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Divinity II: Ego Draconis

Salvam-se os Dragões.

A exploração é feita tanto à superfície como no subsolo através de passagens subterrâneas, temos também a possibilidade de percorrer o mapa aereamente, transformando-nos num Dragão, sendo esta uma das partes mais interessantes no jogo, apesar de também possuir as suas lacunas. Sempre que estamos numa batalha terrestre, rodeados de inimigos, transformamo-nos num Dragão para escapar, mas não pensem que podemos atacar os inimigos do ar, mal adquirimos a forma de um Dragão estes desaparecem do mapa. Durante o jogo há muito para matar, muitos objectos para vasculhar e muitos items para recolher. Os objectos que vamos coleccionando podem ser vendidos/trocados em determinados locais, que infelizmente não estão assinalados no mapa. Podemos também comprar muitas poções, armas, armaduras e afins, sendo que muitas requerem determinados níveis de uma respectiva classe.

Mas é aqui, na jogabilidade, que Divinity II começa a revelar todas as suas fraquezas, desiludindo por completo, chega mesmo a ser frustrante e decepcionante. A mecânica e controlo do personagem é do pior que já vi, está sempre a ficar bloqueado por objectos presentes no cenário, o que prejudica imenso durante os combates, dá vontade de atirar com o comando para o chão. A movimentação chega a ser ridícula, com saltos completamente descabidos (não perdemos energia mesmo se cairmos de um penhasco de 500 metros) e uma enorme dificuldade na fluidez da deslocação. Várias foram as vezes que morri devido a não conseguir movimentar o herói, devido a pequenos obstáculos quase indetectáveis. Somente após algumas horas de jogo é que nos habituamos a jogabilidade, os golpes começam a ser mais bem disferidos e passamos a conseguir esquivar-nos dos inimigos. Também me deparei com alguns problemas sonoros, principalmente quando desferimos golpes, o som é audível momentos depois da acção ser consumada, como por exemplo quebrar uma caixa de madeira.

Uma das melhores partes do jogo, quando somos um Dragon Knight.

Outro ponto péssimo no jogo, mais na versão Xbox 360, é o seu grafismo. É demasiado mau, com texturas horríveis, fluidez muito fraca, na consola da Microsoft, muitos pop-ups, e um ambiente muito mal conseguido, não cativando em nada para que o jogador se sinta empenhado em prosseguir com a aventura. É um trabalho péssimo neste campo, um argumento como este deveria ser acompanhado por um visual a condizer. Os personagens, estão muito mal caracterizados, safando-se apenas os Dragões. Mesmo a versão PC, que está com uma maior resolução e com texturas algo melhoradas, deixa muito a desejar, mantendo o ambiente pobre da versão Xbox 360.

É necessária muita paciência com este jogo, só mesmo quando temos a possibilidade de nos transformar em Dragões é que as coisas ficam um pouco mais interessantes, mas quem irá chegar a esse ponto? É que passados 10 minutos o jogador fica completamente aterrorizado com tantos problemas, sendo os mais marcantes a péssima jogabilidade e grafismo. Mas olhando para o lado positivo, temos um jogo com uma história interessante, com um herói versátil e muitas horas de jogo.

6 / 10

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