Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 2
Análise a Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 2
Ainda quanto ao modo história, Dragon Adventure, seguimos a história por ordem das sagas, tendo os combates derivados dos filmes pelo meio. Começamos com uma personagem, mas ao contrário do que acontecia em Budokai 3, que seguíamos todo anime, combatendo adversário após adversário, saga após saga, com a mesma personagem…, em Tenkaichi 2, vamos alternando de personagem conforme o próximo combate… por exemplo: quem assistiu ao anime…ou continua a assistir pois é eternamente transmitido pela SIC, neste caso a SIC Radical… sabe que o primeiro combate em DBZ dá-se com Satã a encarar Raditz, e que o próximo é Goku contra Raditz, seguindo por último a parceria entre Goku e Satã contra este, no jogo acontece o mesmo, primeiro controlamos o “homenzinho verde”, depois o nosso herói, e finalmente um combate de parceria com os dois. A Spike tomou também a decisão de acrescentar narrativa perante este modo, que nos dá uma outra sensação ao jogar, no entanto é muito superficial. O que salta à vista são os vídeos finais de cada saga que seguem o anime muito coesamente.
As comuns bolas de cristal continuam a aparecer aquando a destruição do cenário ou visitando um local do mapa.
Percorrendo o menu do jogo, além do modo história há também o modo de ranking, agora demonstrado de outra forma, em Ultimate Battle Z temos que subir ao cimo da Torre de Karin combatendo contra vários inimigos, para obter uma posição de honra no quadro geral. Não é tão frustrante quanto o mesmo modo no primeiro jogo. Este renovado modo permite também evoluir o nível dos caracteres. Um outro modo muito usual nos jogos derivados deste anime são os torneios, estando agora divididos por três tipos de torneio, cada um com até quatro níveis de dificuldade, o vencedor leva um valor em dinheiro.
Dueling, onde o nosso adversário é a máquina ou um amigo nosso. Ultimate Training, onde podem aprender as novidades, dos golpes básicos aos mais complicados de efectuar. Evolution Z, é a zona onde podemos fazer as normais fusões entre itens que nos dão novos e mais poderosos itens ou novos lutadores. Item Shop, penso que não é preciso referir do que se trata assim como o menu das opções. Duas novidades são a Dragon Library e Dragon Text, no primeiro temos as ilustrações e pequenos textos sobre cada personagem constante no jogo. No segundo temos uma secção que nos conta um resumo de cada saga, selecção da banda sonora do jogo entre outros. O Data Center volta também agora mais completo, podendo nós “construir” uma personagem de raiz.
Entre estes modos de jogo todos, existe a quantidade de personagens disponíveis, que são cerca de 120 somando transformações e fatos alternativos, uma quantidade exagerada que deve agradar aos fãs da série. Agora já há algumas formas base de certos lutadores que não estiveram presentes no último jogo. Os ataques são mais e variados e raramente temos ataques iguais entre personagens. Uma grande inovação da parte da Spike que viu estes serem criticados devido aos guerreiros terem os mesmos ataques praticamente em todas as suas formas apenas variando a cor.
Relativamente aos cenários, existem os já muito conhecidos, desde o Planeta Namek ao Cell Games Arena, passando pelo cenário do torneios…mas integrou-se também a Kame House (Ilha da Tartaruga Genial), Glacier (Uma zona glaciar), e o Planeta Tsulfur. As zonas de combate estão renovadas e são mais amplas, cheias de objectos que não hesitam em ruir ao lançarmos umas bolinhas de fogo, ou arremessar o adversário contra estas. Existem agora também como existe em Budokai 3 a possibilidade de aquando um “finisher” poder ver uma animação do planeta Namek ou Terra serem destruídos, passando para o estado em ruínas dos mesmos. Continuam a existir os combates submersos.
Os gráficos continuam a utilizar a tecnologia cel-shading no seu expoente máximo, o que torna, cenários, personagens e animações muito próximas da realidade do anime. No entanto há ainda algumas arestas a limar como quando um personagem de proporções gigantes enfrenta um mais pequeno como Gohan em criança.
A banda sonora é o que torna este jogo degradante, pois a versão japonesa apresenta os temas japoneses, os que estão contidos no anime, enquanto que na versão europeia e americana somos confrontados com músicas tecno-rock, o que não abona a seu favor visto que, já que a Spike nos dá a opção de escolher o idioma das vozes das personagens entre o japonês original e o inglês, a editora poderia muito bem conseguir que os temas nipónicos fizessem parte do jogo, sendo esta umas das críticas apontada ao primeiro e também agora ao segundo. As vozes são dos actores que dão a voz às personagens, isto trás alguma autenticidade ao videojogo também.
Resumindo Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 2 é o jogo que os apreciadores da série queriam, montes de personagens, novas animações, sistema de golpes melhorado, mais ataques, e uma fonte inesgotável de vício. É claro que este jogo ainda pode melhorar em muitos aspectos ou até adicionar mais personagens… mas no entanto ao utilizar conteúdos parecidos aos de Budokai 3, torna-se o melhor do género, devido ao seu novo modo de história e à qualidade do jogo no que toca a liberdade de movimentos e conteúdo a desbloquear.