Disaster: Day of Crisis
Eles raptaram. ELA!
Por vezes certas decisões de marketing fazem-nos parar e perguntar, “Porquê?”. Quem foi o brilhante publicitário que decidiu fazer aquela horrenda publicidade ao jogo da Playstation Network “Fat Princess”? Como é que ele terá olhado para o conceito e dito “Ena, isto é uma ideia brilhante, uma rapariga pequena dentro daquilo que aparentam ser os restos mortais (e esventrados) de uma pessoa bastante gorda.” Pior ainda, quem foi o tipo que, lá do topo da hierarquia, disse “Ui, vou-te já dar um aumento e espalhar isto pelos sites e revistas do mundo!”.
Apesar de questionáveis, estas opções publicitárias têm sempre um ponto positivo. Fazem as pessoas prestar alguma atenção ao jogo. Seja ele mau ou bom, depois de um anúncio agressivo como o que referi, uma pessoa ganha alguma curiosidade (por vezes mórbida) em saber do que se trata, é como os acidentes na via pública, a generalidade das pessoas abranda para ver.
Já quando a publicidade simplesmente não existe, pode acontecer que um jogo que vai já ser lançado no final deste mês na Europa (24 de Outubro) não tenha recebido a atenção merecida. Afinal, quantos de vocês estão cientes do que trata e de quem esteve por trás de Disaster: Day of Crisis?
Recentemente, um vídeo oficial foi lançado. De realização no mínimo questionável (e de onde saiu o subtítulo desta antevisão), pouco dá a entender sobre o jogo, apenas que há tiros e um tsunami.
Mas voltemos ao ponto de partida. Faz já alguns anos que a Nintendo foi buscar a Monolith Soft, largamente reconhecido como um estúdio de rpgs (Xenosaga, Baten Kaitos, Soma Bringer). Para a Wii, o estúdio produziu um jogo de acção. Depois de vários adiamentos (supostamente o jogo não estava ao nível dos padrões de jogos first-party Nintendo) e até rumores do seu cancelamento aparece no Japão repentinamente, onde já foi lançado (no dia 25 de Setembro).
A premissa inicial sugere-nos que acompanhemos Raymond Bryce (ex-Marine Norte-Americano) numa América do Norte fustigada pelos mais variados desastres naturais. Utilizando uma câmara na terceira pessoa, somos incitados a utilizar os sensores de movimento (em conjunto com os controlos tradicionais) para avançar no jogo. Isto ao longo de todo o tipo de acontecimentos, seja conduzir um carro – colina abaixo enquanto fogem duma torrente de lava – ou ressuscitar um ferido – praticando primeiros socorros através dos sensores de movimento – ou até desactivar uma bomba. Três exemplos de vários.
Claro que nem só de acontecimentos fora do normal vive o título, com sequências de plataformas, exploração ou tiroteios (isso mesmo, num jogo como este os tiroteios são ocorrências perfeitamente normais), que ocorrem sob caminhos pré-definidos e utilizam a função de apontador do Wii Remote. É composto por vinte e três etapas - ou níveis, se preferirem - que podem ser repetidos para melhorar as pontuações nesse segmento.
Não aparenta ser um título que fique registado nos anais da história dos videojogos, mas a forma como não se aparenta levar muito a sério não deverá, de forma alguma, impedir que seja uma experiência bastante divertida.
Cá estaremos no final do mês para descobrir se se trata, ou não, de um desastre literal.