Dr. Mario Miracle Cure - Análise
Médicos de família.
Tal como outras séries da Nintendo, também Dr. Mario começou na Famicom, como um jogo de puzzles. Nele, o jogador deve eliminar todos os vírus existentes no interior de uma garrafa, através do alinhamento de cápsulas - linhas verticais ou horizontais com a mesma cor - o que provocará um conjunto de reacções em cadeia, erradicando os vírus desta para a melhor. É uma fórmula do tipo Tetris ou Columns, uma vez que o jogador agrega peças numa base, mas com um conceito e execução diferentes. Como jogo de puzzles que por si só conquistou audiências, a adição da personagem Mario como médico acrescentou uma visibilidade maior.
Tanto que até hoje o conceito recebeu sucessivas entradas na série, sendo a mais recente por ocasião do ano do Luigi, designada assim mesmo: Dr. Luigi, a outra profissão desempenhada pelos manos canalizadores. Com um novo modo de jogo, foi mais um exclusivo da Nintendo eShop da Wii U. Dr. Mario Miracle Cure abeira-se da portátil da Nintendo e carrega novos vírus para a eShop da 3DS. Sem introdução ou vídeo de apresentação, assim que acede ao jogo, o jogador é directamente encaminhado para o quadro de opções, onde vemos os dois manos, de bata e estetoscópio ao pescoço, enquanto um vírus parece recostar-se comodamente numa cadeira à frente dos protagonistas.
Na verdade, não faltam modos de jogo e opções para todos os gostos e pessoas, a pensar nos veteranos da série mas também nos principiantes. Uma das lacunas de Dr. Luigi era precisamente a escassez de conteúdos e modos de jogo. Levando isso em conta, a Nintendo incluiu uma panóplia deles. Numa primeira fase temos o laboratório dos milagres ou Miracle Cure Laboratory, que consiste, essencialmente, numa série de níveis de diferente dificuldade nos quais o jogador segue diferentes modelos de jogo (Dr. Mario ou Dr. Luigi - existem cápsulas com a forma L), com níveis de dificuldade e velocidade variáveis. Com uma opção treino, um segmento básico e outro mais avançado, existem ao todo 50 níveis para percorrer.
"não faltam modos de jogo e opções para todos os gostos e pessoas, a pensar nos veteranos da série mas também nos principiantes"
A jogabilidade é a mesma de sempre, sem grandes diferenças, a não ser os "power ups" produzidos com alguma regularidade, úteis para aliviar mais depressa a dor do paciente. O seguinte grande modo de jogo designa-se Custom Clinic e permite diferentes configurações, sem o espartilho dos níveis tradicionais, ou seja, é como um modo infinito. Os vírus são lançados para a garrafa e aqui o objectivo passa resistir o mais que puderem. Na opção clássica regressam os níveis mas com dificuldade crescente. Se optarem por desafiar o computador terão de ser mais lestos na eliminação dos vírus.
Em termos de ligação online, Miracle Cure cumpre bem as expectativas e ainda apresenta as sempre relevantes tabelas de liderança, não faltando ainda opções para partidas em co-op local ou modo versus. As opções de jogo e os diversos modos são na verdade uma mais valia, capaz de fazer durar o jogo por mais algum tempo, especialmente nos jogos online e desafios com os amigos, pondo à prova a veia competitiva. Tirando isso, a menor produção em termos visuais e uma aproximação em termos de música face aos anteriores e um design algo aquém do potencial realizável numa 3DS, pode deixar alguns jogadores reticentes. Mas se apreciam os jogos da série e querem prosseguir em novos desafios online, valerá a pena pesquisarem pelo jogo na eShop da portátil da Nintendo.