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Confronto: Assassin's Creed: Revelations

A Constantinopla dá frutos.

Em termos do resto da constituição visual do jogo, vemos muito pouco a diferenciar estes dois lançamentos. No que diz respeito à qualidade da artwork, o filtro de texturas, e implementação de várias técnicas de rendering, os dois jogos são virtualmente idênticos. Existe a ocasional e estranha diferença nas sombras que apenas se parece manifestar ao perto, mas fora isso, a Ubisoft cumpriu um fenomenal trabalho ao criar um jogo tão rico a parecer tão idêntico em ambas as consolas.

A única diferença óbvia que encontramos diz respeito ao nível de nevoeiro gerado - como podem ver, pode variar dramaticamente. Por vezes é mais denso e persistente na PS3, enquanto noutros lados parece manifestar-se mais densamente na 360. Apenas se nota mesmo se tiverem ambas as versões a correr lado a lado e não tem qualquer impacto na experiência de jogo.

Vimos algumas diferenças na forma como são gerados os efeitos atmosféricos em cada uma das versões mas não existem nenhumas diferenças significativas na qualidade geral da imagem.

Apesar de alguns aspetos da experiência gráfica AC terem sido melhorados para lá das expetativas, outros permanecem iguais. Consoante jogas por Revelations, é difícil ignorar os níveis de screen-tear que se manifestam a qualquer momento - é de longe o artefacto mais intrusivo na apresentação visual. Isto não surpreende os fãs da série: o mundo aberto altamente detalhado, longas distâncias de visão e uma quantidade de NPCs no motor Scimitar/Anvil da Ubisoft sempre forçaram ao extremo contra os 33.33ms de tempo de rendering para cada fotograma.

Análise à performance

No entanto, existe uma indiscutível sensação que as novas melhorias visuais em Revelations tem o custo de mais screen-tear e um rácio de fotogramas mais baixo no geral do que vimos em Brotherhood. Decidimos colocá-lo em teste com as nossas habituais técnicas de análise. Para começar, capturamos sequências que usam o motor do jogo para ter uma ideia de como o melhorado motor de Revelations se iria comportar em ambas as plataformas ao gerar cenas quase idênticas.

Após isso os testes iriam passar para a gameplay, onde iríamos pegar em cenas capturadas na mesma área no jogo e comparar. Apesar de estas não serem 100 iguais, vistas como um todo permitem-nos desenhar conclusões gerais sobre como o jogo corre em cada consola.

Análise a cut-scenes que usam o motor sugerem que ambas as versões tem as suas forças e fraquezas, mas que a versão PS3 é mais dada a screen-tear.

Em termos dos básicos, existem algumas surpresas. Desde AC2, ambas as consolas correm os jogos com uma atualização fixa nos 30 fotogramas por segundo. Quando a carga do rendering excede o orçamento de 33.33ms, a v-sync é largada e o framebuffer é atualizado assim que a nova imagem está pronta, durante o tempo de refrescamento - causando então screen-tear. Se o motor de jogo continuar a passar por dificuldades, o tear move-se mais para baixo até um fotograma perdido ser registado, enquanto um tempo de rendering melhorado vai fazer com que o tear suba no ecrã até a v-sync se reativar.

Tal como em Assassin's Creed: Brotherhood, o que vemos nestas cenas idênticas indica que apesar do jogo 360 parecer ser capaz de manter o seu rácio de fotogramas com mais consistência, existem claramente certas cenas onde a PS3 consegue correr com menos screen-tear e um maior nível de performance. Sugere que o motor Scimitar foi otimizado para ambas as consolas, apresentando cenários de rendering que - apesar de na maioria similares - podem favorecer uma plataforma sobre a outra.

No entanto, nos títulos anteriores, recomendámos sempre a versão 360 do jogo com pouca hesitação. Testes a gameplay pura geralmente parece dar uma clara vantagem na performance à consola Microsoft, e podemos dizer que a situação não mudou muito em Revelations.

Análise à gameplay confirma que cada consola tem as suas próprias vantagens, mas a versão 360 tende a manter a consistência ao longo do curso de jogo enquanto a performance PS3 é mais variável.

Novamente vemos que a versão PS3 de Revelations parece ter as suas próprias vantagens na performance em certas cenas, mas em termos gerais, as cenas que forçam o motor no rendering de cidades geralmente aguenta-se melhor na 360. Achámos que quanto entrávamos nos vários distritos de Constantinopola, mais áreas descobríamos que realmente não tinham tão boa performance na PS3, com muitos fotogramas perdidos e screen-tear bem mais visível.

Apesar dos problemas não serem tão pronunciados quanto o padrão de performance PS3 no primeiro Assassin's Creed, o impacto geral é percetível e tem um claro impacto na gameplay. O controlo sempre se sentiu com menor resposta em todos os jogos AC, com óbvio input lag, mas quando a performance baixa com o rácio de fotogramas na casa dos 20, Revelations é muito menor divertido do que deve ser. Algumas áreas estão completamente boas, outras são afetadas significativamente, mas o facto é que a versão 360 sente-se simplesmente mais consistente no geral.