DJ Hero 2
Um afinar de métodos, com estilo.
Depois de um ano com o pescoço torto após horas e horas com o DJ Hero, eis que ainda nem cheguei a recuperar e já tenho novamente que aquecer as mãos e claro o pescoço. DJ Hero conseguiu distinguir-se dentro do universo de jogos musicais pelo seu dinamismo e de certa forma por dar-nos a ideia que estávamos mesmo a ser um DJ, num enorme Set.
Longe de ser o pioneiro dentro dos simuladores de DJ, DJ Hero conseguiu ser um dos melhores novos IPs do ano passado, e perante tamanho sucesso, conseguirá a FreeStyleGames atingir o mesmo nível? Embora as mudanças não pareçam à primeira vista muitas, pois em termos de hardware nada muda, é na profundidade e complexidade das faixas que tudo se altera, principalmente em pequenas subtilezas sonoras e fluidez de tudo o que DJ Hero 2 reina.
Diferente do seu amigo de guitarra, DJ Hero 2 consegue criar uma grande diferença entre as diversas dificuldades. Em Guitar Hero, essas dificuldades em geral são mais notadas em cada faixa, originando um virtual aumento da velocidade, não variando em si na forma de jogar. Já em DJ Hero 2, tudo é diferente, mesmo olhando para o anterior. Jogar nas dificuldades mais altas obriga a um trabalhar de mente, de velocidade de gestos, e principalmente a antecipação sonora, como se a música estivesse a entrar dentro de ti, e em certa altura sabes de antemão que tem que rebentar tudo, sendo isso mesmo que acontece. E tu é que originas isso. Literalmente. Esta é uma das principais alterações sobre o anterior jogo, deixando ao jogador maior margem para criar.
Outra das "novidades" é o aspecto mais limpo e directo de todo o jogo. A FreeStyleGames certamente reconhece que o segundo título iria apelar também aos já habituados ao jogo, e por essa razão tudo é mais directo, não tendo claro os tutoriais e ajudas para quem quiser. Embora o Quick-play esteja logo presente, é o modo campanha, chamado de Empire mode, que merece maior destaque. Aqui podemos escolher o nosso avatar, o nosso símbolo e até configurar o nosso DJ, sendo que mais tarde, com o desbloqueio de conteúdos, podemos elevar a personalização. Não esquecer também a chegada do Party Play vindo directamente do Guitar Hero, permitindo jogar misturas aleatórias, sem precisares de ir para os menus.
No Empire mode iremos percorrer principalmente a Europa, em conquista dos diversos locais, construindo assim um império à nossa volta. De realçar que graficamente o jogo está mais refinado, quer os ambientes, bem como todo o público. Para além disso, a ligação com o que fazemos na mesa é vista de forma imediata em termos de luzes, nosso DJ e até mesmo no público. Não é algo novo, mas que aqui está muito bem recriado. Tocar "Just Dance" da Lady Gaga featuring Colby O'Donis, é simplesmente fantástico, ou até mesmo os imensos scratches em "Not Afraid" de Eminem, neste último havendo enorme margem para podermos criar. No Empire mode temos também as famosas batalhas entre DJs, sempre contra alguém conhecido, como David Guetta e Deadmau5.