Entrevista a Nick Wlodicka - FIFA 14 Ultimate Team
Conversámos com o produtor sobre algumas das novas funções do modo Ultimate Team e o impacto da experiência.
A Electronic Arts levou-nos a Madrid para podermos ver em primeira mão a mais recente edição do Ultimate Team de FIFA, neste caso para a versão FIFA 14, que será lançada no final do ano para as diversas consolas e PC.
Além disso, tivemos a oportunidade para conversar com Nick Wlodyka, produtor e responsável máximo do FIFA Ultimate Team.
Eurogamer: Pode apresentar-se aos leitores do Eurogamer Portugal?
Nick Wlodyka: Olá, chamo-me Nick Wlodyka e sou produtor do FIFA Ultimate Team. Estou aqui em Madrid para falar nas funções deste modo de jogo para o FIFA 14.
Eurogamer: Este é um modo de jogo muito bem visto pelos fãs. Pela apresentação que decorreu há momentos, vimos que a EA tem-se empenhado bastante para o tornar ainda mais apetecível. O que iremos ter de novo no FUT para FIFA 14?
Nick Wlodyka: Hoje falámos de algumas das novas funções para FIFA 14. Uma das que estamos particularmente entusiasmados é a adição dos estilos de química. Através desta adição conseguimos aprofundar ainda mais a experiência em termos de estratégia. Já não se trata só de alcançar uma grande equipa e um grande nível de química. Esta função permite um novo grau de personalização em torno dos teus jogadores, em ligação com a estratégia da equipa. Indo ao concreto, dentro de cada pacote de estilo de química existem particulares atributos, o que te leva a decidir como queres melhorar os jogadores, individualmente. Portanto, dependendo da forma como jogas, podes encontrar diferentes estilos de química. Por exemplo, eu jogo em 4-3-3 e tenho um ponta de lança que quero que seja forte, que segure melhor a bola quando recebe os cruzamentos, ou seja, que pratique um particular estilo de jogo. Então, posso aplicar um estilo de química no qual, quando tiver uma grande química de equipa, melhore a sua força nesses particulares atributos.
Eurogamer: Essa melhoria será sentida imediatamente ou levará algum tempo até que os jogadores respondam à solicitação dos atributos?
"O estilo de química e a melhoria num particular atributo terão reflexo imediato. O primeiro ponto é assegurar que a tua equipa tem uma grande química, isso é sempre o mais importante e a fundação para o resto."
Nick Wlodyka: O estilo de química e a melhoria num particular atributo terão reflexo imediato. O primeiro ponto é assegurar que a tua equipa tem uma grande química, isso é sempre o mais importante e a fundação para o resto. Depois, entramos numa segunda fase onde personalizamos o estilo de cada jogador. O que é interessante nisto é que podes utilizar certos estilos de química para atacar as fragilidades que eventualmente pode ter a tua equipa. Supõe que estás a sentir dificuldades nos adversários que usam os corredores e que queres reforçar o teu meio campo, ou talvez queiras os defesas mais atentos às laterais, então começas a criar novas possibilidades, novas explorações que te levam a definir o estilo de química que pretendes para cada jogador. Às vezes tens um jogador favorito que queres ter na tua equipa, mas não tem um particular atributo. Eu posso desenvolver um estilo de química para que ele seja melhor numa posição onde o queremos a atuar.
Eurogamer: Isso vai permitir uma adaptação mais rápida à equipa, de jogadores porventura menos cotados, mas com grande margem de progressão?
Nick Wlodicka: Bom, o modo de funcionamento dos estilos de química é o seguinte. Quando tiras um jogador de um pack, ele não tem estilo de química. Os estilos de química vêm em packs ou podem ser obtidos no mercado de transferências. Assim que anexares um estilo de química a um jogador, ele permanece enquanto quiseres. Mas se decidires mudar a estratégia e a forma de jogar da tua equipa, onde queres que um jogador passe a desempenhar determinadas tarefas, talvez um melhor dribble, então podes anexar um novo estilo de química a esse jogador.
