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Dragon Age: Origins

O regresso ao passado.

Como é natural, estamos perante um RPG bem exigente, onde a experiência ganha tem que ser bem gerida no momento da escolha das habilidades e talentos, há que balancear bem a nossa party para que seja um verdadeira equipa. Temos, com é obvio, quests principais e outras mais secundárias, existem outras que podem ser adquiridas através de download (conteúdos adicionais). Ao longo da aventura vamos recolhendo todo o tipo de “coisas”, armas, vestimentas, tesouros, créditos e até presentes que podemos oferecer a determinados elementos da nossa party. Os presentes servem para influenciar o nível de aprovação que os membros têm perante o nosso herói, podemos chegar a um ponto em que essa aceitação é tão elevada que o romance e sexo podem surgir, se a aprovação for demasiado baixa, estes podem desertar.

Este mundo recheado de misticismo é imenso, temos um mapa que nos irá guiar ao longo do caminho, servindo também para seleccionar os locais para onde nos queremos deslocar. No percurso somos muitas vezes abordados por inimigos, transportando-nos para batalhas que servem para ganhar mais alguma experiência e recursos.

No campo visual, Dragon Age varia entre interiores algo pobres e exteriores ricos, no que toca à concepção artística, já que em termos de texturas, o jogo é do mais pobre que se tem visto. Em relação aos personagens, monstros e afins, na generalidade estão aceitáveis, pecando muito pelo seu ar robotizado, tanto a nível da movimentação como nos diálogos, parecem máquinas a debitar textos, muito por culpa das horríveis expressões faciais. A sonoridade está a um excelente nível, com uma banda sonora digna de ser ouvida, que acompanha o ritmo da própria acção, momentos épicos requerem músicas a condizer, e o jogo corresponde.

Relacionamentos amorosos estão presentes no jogo.

Por fim chego à parte que mais me custou em Dragon Age, que é a sua avaliação final. É um sentimento algo estranho, já que estava à espera de atribuir uma determinada nota, mas afinal saiu outra. Para ser sincero, fiquei algo desapontado, estava realmente à espera de mais, principalmente por estarmos na presença de uma das melhores produtoras de RPGs, a BioWare. Como já referi diversas vezes durante esta análise, pois creio que seja essa a perfeita definição para Deagon Age, há uma certa falta de alma e inspiração neste projecto, muitos dos seus aspectos parecem algo rebuscados e forçados. A juntar a esta sensação, temos alguns problemas de jogabilidade e grafismo, que criam uma imagem “deslavada” de um título que, segundo a produtora, é uma espécie de sequela de Baldur's Gate.

Mas como não quero ser demasiado depreciativo para este título, as minhas palavras finais serão positivas. Aconselho Dragon Age: Origins a todos os fãs dos jogos da BioWare, e principalmente a quem adora um role-playing game de boa qualidade.

8 / 10

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