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DJ Hero

Heróis da pista de dança.

É quase impossível começar a análise de DJ Hero sem falar da série Guitar Hero. É quase impossível falar de DJ Hero sem pensar antes onde irei guardar a novíssima Turntable. Novos Heroes, novos adereços, é a sina que tomou conta da sala de estar. Será isso mau? Não me parece. Com uma inquestionável qualidade e mérito, a Activision com a série Guitar Hero consegue de uma vês por todas desmistificar a sala de estar e a tornar num palco de milhões de jogadores. É incontornável o seu sucesso, e enquanto passamos os últimos anos de guitarra e bateria, a nossa mente divagava no que de novo poderia vir. Esse pensamento deve ter passado certamente pela Activision, pois a entrada de DJ Hero no mercado não é apenas mais um jogo de música, mas sim o preencher de uma lacuna de mercado, onde os adeptos de música de dança e géneros sempre foram colocados de parte em jogos de karaoke, e nos últimos tempos na guerra dos simuladores de bandas.

Era com expectativa que esperava pelo resultado final do trabalho de casa da FreeStyleGames, a equipa criadora do primeiro DJ Hero. O maior problema que a equipa se deve ter deparado, era como trazer para um videojogo toda a emoção e êxtase de uma mesa de DJ, sem que isso retirasse o divertimento e não fosse demasiado técnico para os aprendizes. Certamente que poucos de nós temos experiência com este tipo de aparelhos reais, pois sempre os achamos demasiado complexos, com imensos botões, pratos, e efeitos. No caso da bateria e guitarra, embora a sua técnica seja realmente difícil, em grosso modo é algo mais palpável e visível como efeito imediato. Será que a FreeStyleGames conseguiu ela própria misturar de forma correcta o mundo do DJ com os videojogos? Completamente.

Porque razão não tive direito a uma destas? A Renegade é fantástica.

Nos jogos musicais, o nosso interesse principal é o divertimento e acima de tudo que consigamos simular o instrumento em causa. Com DJ Hero isso é uma realidade. Os DJs reais de serviço irão certamente vaticinar que não é real, que isto e aquilo. Mas há algo que os ultrapassa, que é a verdadeira razão da existência de um jogo como o DJ Hero. Não é uma tentativa de ser real, ou de substituir os reais, pois esses já existem há muito tempo e não vinham trazer nada de novo. Estamos sim perante um videojogo que na sua própria essência tem o papel de divertir o mais comum dos mortais, e em DJ Hero não só conseguimos fazer isso como ainda divertimos outros. Talvez aqui esteja uma das vantagens do DJ Hero sobre o Guitar Hero como videojogo, é que as pessoas que estejam connosco sem jogar também se divertem e muito. Para comprovarem isso mesmo, podem ver o nosso espaço no programa MP4.

Daft Punk. Sempre estranhos. Mas boa onda.

O hardware em si está muito bem construído, com materiais de qualidade. Os plásticos são de qualidade e é notório um certo peso na mesa, fazendo com que fique presa numa superfície. Podemos dividir em duas partes, sendo a primeira a Turntable e a segunda a mistura de efeitos e faixas. Elas poderão ser removidas fisicamente para uma melhor acomodação. Na Turnbable temos 3 botões, verde, vermelho e azul, sendo que o azul e o verde representam uma faixa de música onde podemos activar ao pressionar e efectuar scratch, bastando pressionar e girar o disco. Depois temos o botão Euphoria que serve para aumentarmos os pontos. Digamos que é uma versão do Star Power do Guitar Hero, onde quanto mais notas seguidas conseguimos executar sem errar, iremos elevar a prestação, e com o Euphoria aumentamos imenso os nossos pontos. Temos depois o botão Crossfader, onde usamos para alterar as faixas. Ou seja, temos três posições, na do meio as duas faixas estão a tocar ao mesmo tempo, a direita fica a faixa do botão azul e esquerda a faixa do botão verde. Por último temos os efeitos que poderão ser activados pelo botão vermelho, ou por fading directo após opção no jogo que o permita.