EA acusada de viciar jogadores para gerar incríveis receitas
Madden e FIFA incentivam acção legal.
A Electronic Arts está novamente debaixo de fogo devido aos populares modos Ultimate Team que insere nos seus videojogos de desporto e que incentivam milhões de jogadores a investir dinheiro extra em carteirinhas virtuais de jogadores.
No início de 2020, o governo espanhol avançou o interesse em regular as infames caixas de loot nos videojogos, à semelhança de países como Bélgica e Holanda, para impedir que os menores corram o risco de ludopatia. Meses mais tarde, foi a vez dos governantes no Reino Unido começarem a procurar provas para definir como jogo de sorte o que os responsáveis pela Electronic Arts chamaram de "mecânicas surpresa".
Agora, o VGC avança que a EA foi alvo de um processo legal no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, por parte de queixosos que acusam a companhia de desenvolver mecânicas que deixam os jogadores viciados com a finalidade de investirem o seu dinheiro nos jogos e gerar enormes receitas para a editora.
Kevin Ramirez, que representa um grupo com mais de 100 indivíduos, acusa a Electronic Arts de quebrar as leis de jogo do estado da Califórnia nos modos Ultimate Team dos jogos nas séries Madden e FIFA. O seu objectivo é receber $5 milhões pois afirma que a EA recorre a comportamentos que deixam os jogadores viciados e desta forma gera receitas colossais.
Ramirez diz que ficou viciado nos pacotes de Ultimate Team e que já gastou mais de $600 em FIFA e Madden ao longo dos últimos 9 anos, afirmando ainda que os pacotes são caixas de loot e uma forma de jogo de sorte.
Os queixosos dizem que gastam dinheiro real em pacotes aleatórios e isto significa que na verdade estão a efectuar uma aposta sem qualquer garantia que terão um item digital que realmente querem.
A queixa tentará provar que os pacotes Ultimate Team se enquadram na definição de meios ilegais de jogo e que são acedidos através de um dispositivo que não está registado legalmente para esse propósito.