Diretor na Ubisoft lamenta o ódio de quem deseja mal às companhias
Apela a uma maior positividade dentro da indústria.
A Ubisoft continua a figurar como uma das mais populares e polémicas companhias na indústria dos videojogos. Ainda presa à má fama que ganhou na era na qual tentou unificar os seus designs em praticamente todas as séries, a companhia viu a confiança diluir e nem mesmo projetos diferentes como The Rogue Prince of Persia ou de grande qualidade como Prince of Persia: The Lost Crown parecem ajudar a combater essa perceção.
Atualmente, parece que a Ubisoft simplesmente não consegue ganhar e após Star Wars Outlaws não gerar o impacto positivo que tanto precisava, a controvérsia continua a crescer com Assassin’s Creed: Shadows, adiado de novembro para fevereiro de 2025.
Perante estes tumultuosos momentos que a Ubisoft está a viver, Stevy Chassard, diretor de monetização na Ubisoft, lamentou toda a negatividade e confessou que fica simplesmente surpreendido ao ver que até dentro da própria indústria existem vozes carregadas de negatividade.
“Raramente escrevo nas redes sociais, mas hoje estou triste. Envergonhado e triste,” começou por desabafar na sua página LinkedIn.
“A indústria dos videojogos está num mau momento, todos sabemos disso. Mas ver como ‘jogadores’ reagem nas redes sociais, a desejar o mal às companhias e pessoas, é triste (e não é apenas à Ubisoft). Mesmo que seja sempre uma minoria ruidosa que se expressa nas redes sociais, fiquei magoado, magoado e envergonhado por fazer parte desta comunidade.”
Chassard diz que o mais revoltante é entrar na LinkedIn e ver pessoas dentro da indústria a tecer os mesmos comentários, acreditando que isto é de quem “se expõe como um humano não decente e que afecta milhares de funcionários que já são afectados por todo o ódio apesar de fazerem o seu melhor para entregar experiências incríveis.”
“Como podes desejar que uma companhia falhe simplesmente porque não te interessa ou que o teu produto não te agrada é algo que me ultrapassa,” acrescentou.
Para terminar, deixou um apelo para as pessoas na indústria terminarem com a negatividade, para se apoiarem umas às outras.