EA criou inteligência artificial que aprendeu a jogar Battlefield 1
A Skynet está a chegar.
Uma das coisas que pode arruinar por completo a imersão nos videojogos é uma inteligência artificial que tem comportamentos estúpidos e irrealistas. É por isso que a a SEED, uma equipa da Electronic Arts que explora as tecnologias emergentes, criou uma inteligência artificial que aprendeu, sozinha, a jogar Battlefield.
Este tem sido o projecto de Magnus Nordin, director técnico na SEED, desde 2015, quando descobriu que a companhia criou uma inteligência artificial capaz de aprender a jogar antigos jogos da Atari. Desde então que Nordin se tem dedicado a replicar a situação, só que com um jogo mais complexo como Battlefield.
A inteligência artificial ainda não conseguiu vencer jogadores humanos, no entanto, Nordin sublinha que, embora os humanos tenham registado um desempenho melhor, não foi um confronto completamente desequilibrado.
Uma das limitações da inteligência artificial é que não consegue fazer planos, e como tal, pode ficar a correr em círculos se não detectar nenhum objectivo. "Uma melhor estratégia seria procurar por oponentes no mapa ou algum sítio para se esconder, mas os agentes ainda não estão prontos para isso. Estou confiante que no futuro vão fazer coisas menos parvas, à medida que ficarem mais aptos," explicou.
O processo de aprendizagem da inteligência artificial começa com a observação de jogadores reais. A IA observa os jogadores durante cerca de 30 minutos e depois começa a treinar sozinha. O director afirma que a IA está sempre a aprender, mas é um processo lento.
Por enquanto, esta inteligência artificial não será implementada nos jogos e serve sobretudo para encontrar erros nos jogos, ajudando a equipa que trata do controlo de qualidade. Todavia, é possível que no futuro a IA seja usada para controlar NPCs cujo comportamento evoluirá com o passar do tempo.