Já há quem considere um novo aumento dos preços dos jogos!

O diretor executivo da Embracer, Lars Wingefors, abordou a realidade exigente do mercado de jogos AAA e a possibilidade de aumentos de preços para combater o aumento dos custos de desenvolvimento. As declarações foram feitas ao Gamesindustry.

Os recentes resultados financeiros da Embracer revelaram um contraste importante entre dois dos maiores lançamentos do último ano fiscal da empresa. Por um lado, Dead Island 2 da Deep Silver alcançou três milhões de vendas e sete milhões de jogadores desde o seu lançamento em abril de 2023. Por outro lado, Alone in the Dark da THQ Nordic ficou aquém das expectativas da administração após o seu lançamento em março.

Wingefors referiu que o mercado é difícil para os jogos que não conseguem destacar-se e captar a atenção dos consumidores. Apesar das diferenças, ambos os jogos têm semelhanças, como o facto de serem IPs estabelecidos, pertencerem ao género de terror e terem orçamentos consideráveis. No entanto, Wingefors afirma que, independentemente do produto, se não for o melhor no seu género ou se não oferecer algo único, é um grande desafio.

A questão dos preços dos jogos também foi abordada por Wingefors, que sugeriu que, embora os aumentos de preços sejam uma possibilidade, ainda não foram totalmente explorados. Referiu que se fosse lançado um RPG de grande escala, com 100 a 150 horas de jogo e uma experiência refinada, os consumidores poderiam estar dispostos a pagar mais.

A realidade do mercado é reforçada por um relatório recente da Newzoo, que revelou que mais de 60% do tempo de jogo em 2023 foi gasto em títulos com mais de seis anos. Isto deixa a maioria dos novos jogos a competir por apenas 8% do tempo de jogo dos consumidores.

Dead Island 2 foi considerado um sucesso, sendo o jogo AAA mais vendido da história do Embracer Group nos primeiros nove meses. Wingefors está confiante de que a empresa tem outros títulos em desenvolvimento que podem superar este desempenho no futuro.