Diretora de narrativa na Insomniac quer mais conteúdo LGBTQ nos jogos
Segundo Mary Kenney, é fundamental incluir personagens queer.
A indústria dos videojogos, uma das maiores do entretenimento, enfrenta pressões pela falta de representação LGBTQ. Mary Kenney, diretora de narrativa associada da Insomniac Games, destacou esta questão numa entrevista recente ao Dualshockers, salientando a necessidade urgente de melhorar a inclusão de personagens queer nos videojogos.
Kenney, que trabalhou em títulos de como Marvel's Spider-Man: Miles Morales e The Walking Dead: The Final Season, considera que, embora a inclusão de personagens LGBTQ tenha aumentado, ainda há um longo caminho a percorrer. Apesar do crescimento do número de jogadores que se identificam como LGBTQ, apenas 2% dos jogos nas principais consolas e PCs incluem personagens queer.
Para Kenney, os jogos são um meio importante para a socialização da comunidade LGBTQ, mas também revela uma desilusão: muitos jogadores LGBTQ não sentem que os programadores pensam neles quando criam jogos. Kenney defende a necessidade de acionar todas as alavancas disponíveis - personagens, apoio da comunidade, mecânica de jogo - para melhorar esta situação.
Kenney acredita que, para alcançar uma representação significativa, é fundamental incluir personagens queer de uma forma autêntica e profunda, permitindo que os jogadores LGBTQ se sintam verdadeiramente vistos e representados.
Segundo Kenney, a inclusão de personagens LGBTQ de forma expressiva não só responde a uma necessidade de representação justa, como também faz sentido do ponto de vista financeiro, dado o número crescente de jogadores que se identificam como LGBTQ. A indústria dos videojogos, diz ela, tem de reconhecer e valorizar a importância de criar experiências que digam aos jogadores LGBTQ que eles são importantes e pertencem à indústria.