Editoras podem ter que pagar à Sony pelo crossplay
De acordo com documentos revelados em tribunal.
O caso da Epic Games vs Apple nos tribunais continuam a revelar novas informações sobre assuntos paralelos, nomeadamente o que realmente aconteceu nos bastidores em 2018 quando a Sony estava contra a activação do crossplay na PS4.
Os documentos revelados em tribunal (via The Verge) mostram que a Epic Games tentou convencer a Sony a activar o crossplay em Fortnite em 2018, prometendo diversas coisas como um anúncio em conjunto para que a Sony parecesse o herói, um possível jogo para o PlayStation VR, presença da Epic na E3 com branding da PlayStation, entre outras coisas.
Apesar do adocicado acordo prometido pela Epic Games, a Sony não concordou, pelo menos inicialmente. O crossplay na PS4 só viria a ser anunciado em 2019 - já depois de estar activo nas consolas da Nintendo e Microsoft - quando a Sony encontrou uma forma de tornar lucrativa esta funcionalidade: em certas condições as editoras podem ter que lhe pagar.
A política "Cross-Platform Revenue Share" da Sony indica que o parceiro tem de pagar uma compensação se o lucro dividido pela quantidade de gameplay na PS4 for inferior a 0.85. O exemplo na tabela da Sony mostra isto bem, com um caso em que a PS4 tem 95% do gameplay, mas apenas 60% da partilha dos lucros. Neste caso a editora tem que pagar uma compensação.
Tim Sweeney, o CEO da Epic Games, confirmou em tribunal que é assim que o sistema funciona, comentando que "em certas circunstâncias, a Epic terá que pagar lucros adicionais à Sony". Isto acontece se "alguém estiver a jogar primariamente na PlayStation, mas a pagar no iPhone, isto pode desencadear um compensação".