as versões é igual, permitindo comparações diretas. Uma pasta para filmes ocupa 1.64GB de dados na PS3 ( comparado com os 32GB de FF13, que conta a sua própria história), enquanto o equivalente 360 tem apenas 188MB, indicando que apesar das sequências vídeo serem escassas no novo jogo, elas vão certamente ter um aspeto muito melhor na consola Sony. No entanto, isto não corresponde à maioria das diferenças no uso de dados, que está centrado nos elementos dos níveis. Áudio descomprimido pode fazer uma diferença - mas vamos reservar o julgamento até termos a oportunidade de testar prolongadamente ambas as versões.

Final Fantasy 13-2 chega à América do Norte a 31 de Janeiro e na Europa a 3 de Fevereiro. Vamos ter um artigo de Confronto completo perto do lançamento.