Dynasty Warriors: Strikeforce
Uma força de combate.
Poucos devem ser aqueles que actualmente não conhecem o nome Dynasty Warriors. Outrora o símbolo de uma revolução e poderio tecnológico permitido pelas consolas de 128 bits, caiu na estagnação e lá parece ter ficado há já quase 9 anos. Originalmente um jogo de luta tradicional de um contra um em 3D lançado para a PSOne, a Koei decidiu fazer algo que ainda ninguém tinha feito, colocar um único lutador, um guerreiro, contra gigantescos exércitos e assim nasceu Shin Sangoku Musou (conhecido no Ocidente como Dynasty Warriors 2). Com um objectivo principal e vários secundários para permitir a progressão, o jogador desbravava caminho através do constante martelar dos mesmos botões pois se quisermos encadear 700 ou mais inimigos derrotados não podemos ter dedo fraco. O jogo facilmente conquistou sucesso e assim se manteve até hoje no Japão enquanto que no Ocidente o elevado valor de repetição e a ausência de evolução fizeram com que se tornasse num jogo para um grupo específico de jogadores.
Quase 9 anos depois e a Koei ainda não aplicou qualquer mudança significativa à fórmula, à excepção de pequenos ajustes que somente os que não perdem qualquer jogo do género vão notar. Para os que estão de fora do franchise deve ser bastante difícil discernir quando existem melhorias pois parece que estamos a ver o mesmo jogo de há 8 anos atrás e mesmo tecnicamente a evolução não tem sido a que se poderia esperar, mesmo nas consolas da actual geração. Como quase tudo nesta indústria, fórmula de sucesso é sinal de exploração até à exaustão e as constantes sequelas sem visíveis melhorias ajudaram a reforçar a ideia de que o franchise parecia ter ficado parado no tempo.
Como tal, surge quase como que uma surpresa que as maiores e mais significativas melhorias à série cheguem com este Dynasty Warriors: Strikeforce que vai chegar à PSP no mês de Maio. Strikeforce é baseado em Dynasty Warriors 6 mas oferece diversas novidades que prometem deixar os entusiastas dos guerreiros da dinastia aos pulos. Para dar a testar as novidades e para dar a conhecer as melhorias, a Koei disponibilizou uma demonstração jogável na Playstation Store Americana que nos permitiu passar algum tempo com o jogo que oferece as maiores novidades alguma vez vistas numa sequela da série.
Após o fenómeno Monster Hunter que assumiu proporções completamente incríveis no Japão, é apenas normal que outras companhias tentem de alguma forma procurar beneficiar desse sucesso. Com esse pensamento em mente não será de estranhar para alguns que Strikeforce tenha alguns elementos que facilmente lembram o franchise da Capcom até porque aliar o nome Dynasty Warriors ao esquema Monster Hunter é uma proposta mais do que aliciante. Tal sensação é fruto de um conjunto de factores que vão ser abordados em seguida.
Pela primeira vez num jogo da série podemos juntar-nos a outras três pessoas e jogar em modo cooperativo e quer pelo esquema dos níveis quer pelos desafios propostos, esta parece ser a melhor, e pretendida, forma de jogar Strikeforce. O trabalho de equipa parece ser o ideal pois facilita a progressão e caso tenham as menores que sejam intenções de derrotar algum dos gigantescos monstros que surgem agora pela primeira vez na série, o apoio de outros jogadores é necessário. Strikeforce pode na mesma ser divertido na primeira pessoa, até porque o maior ênfase dado ao melhoramento da personagem promete dar muito para fazer mas a possibilidade de cooperar é uma das maiores novidades de sempre no franchise e uma cuja importância a Koei fez questão de reforçar.
Outra das novidades que podem facilitar a vida a solo é a nova transformação de fúria. Quando o nosso personagem fica furioso o suficiente, que é como quem diz quando apanhou já bastante, transforma-se numa versão melhorada de si mesmo. Imaginem o super guerreiro de Dragon Ball Z pois é praticamente o mesmo. Não existem relatos da sua existência na China antiga mas eles marcam presença em Strikeforce. Quando transformados os personagens ficam mais rápidos, mais fortes e mais resistentes o que aliado à dificuldade de alguns confrontos no jogo prometem obrigar a uma gestão deste poder, vão querer tê-lo à disposição nos momentos mais importantes e não esbanjar. Como estes lutadores tem poderes especiais, eles também podem fazer coisas especiais como lutar no ar. Nesta demo tal não pode ser testado se bem que podemos manter o personagem por muito mais tempo no ar e executar combos.
Mesmo com todas estas novidades, bem vindas por sinal, o esquema mantém-se fiel a si mesmo se bem que a ter em conta a demo, não tão repetitivo. O número de inimigos é menor e agora temos maior destaque nos desafios necessários ultrapassar para progredir, mas são pequenas alterações ao esquema conhecido. O martelar dos botões não podia deixar de ser necessário mas as lutas contra as enormes criaturas prometem pedir táctica ao jogador. Podemos encadear várias combinações de golpes e o esquema foi bem portado para a PSP. Podemos aceder a um menu sem que a acção pare para definir determinados aspectos do personagem e usar itens, temos um mapa sempre visível que nos ajuda no caminho a seguir e temos a possibilidade de trocar facilmente de arma. Também temos uma aldeia onde podemos passear livremente para comprar itens e onde aceitamos as missões.
Dynasty Warriors: Strikeforce promete uma experiência como nenhuma outra dentro da série e se são fãs do franchise o mais certo e que já estejam ansiosos por o jogar. Para os novatos a Koei implementa algumas novidades que o podem tornar apelativo, especialmente a vertente cooperativa que deverá assegurar longas partidas com os amigos. A primeira evolução significativa da série em 8 anos e uma que promete definitivamente marcar o futuro da mesma.
Dynasty Warriors: Strikeforce chega em exclusivo à Playstation Portátil a 1 de Maio.