Digital Foundry vs. PlayStation Vita
Análise aprofundada da mais recente portátil da Sony.
Qualidade do ecrã
A joia da coroa nas formas de jogar da Vita é sem dúvida o ecrã OLED de cinco polegadas bem ao centro. Completo com a capacidade de multi-touch que deteta os toques mais leves das pontas dos dedos, esta é sem dúvida a resposta da Sony à obsessão da indústria dos videojogos com todo o tipo de dispositivos táteis.
A capacidade de resposta da tecnologia está a par com os melhores smartphones que já experimentei, com o toque de cada dedo a ser reconhecido ao primeiro contacto, e a reconhecer múltiplos toques como deveria. Isto é um bom sinal não apenas para as conversões de jogos iPhone que podem estar a caminho, mas também para os jogos de grandes orçamentos sem prévio investimento na tecnologia - uma porta aberta para várias possibilidade que esperamos que sejam do interesse de companhias que nunca antes a experimentaram.
"Um dos grandes problemas da PSP original é o efeito fantasma do ecrã, reconhecido por um rasto no movimento de objetos de grande contraste, algo que felizmente não é o caso aqui. A resposta dos pixeis no ecrã da Vita é rápido o suficiente em transições de cinzento para cinzento, correndo jogos livres de arrasto.
Em termos de qualidade de imagem, o ecrã tem uma resolução de 960x544 (quatro vezes mais que os pixeis da PSP) e produz uma densidade respeitável de pixeis de 220 pixeis por polegada. É menor que o Retina display de 326ppi do iPhone 4, mas continua a ser muito claro e nítido - especialmente levando em conta que o tamanho do ecrã da Vita implora para que se sentem um pouco mais longe que a maioria das consolas. Inevitavelmente, a clareza é afetada pelo encorajamento do uso dos controlos táteis, visto que o painel frontal e áreas em redor tendem a ficar manchados facilmente. No lado positivo, parece bastante durável, e os arranhões da superfície não se tornaram evidentes durante os nossos testes.
A gama de brilho do ecrã OLED é muito bom para uso em ambientes fechados, com o brilho máximo a estar muito perto da 3DS. Contudo, ambas as portáteis sofrem de pouca visibilidade em ambientes abertos como resultado do seu revestimento de ecrã brilhante - particularmente em cenas escuras dos jogos. Contudo, durante condições de pouca luz, as cores são vivas e claras, com alguns níveis impressionantes de preto a ser o resultado da tecnologia do ecrã; a convencional back-lighting não é necessária porque cada díodo emite luz por conta própria, o que ajuda na duração da bateria.
Um dos grandes problemas com o ecrã da PSP original eram os rastos deixados deixados por objetos em movimentos, que felizmente deixou ser um problema na Vita. A resposta dos pixeis do ecrã é rápida o suficiente entre transições de cinzento para cinzento, estando ao mesmo nível que os melhores LCD twisted nematic (TN) neste aspeto. Outro problema no ecrã original eram os seus ângulos de pouca visão, algo que foi corrigido aqui, com apenas os tons mais fracos de verde a influenciarem a constituição da imagem nos ângulos extremos - uma característica dos ecrãs OLED.
Será então que este ecrã maravilhoso faz tudo de forma perfeita? Não é bem assim - mas tivemos que aprofundar muito para encontrar falhas. Em particular, entre as duas Vitas que estávamos a testar reparamos em algumas diferenças na uniformidade em determinadas condições, com linhas verticais gastas a aparecer em ecrãs cinzentos na definições de brilho mínimo em diferentes lugares. Dito isto, este é o único ponto negativo que encontramos. O ecrã tem tudo o resto a seu favor, e faz justiça a todos os conteúdos que experimentamos, sejam jogos, fotografias ou vídeo.
Desempenho e Bateria
Agora vamos falar do poder. A Vita possui um CPU quad-core ARM A9 ligado a 512MB de RAM, integrando ao mesmo tempo um chipset quad-core Power VR (SGX543MP4+) acompanhado por 128MB de RAM de vídeo - tudo isto num único SoC (system on chip) As especificações da PSP original levantaram algumas sobrancelhas quando foram revelados em 2003, e estas dão a sensação de um grande salto para frente semelhante na área das portáteis.
A grande hesitação é, claro, se a bateria 2210mAh consegue acompanhar com esta carga durante um tempo razoável. O nível de regularidade e conforto que as pessoas vão ter em usar portáteis como esta é ligado ao número de vezes que vão ter de pegar no carregador, então a Sony citou três a cinco horas em luminosidade média, cinco horas de vídeo e nove horas de música. Estas não são más estimativas sob condições de teste cuidadosamente geridos, mas será que isto é realmente uma representação da experiência para o utilizador?
"O tempo de recarregar a bateria é também bastante razoável, levando apenas duas horas e 35 minutos, embora notamos que ao recarregar usando a PS3 ou PC via USB leve um pouco de mais tempo, e a unidade tem que estar desligada."
Ao correr vários testes cronometrados em ambas as Vitas sob condições diferentes deu-nos resultados surpreendentemente consistentes. Em vários diferentes testes, quatro horas e dez minutos é a nossa média para o uso da Vita em jogos com o Wi-Fi e Bluetooth ligados, isto com a brilho e volume a 50 porcento. Este teste de "uso médio" envolve jogar uma sequência de jogos exigentes tecnicamente em incrementos de 30-45 minutos, como Uncharted: Golden Abyss e WipEout 2048, bem como títulos menos exigentes como Top Darts e Escape Plan.
O teste com o pior cenário deu-nos um total de três horas e quarenta minutos de jogo antes da Vita se desligar, com as condições a envolverem jogar os primeiros níveis de Uncharted com todas as ligações wireless ligadas, e com o brilho e volume no máximo. Acreditamos que isto continua a ser impressionante dado os gráficos da máquina, e encaixa bem com as previsões da Sony. A seguir, o teste final envolve espremer o tempo máximo de jogo da consola usando definições conservadoras, o que resultou numas confortáveis quatro horas e cinquenta minutos - sem ligações wireless, e brilho e som nos níveis mais baixos.
Os tempos de recarregar a bateria também são respeitáveis. Ao usar o cabo USB incluído, que liga a tomada de alimentação a uma porta na Vita, um recarregamento leva em média apenas duas horas e trinta e cinco minutos. Claro que isto é devido ao tamanho da bateria, embora reparamos que recarregar com o USB diretamente do PC ou PS3 demora um pouco mais - e isto apenas é possível quando a consola está desligada.
Como é que isto é possível? A transição da drive UMD da PSP, um processo mecânico que consumia um bom bocado da duração da bateria, para os cartões da Vita ajudam imenso. O ecrã OLED energicamente eficiente também faz a sua parte, bem como a remoção dos indicadores LED da PSP para acesso aos memory stick, Wi-Fi, botão "power and hold", tendo sido substituídos por uma única luz atrás do botão PlayStation para notificação de mensagens. Relativamente aos padrões do momento, a duração da bateria da Vita está muito bem gerida.