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Digital Foundry vs. PSJailbreak

Como a segurança da PlayStation 3 ficou comprometida e o que isso significa.

Como um veículo para a pirataria, todas as bases estão asseguradas, mas será isto realmente uma "fuga à prisão" na forma recentemente sancionada pelos tribunais Norte Americanos? A simples existência de um gestor de jogos copiados - supostamente codificado com ferramentas roubadas à Sony - sugeria ao contrário, e se realmente o dispositivo USB é clonado das ferramentas de recuperação da própria dona da plataforma, quaisquer pretensões de legalidade são certamente uma piada.

A presença da opção de instalação PKG sugere mesmo que coisas como emuladores e leitores de media possam ser transferidos e instalados na PS3. No entanto, por enquanto é quase certo que as próprias ferramentas de desenvolvimento da Sony seriam necessárias para fazer qualquer tipo de aplicação útil, acrescentando ainda mais à confusão legal.

Como dito, é um cenário de pesadelo para a Sony - mas podem ter bem a certeza que a resposta vai ser rápida. Podemos esperar completamente uma obrigatória actualização de sistema a emergir dos seus laboratórios de engenharia dias após a companhia dissecar o hack, tornando-o sem dúvidas inútil. Limitação de danos vai ser a chave, e similar à remoção de outros sistemas operativos que o aproveitamento Geohot trouxe, a Sony vai procurar minimizar a quantidade física de consolas disponíveis capazes de correr o hack ao as actualizar sem espaço para disputas.

Assumindo que a teoria do patch à memória é verdadeira, a rapidez da resposta não deve ser um problema para os engenheiros da Sony. Mudar a constituição dos módulos afectados seria brincadeira de criança para a dona da plataforma e seria certamente necessário um muito maior esforço por parte dos hackers para reverter a engenharia do novo código e o voltar a remendar. Adicionalmente, a longo prazo, nada impede a Sony de introduzir novas formas de encriptação e execução na forma como os jogos se iniciam.

No entanto, as propriedades do dispositivo USB em si podem ser bem mais difíceis de se defenderem contra. Assumindo que o dispositivo em si é derivado das próprias ferramentas de serviço da Sony, pode requerer uma completa e nova revisão da motherboard para derrotar com sucesso. O propósito do dispositivo é restaurar firmwarecorrompido - pode ser o caso de que tenha que operar a um nível de equipamento que não pode ser tocado por quem actualiza. Vimos tal antes em kit Sony - a chamada bateria "Pandora" para a PSP que a altera para modo de serviço opera no mesmo princípio, e apenas foi derrotada pela dona da plataforma quando reviu a motherboard da portátil. Nada pôde ser feito para proteger os aparelhos existentes.

A não ser que a Sony seja capaz de reescrever o código mais básico de nível baixo na BIOS da PS3, existe pouco que pode fazer para derrotar o vector USB de ataque - recai tudo sobre o prevenir do código injectado de funcionar. Avançando podemos esperar o surgir do habitual jogo do gato e do rato entre hackers e a dona da consola, e não está fora da realidade de possibilidades que no futuro, a Sony seja capaz de detectar utilizadores do dispositivo e com todo o direito os banir de aceder à PSN, similar ás medidas que a Microsoft continua a levar a cabo anualmente contra jogadores que alteram as suas drives DVD para correr jogos copiados.

A complexidade dos sistemas de segurança da Sony sugerem que vai ser capaz de manter-se um passo à frente, mas não existe nada a impedir as pessoas que usam o hack de prevenir que aconteçam actualizações ao firmware. Na verdade, e dito que o chip em si protege a consola de executar actualizações ao sistema. Isto claro coloca de lado o acesso à PSN, e no decorrer do tempo esta abordagem vai impedir que os mais novos jogos PS3 de correrem pois vão precisar de elementos de software encontrados apenas no mais recente firmware.

Tendo em conta que o PSJailbreak está a ser vendido acima dos 130$, existem a forte possibilidade que isto pode ser o mais curto e mais caro hack alguma vez feito, e tendo em conta a simplicidade do equipamento, o alto preço parece quase relembrar um ataque de quebrar e agarrar em utilizadores que procuram a pirataria independente do custo. Os criadores do PSJailbreak estão a cobrar um preço tão alto porque a janela de oportunidade e exclusividade em termos do hack em si é potencialmente muito pequena.

Dito isto, as exactas propriedades do stick USB e o quanto é resistente ao futuro permanece desconhecido. Com a produção em massa do PSJailbreak a acontecer agora, e com os primeiros aparelhos para venda aparentemente a serem enviados antes do mês terminar, os engenheiros da Sony estão sem dúvida a prepararem-se para a batalhe que aí vem.

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