Digital Foundry vs. vídeo HDMI

Os resultados na tabela em baixo são uma vitória para os conceitos do senso comum e simplicidade. O sinal de saída é 100 por cento idêntico, quer estejas a gastar £1.50 ou £100 num cabo. O HDMI garante-te uma imagem pura – o quão boa é a imagem depende da qualidade do teu ecrã, e a tua percepção de como se parece.

O único ponto de interesse que vamos adicionar a isto é que a hash para o ficheiro BMP da imagem original que corremos no visualizador de fotos do XMB foi diferente para a captura. E se capturasse-mos a captura (em essência, criar uma segunda geração de conjuntos da imagem original) a hash mudava novamente. Mas assumir que isto se deve a funcionamentos internos da PS3 – talvez reformatar a imagem a 24-bits para confirmar com o framebuffer XMB, resultando numa pequena diferença visível ao olho humano. Mudar cabos resultava sempre na mesma ajustada hash. Se quiserem ver as nossas imagens capturadas, sintam-se à vontade de as descarregar.

Perante isto, a conclusão é que podes correr qualquer cabo HDMI – não importa o quão barato – e ter resultados idênticos. No entanto, cabo de qualidade muito fraca pode apresentar problemas de imagem em certas circunstâncias, e a sabedoria aceite de que com o digital ou tens uma imagem ou não tens não é exactamente verdade. Um cabo HDMI muito comprido de baixa qualidade pode funcionar bem a 720p por exemplo, mas pode introduzir artefactos digitais a 1080p.

Mas a coisa importante a assinalar é que não existe nenhum paralelo real com o mundo dos cabos analógicos. Cabos banhados a ouro não fizeram realmente muito nos antigos cabos analógicos, e não fazem nada no mundo digital – e todas as outras técnicas de isolamento descritas no HDMI Truth Bomb vão ter importância zero na eficácia da maioria dos cabos HDMI. Cabos analógicos tradicionais podem ser vulneráveis a interferência externa que resulta na degradação de imagem, mas se um sinal digital é interrompido, isto manifesta-se de uma forma completamente diferente.

Aqui está o que aconteceu há um par de anos quando corremos Gran Turismo 5 Prologue a 1080p através de um cabo HDMI de baixa qualidade. Não existe degradação na vasta maioria da imagem, mas onde o sinal foi afectado, os dados corrompidos são bem fáceis de ver.

Voltando à introdução deste artigo, usar cabos HDMI realmente é canja no que diz respeito à decisão de compra. Os bits ou passam pelo cabo inteiros, ou não passam. Se não passam, não vais ver artefactos analógicos como efeito fantasma ou padrões de interferência eléctrica, vais ter corrupção digital que é óbvia de ver: a este respeito, ou funciona ou não. Testes independentes sugerem que praticamente qualquer cabo HDMI funciona bem em comprimentos até quatro metros: mais do que suficiente para praticamente qualquer sistema caseiro ou centro de jogos.

Mas que reais garantias temos de que o que está a sair da entrada HDMI é realmente o sinal digital sem perda de qualidade que esperamos? Há muito que existe debate sobre as nossas imagens de Confrontos que mostra cores mais escuras e ricas nas versões Xbox 360 de muitos jogos. A exuberância das imagens tendem a tornar as imagens PlayStation 3 mais deslavadas em comparação, e ainda existem ocasionais sugestões que estamos a correr os jogos PS3 com modo RGB de alcance limitado (temos tido full-range RGB desde há muito tempo, apesar de a maioria das placas de captura HDMI ainda não funcionarem com ele adequadamente).

A eficácia básica das nossas imagens HDMI PS3 foi estabelecida há muito tempo atrás na nossa análise tecnológica a Uncharted 2 na qual a opção de Exportação de Fotos para o XMB no jogo nos permitiu comparar as imagens, mostrando um resultado igual no equilíbrio de cor. Para assegurar que não era engano, voltamos a correr a experiência com Gran Turismo 5, e novamente, a comparação não mostra nada inconveniente – certamente nada comparado com o que vão ver na próxima página.