E se o próximo Assassin's Creed fosse em Portugal?
Uma sugestão para a Ubisoft.
Portugal pode ser um país pequenino e podemos, por vezes, passar um pouco despercebidos no panorama mundial - todavia, não foi sempre assim.
Há 500 anos atrás, Portugal era uma das grandes potências mundiais e uma força a ser reconhecida. Fomos, a determinada altura da história da humanidade, o país mais poderoso do mundo. E isto leva-me a pensar: e se um Assassin's Creed fosse feito em Portugal?
Vou ser brutalmente sincero: quando joguei Assassin's Creed IV: Black Flag, fiquei simplesmente derretido com a secção em que tens de passar anonimamente por uns navios portugueses. O meu coração encheu-se de orgulho quando ouvi as dobragens portuguesas a clamarem por D.João V e, por momentos, desejei que essa parte específica do jogo nunca terminasse.
Já em Rogue, dás um pequeno saltinho a Lisboa num dos momentos mais catastróficos da História portuguesa - o terramoto de 1755 - e, apesar da secção repleta de acção, ficou a saber a pouco. E isto mostra o potencial de Portugal numa possível sequela de Assassin's Creed, já que possuímos mais de 1000 anos de história por onde escolher.
Em Skull and Bones, uma nova propriedade intelectual da Ubisoft, fortemente inspirada em Assassin's Creed, no gameplay naval, os marinheiros Portugueses terão um grande papel, o que mostra bem que a Ubisoft entende o papel dos Portugueses na história.
Aliás, Portugal foi sempre marcando presença numa grande parte dos jogos da saga, remontando já aos tempos do Ezio, se bem que sempre em segundo plano - por isso mesmo, não seria totalmente descabido um título futuro situado em terras Lusitanas. Mas que épocas históricas poderia a Ubisoft usar?
Bem, os jogos Assassin's Creed situam-se, por norma, em ambientes históricos com tensão política que permitam uma narrativa mais dramática e grandiosa - por isso, a opção lógica seria os Descobrimentos portugueses. AC tem apostado em grande na componente naval desde que lançaram Assassin's Creed III, e quem melhor do que os inventores da náutica actual como personagens centrais de um novo jogo?
Para além disso, imaginem a quantidade de diferentes locais que podiam ser visitados - um gigantesco Brasil, com cidades como o Rio de Janeiro, seria uma óptima adição ao catálogo da franquia. Poderíamos mesmo integrar um grupo de bandeirantes e explorar a América do Sul, em busca de riquezas. A Índia - que foi palco de um jogo da saga em Assassin's Creed Chronicles - merecia também uma entrada mais realizada, com mundos mais completos e complexos. E não nos podemos esquecer de uma série de países espalhados por todo o continente africano que davam à Ubisoft muito pano para mangas!
Outro período particularmente interessante prende-se, lá está, com o terramoto português - um dos acontecimentos portugueses mais badalados de todos os tempos. Este evento já está presente em Assassins Creed Rogue, mas seria extremamente curioso descobrir as consequências sociais e políticas do mesmo, deambulando por uma Lisboa totalmente destruída. Para além disso, poderia ser introduzido o Marquês do Pombal, uma das personagens mais carismáticas da história portuguesa. Seria espectacular poder assassiná-lo com as Dual Blades, saltando do Mosteiro dos Jerónimos!
Claro que podemos ir para as raízes da história portuguesa e, mesmo aqui, parece existir narrativa suficiente para um jogo inteiro. É que, para além da génese de Portugal - que, já por si, é gloriosa - tens ainda os constantes confrontos e batalhas contra os Muçulmanos. Já imaginaste aliares-te a D.Afonso Henriques num confronto épico contra a sua mãe? Quem sabe, jogar como o próprio? E, muito sinceramente, era genial inserirem a padeira de Aljubarrota como um DLC, dando-lhe uma posição de destaque num jogo Assassin's Creed - acho, aliás, que nenhum jogo da saga tem uma pá de padeira como arma jogável...
Existirão, certamente, outros momentos interessantes que poderiam resultar como palco de um jogo Assassin's Creed mas, na minha opinião, aqueles que enumerei anteriormente são os que funcionariam melhor. Como achas que seria um jogo Assassin's Creed caso a Ubisoft decidisse fazê-lo baseando-se na história de Portugal?
Que locais gostavas de ver, que personagens gostavas de assassinar e com quem gostavas de jogar? Os fãs têm, há já vários anos, implorado à Ubisoft por um Assassin's Creed no Japão feudal e sim, trata-se de uma época histórica extremamente interessante e com um potencial gigante para a franquia histórica. Mas por que não Portugal?