DiRT 3
Kenny ali do bairro.
Nesta nova geração os amantes da velocidade não se podem queixar da ausência de bons títulos de jogos de corrida. Existem actualmente no mercado excelentes entregas para todos os gostos e modalidades, sendo o mais difícil saber o que escolher. Sou um apaixonado por jogos de corridas automobilísticas, por esse facto estava deveras ansioso no que DiRT 3 traria de novo ao género e principalmente se conseguiria inovar e melhorar o já excelente DiRT 2.
Por outro lado, também tinha uma pulga atrás da orelha, nomeadamente se a Codemasters iria criar um jogo que nos trouxesse uma história para contar ou um piloto para impressionar. Para minha satisfação DiRT 3 resume-se à nossa destreza na condução e por ser apenas isso, já merece uma maior atenção. O jogo não anda com rodeios e assume-se desde logo como um monstro nas corridas, levando-nos para as mais variadas modalidades dentro do género. Existe sempre o receio de que mais é muitas vezes menos, principalmente quando não é bom em nenhuma delas, mas DiRT 3 consegue oferecer o mesmo nível de qualidade nos diversos eventos.
Logo que começamos uma das primeiras provas, no Rally, temos a certeza que a Codemasters conseguiu trazer de volta aquilo que tanto gostávamos na anterior série Colin McRae, a condução pura e dura, sem perdoar um único erro. Ok, temos novamente o flashback, onde nos permite recuar no acidente ou erro, mas por incrível que pareça, a forma que o modo carreira está delineado parece na verdade que estamos a fazer batota. Por outro lado, também permite que não sejamos tão penalizados, sendo um misto de recompensa pelo que fizemos até então, pois não é pelo erro no final da classificação que iremos manchar tudo.
A Codemasters consegue também de certa forma cativar todo o tipo de jogadores de todas as idades. Fornece um leque de veículos que varre cinquenta anos da modalidade. São recuperadas memórias dos grandes ralis dos anos 80 e 90, no meu caso claro. Mas para os mais velhos, ainda vai mais longe, como possibilitando a condução com o Renaul Alpine A110 1600s da série dos anos 60. Temos assim diversos veículos divididos pelas suas modalidades, como o já mencionado Rally, bem como Rally- cross, Trailblazer, Gymkhana, Landrush, bem como nas competições de um contra outro.
Conforme vamos progredindo no modo carreira vamos desbloqueando novos carros, ou melhor novos patrocinadores que darão quer um carro especifico para podermos correr, bem como difere o valor de reputação que ganhamos ao cumprir com os objectivos desse patrocinado. Antes de cada prova podemos alterar as configurações de cada carro, embora nas primeiras temporadas o modo padrão é o necessário para podermos cumprir com as corridas. Para os mais perfeccionistas podemos alterar as mudanças, a suspensão, a altura do carro, bem como o diferencial e a zona de travagem.
O modo carreia leva-nos a percorrer um enorme número de corridas, em quatro temporadas, extremamente diversas quer na modalidades, quer no ambiente ou formato. Esta é sem dúvida uma das excelentes apostas da Codemasters com o novo DiRT 3. Um dos problemas de jogos de Rali, onde temos que ir de A a B é que poderão chatear passado algum tempo. Olhando a este "problema" o modo carreira tem uma progressão multidisciplinar, que fará com que nunca caiámos na monotonia das corridas.
Tanto estamos a fazer um Rali, como a seguir temos uma prova de Rally-cross contra outros corredores de oito voltas, e logo a seguir passamos para os excelente e desafiantes obstáculos da Gymkhana. Existem seis níveis de dificuldade para os nossos adversários, sendo que ainda podemos alterar as ajudas na condução, colocando um maior realismo no jogo. Pessoalmente acho que um meio termo é o excelente, talvez na dificuldade 4, onde continuamos a ter um desafio, mas nunca chega a ser frustrante por perdermos em milésimos de segundo. Mas os níveis mais altos estão lá, por isso os Reis da perfeição estão aí.