Disney pressionada para apresentar estreias no Disney+
Investidores querem que o serviço seja melhor aproveitado.
Depois de Artemis Fowl e Mulan, Soul da Pixar será a próxima grande estreia que a Disney redirecionou das salas de cinema para o Disney+, o seu serviço de streaming que já está disponível em Portugal e chegará a 19 de Novembro ao Brasil.
Os efeitos da pandemia COVID-19 na indústria do cinema ainda são sentidos todas as semanas e enquanto predomina a incerteza em torno da reabertura das salas de cinema em diversos países, apresentar estreias nos serviços digitais parece ser a melhor alternativa.
Em Setembro, a Disney anunciou o segundo adiamento para o filme Black Widow que estreará em Maio de 2021, um ano depois da data original, mas os seus investidores acreditam que está na hora da companhia ser mais arrojada e aproveitar ao máximo o potencial do Disney+.
"Segundo sei, os executivos da velha guarda não querem arriscar com os principais filmes, é por isso que anunciaram o adiamento de Black Widow e outros filmes para 2021," disse Dan Loeb, investidor da Disney.
"Penso que não estão a dar valor ao tigre que apanharam pela cauda, o que quer dizer o valor que podem alcançar ao transitar para o modelo de subscrição, que tem sido adotado por todos, desde a Microsoft à Amazon. É um crescimento gradual. O que a Netflix tem é um enorme número de subscritores que lhe permite investir numa quantidade enorme de conteúdo e amortizá-lo para obter mais subscritores."
Loeb diz que a Disney precisa de chegar a esse patamar o mais rápido possível e que se não aumentar consideravelmente o número de subscritores, estará sempre em desvantagem para a Netflix.
Adiar filmes como Black Widow e consecutivamente o calendário da Marvel Studios poderá ser uma forma de apoiar as salas de cinema, mas não há como negar que o Disney+ enverga um potencial único enquanto vivemos numa pandemia.