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Epic Mickey 2: O Regresso dos Heróis - Análise

Mickey e Oswald estão de volta na PS Vita.

Sete meses depois do lançamento de Epic Mickey 2 para a PlayStation 3, Xbox 360, Wii e Wii U na Europa, o jogo de plataformas de ação e aventura regressa novamente, mas desta vez para a PlayStation Vita. Esta versão adiciona nada mais, nada menos do que algumas funções que a própria consola tem a oferecer, desde a interação com o ecrã tátil, como a utilização do rear touch pad. No entanto, podem ficar tranquilos pois este continua familiar com o mesmo jogo lançado para as outras consolas.

The Power of Two arranca pouco tempo depois do primeiro jogo. O mundo das criaturas esquecidas (Wasteland) vive agora tempos de paz e prosperidade. Como seria de esperar, esta paz não dura muito tempo e Mickey precisa de voltar para ajudar Oswald e as outras personagens a descobrir o que é que esteve na origem de uma série de terramotos que causaram caos e destruição em Wasteland. E há medida que se avança na história, entendemos que existem algumas outras personagens para além do já conhecido Mad Doctor que estão envolvidas neste problema.

Neste jogo, a vertente é mais cooperativa, uma vez que antes só se jogava com o Rato Mickey e agora é possível jogar com um amigo controlando o Mickey ou o seu irmão Oswald. No entanto o Rato Mickey não deixa de ser a personagem principal destacável no jogo. E mais uma vez, leva consigo o seu pincel mágico que o usa para pintar as zonas apagadas, ou o diluente para apagar os objetos.

No entanto, para quem jogou nas consolas caseiras e notou uma ligeira melhoria nos comandos, principalmente no manusear da câmera, a Vita terá certamente alguns problemas com os controlos. Esta não se move de forma fluida, assim como o jogo em si, arrastando ou acelerando o movimento da câmera dependendo da quantidade de confusão que está a ocorrer no local onde se encontram. E como é natural, isto também prejudica as sequências de plataformas, tornando-as imprecisas e lentas. Portanto, a interação peca um pouco com alguns movimentos a prejudicarem a jogabilidade, devido à falta de precisão dos saltos e alguma dificuldade em articular o movimento da câmara com o da personagem.

A interação é efetuada se quiserem, através do ecrã tátil da Vita, podendo fazer todos os passos do Mickey com os vossos dedos. É necessário movimentar a mira do pincel com o mesmo analógico que controla a câmara, podem usar o ecrã da PS Vita para apontar e disparar para o local onde carregam no ecrã. Esta novidade funciona bastante bem, mas sofre pelo facto de ser necessário largar ou os botões ou o analógico esquerdo, o que priva a personagem de movimento ou da possibilidade de saltar. Se preferirem, têm sempre os butões L e R para darem uso ao pincel. Em relação ao seu companheiro Oswald (que também pode ser controlado através do ecrã tátil), a sua inteligência artificial é bastante fraca e inconsistente: algumas vezes assiste o Mickey automaticamente, mas por diversas vezes não se posicionava no local certo para iniciar uma interacção com o cenário, ou fugia quando era necessário iniciar uma travessia a voar com as suas orelhas. Esta situação deve ser resolvida ao jogar em multijogador.

Visualmente, o Epic Mickey 2: The Power of Two foi o que mais me agradou, pois a arte da Disney sempre me fascinou. Penso que faltou apenas um pouco de detalhe e fluidez ao jogo. A nível da banda sonora, foi algo que me desagradou bastante. Algo tão mágico como a Disney falhou em trazer a qualidade que podia fazer para um jogo que seria deste calibre Para além de sons repetitivos, nota-se uma ausência de música algo duvidosa em certos locais. Relativamente às vozes, as personagens conversam num loop interminável assim que tentam resolver os puzzles. No entanto achei satisfatórias o suficiente para um jogo da Disney, mas nem sempre estando num tom natural e terem ainda as vozes algo engarrafadas.

Enquanto que no controlo de movimento no Epic Mickey 2 possa ter resultado bem com o Wiimote da Nintendo ou mesmo o Move da PlayStation, não acho que tenha resultado muito bem num ecrã mais pequeno. Nos momentos em que se luta com os inimigos ou os bosses, aconselho a usar os botões L e R, pois são uma opção "mais confiável". Há uma fluidez inconstante no jogo, e sequências de plataformas imprecisas. Os objetivos são algo repetitivos e um pouco aborrecidos e por vezes a câmara torna as posições das plataformas um pouco estranhas.

Para quem é realmente fã da Disney e mais precisamente deste jogo, não deixem de dar uma olhada, seja para que plataforma for, pois para além de contarem com um jogo de plataformas em 3D, por vezes visitam cenários extras onde a câmara é posicionada à moda antiga numa perspectiva em 2D. A arte é bela e há uma certa nostalgia ao visitarem os mundos que nem toda a gente conhece do mundo da Disney. O preço deste porte também é de ter em conta, visto que o preço de lançamente é o mais reduzido de sempre (19.99€).

6 / 10

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