Passar para o conteúdo principal

Entrevista com produtor de Sorcery

Também falamos com o ator Rui Porto Nunes, o Finn Português.

Eurogamer PortugalEm relação à estética, o ambiente mais negro juntamente com a personagem de Finn, um adolescente "simpático" sempre acompanhado de uma gata, sugerem dois tipos de estética, qual foi a vossa orientação neste campo?
Peter Akemann

Sim foi tudo acerca de encontrar esse equilíbrio. Queríamos um conto de fadas maduro, mas sem nunca o tornar em fantasia negra. Acho que é realmente importante para o apelo universal, garantir que não se torne demasiado assustador para o público mais jovem, enquanto continua um jogo sério. Também existe um certo nível de humor no jogo e nas personagens que ajuda a equilibrar esses dois estilos.

Se olhares para a demo apresentada na E3 em 2010, e para as diferenças das personagens na altura e agora, consegues perceber a trajetória. A personagem de Finn por exemplo está muito menos estilizada, mais realista. Os monstros também estão muito mais realistas e assustadores, fundamentalmente quisemos torna-los mais ferozes e estou satisfeito com o resultado final nesse aspeto.

Eurogamer PortugalQuantas horas de conteúdo podem os jogadores esperar em Sorcery?
Peter Akemann

Na dificuldade normal os jogadores podem esperar cerca de seis horas para terminar a história principal. No entanto, nas dificuldades mais elevadas posso garantir que não terminarão o jogo nesse tempo. Existem também elementos para explorar, e que recompensarão os jogadores de diferentes formas e durante mais tempo.

Eurogamer PortugalMuito obrigado Peter
Peter Akemann

Obrigado eu

Rui Porto Nunes, o Finn Português
Eurogamer PortugalOlá Rui, obrigado pela disponibilidade, deixa-me começar por perguntar se já tinhas o gosto por videojogos, e que tipo de jogos costumas jogar?
Rui Porto Nunes

Sim, digamos que sou um bocadinho viciado em jogos. Era muito virado para os jogos de desporto e automóveis, como Colin McRae e Gran Turismo ou jogos de futebol, inicialmente mais o Fifa e recentemente mais o PES.

Mas continuei a jogar e a descobrir um novo tipo de jogos, se calhar devido à idade, comecei a jogar Red Dead Redempion, Batman Arkham Asylum e Batman Arkham City, o L.A. Noire também joguei e o Heavy Rain.

Eurogamer PortugalFoi a primeira vez que fizeste uma interpretação para um jogo? E já agora, o teu gosto por jogos pesou na decisão em aceitar interpretar Finn?
Rui Porto Nunes

Foi a primeira vez sim, e claro aceitei logo, nem pensei. Logo que começaram a fazer dobragens em Português lembro-me de pensar, gostava de ter a minha voz num jogo da Playstation, e assim quando surgiu esta oportunidade nem hesitei.

Eurogamer PortugalPessoalmente, qual foi o maior desafio na interpretação de Finn?

"Gostava de ter a minha voz num jogo da Playstation, e assim quando surgiu esta oportunidade nem hesitei"

Rui Porto Nunes

Foi não ter acesso à imagem na altura. Eu dobrei o jogo para Português em setembro e outubro do ano passado, e como tu viste na apresentação o jogo ainda estava em produção, ainda estava longe de estar finalizado, e então eu não tinha acesso a qualquer tipo de imagem, apenas o áudio do ator em Inglês.

Eurogamer PortugalO que achaste da personagem de Finn no geral?
Rui Porto Nunes

No fundo é um adolescente ali quase a entrar na idade adulta, como que num processo de descoberta. É provocador, e eu tentei dar-lhe um toque assim de "convencido".

Eurogamer PortugalEssa era a próxima pergunta, procuraste dar um toque particular ao "Finn Português"?
Rui Porto Nunes

Foi mesmo nesse sentido, já que é um herói e é jovem, procurei dar-lhe personalidade forte, eu faço, eu consigo, ter o mundo a seus pés, que depois na realidade não tem, mas tem o Dez, a voz da razão para o equilibrar, a figura mais velha e sábia.

Eurogamer PortugalTencionas continuar a fazer interpretações para os videojogos Portugueses?
Rui Porto Nunes

Sim, não depende de mim, mas claro que gostava imenso.

Eurogamer PortugalObrigado mais uma vez Rui.

Lê também