Eurogamer: As partidas individuais, como nos explicou há pouco durante a apresentação, foram uma solicitação da comunidade?
Nick Wlodyka: Sim. A comunidade é uma força central para a experiência FIFA Ultimate Team. Uma das coisas que a comunidade nos solicitou no ano passado foram os jogos individuais online. A razão para esse pedido é que eles queriam algo que não fazia parte da competição. Eles queriam essencialmente ter uma possibilidade para testar uma nova formação, mas também a possibilidade de tirar fotografias enquanto jogam. Esse foi um grande pedido da comunidade, em segundo lugar quiseram mais personalização, especialmente os números nas costas das camisolas e o terceiro aspeto foi como tornar mais fácil o processo de captação de jogadores. Para isso tornamos possível encontrar jogadores por nome, numa interface renovada. Se os jogadores se lembram do nome do jogador, mas não sabem qual o seu clube, nem a liga onde atua, podem pesquisar pelo nome, que encontram logo uma lista de nomes possíveis onde está o jogador que procuram. É um processo muito simples e rápido.
Eurogamer: Para os jogadores menos familiarizados com FIFA Ultimate Team ou que ainda não experimentaram totalmente o modo de jogo, criaram alguns mecanismos para os atrair mais facilmente?
Nick Wlodyka: Nós temos algumas coisas para captar a atenção desses jogadores. Infelizmente não podemos falar sobre isso, hoje. Contudo, o que podemos dizer, e que é importante em FIFA Ultimate Team, é o carácter social da experiência. Como no futebol do mundo real, debates com os teus amigos que jogador devias transferir para a tua equipa e quais os jogadores que jogam melhor juntos.
Eurogamer: E o que é interessante nesta experiência é a sua duração, podendo durar um ano ou mais.
Nick Wlodyca: É uma das coisas fantásticas deste modo. Os jogadores jogam-no ao longo de toda a época. Não se ficam pelo primeiro mês, ou pelo segundo. É uma jornada sobre a época inteira que os leva a experimentar diferentes jogadores, construir múltiplas equipas. É um processo contínuo. Não existe a equipa perfeita ou a resposta correcta, e é aí que está a beleza deste modo de jogo.
Eurogamer: As possibilidades de construção da equipa são quase ilimitadas. Não há um período limitado de contratações.
Nick Wlodyka: Para os jogadores que vêm do modo carreira. O mercado de transferências está aberto 24 horas por dia, todas as semanas. Isto permite que os jogadores estejam em permanente interação, podendo fazê-lo longe da consola, através da internet, do smartphone ou dos tablets.
Eurogamer: Já agora e sobre essa forma de interacção, haverá novas funções para quem se serve, por exemplo, do smartphone?
Nick Wlodyka: Ao desenvolvermos o modo FUT temos de garantir que as suas funções serão compatíveis com uma série de dispositivos, de um modo geral, mas depois pensamos no que gostariam de fazer os jogadores através desses dispositivos em específico, como a possibilidade de abrir packs. Nos aparelhos móveis, tiveram essa oportunidade no passado e vão ter este ano.
Eurogamer: Como lidam com a expectativa dos fãs, sempre desejosos por novidades?
Nick Wlodyca: Nós também temos muita expectativa naquilo que fazemos. Acima de tudo em produzir funções que agradem às pessoas. De algum modo, o dia em que a equipa passa por aquele nervoso miudinho é o dia do lançamento do jogo porque é aí que vemos se as funções que desenvolvemos para o jogo estão a corresponder ao nosso plano inicial. Como todo, julgo que os fãs ficarão convencidos, porque sobretudo conseguimos atingir um equilíbrio entre as funções que chamam por novos jogadores e aquelas que aprofundam a experiência. Durante o verão [na GamesCom] daremos ainda mais informações.