echochrome ii
O mestre das cabeças.
As 3 formas jogar conferem certamente alguma diversidade ao jogo, e para os fãs mais acérrimos será um desafio terminar o jogo das 3 formas. No entanto o pormenor mais fascinante que encontrei nesta sequela foi a possibilidade de, em certos puzzles, movimentar a luz de forma a que a sombra projectada tenha uma figura, que poderá ir desde um barco, uma cobra ou a um coelho, entre outras. É particularmente interessante pois vão acabar por descobrir estas formas quando menos esperam e é impossível não ficar com o sorriso na cara.
Mas onde esta sequela pode ganhar para muitos é na sua apresentação. Se o primeiro era até demasiado simplista nesse aspecto – algo que muitos poderão ter rejeitado, enquanto outros encararam como uma forma de arte – este segundo é um jogo mais polido no que toca a menus e acessibilidade. Por outro lado os níveis são também mais vivazes, com recurso a blocos coloridos. Mas isto é algo que cabe a cada um apreciar da forma que melhor entender. Para mim a simplicidade do primeiro nunca foi defeito, mas sim feitio.
É, no entanto de, de salientar que se tornou um jogo mais acessível. Continua a existir a possibilidade de criar e partilhar níveis, agora também com um aspecto renovado. Existem diversas formas de pesquisar pelos níveis que pretendem, consoante uma série de filtros como: dificuldade, surpreendente ou genialidade. Os tempos para completar os níveis são também organizados de uma forma mais inteligente numa leaderboard mundial, e é possível avaliar níveis de acordo com uma série de etiquetas predefinidas. O criador de níveis é agora mais complexo, se bem que também mais complicado de utilizar. Felizmente existem tutoriais para principiantes e para jogadores que aspiram a novos voos no mundo do echchrome.
O que não consigo perceber nesta sequela é exclusividade em relação ao controlador move. Tudo bem que torna a jogabilidade mais intuitiva e assenta bem na premissa de jogo – é que o próprio move parece uma lanterna. No entanto poderia facilmente existir a possibilidade de jogar com um controlador normal, já que não vejo qualquer impossibilidade em utilizar os dois joysticks para controlar a acção. Sinceramente acho que algo do género tinha dado até mais jeito no primeiro devido à multiplicidade de ângulos a controlar.
Echochrome ii conta com uma quantidade impressionante de níveis, nos quais a dificuldade e consequente complexidade é exponencial. Continua a ser um jogo com muita classe, não só pelo estilo mas também pela trilha sonora. No entanto não lhe consigo encontrar a mesma genialidade que na obra-prima. É na mesma complexo, irritante e ao mesmo tempo divertido, e continua a oferecer uma boa dose de satisfação, mas é menos exímio que o primeiro. A forma como as ilusões se dão e mesmo a forma como o jogador as manipula tem menos impacto nesta sequela. É decididamente mais completo, mas também menos impressionante.